Capítulo 》31

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Na sala de aula. Algumas horas depois...

–  Jasmine, Jasmine? –  Ouso Augusto me chamar mas, minha mente está em outro lugar, na verdade, nas palavras daquela garota.

" Ele é meu"

"Garotos como ele não ficam com garotas como você. "

     Aquela garota falou com tanta certeza que Nick era dela, que por segundos pensei que fosse verdade. Mas ele não é de ninguém, eu acho. E a última parte, mexeu um pouco comigo, mas não vou deixar isso me abalar, até porquê não é como se eu quissesse algo a "mais" com Nick.

    E ainda nem vi ele hoje, queria tanto falar com ele, será que está chateado comigo?

– Jasmine, estou falando com você! –  Olhei para Gus meio desnorteada, estava tão pensativa que nem dei importância ao que meu amigo falava.

–  Desculpa Gus, o que falou? –  Pergunto tentando prestar atenção nele, mas está sendo difícil quando a tal garota que me ameaçou, me manda expressões de ódio a cinco cadeiras de distância. Não tinha notado que ela tinha aulas comigo e isso não é bom.

    Em nenhum momento falei o que aquela menina falou para mim ao Augusto - mesmo ele me enchendo o saco pra contar. - mas, cansou e resolveu deixar pra lá. Ainda mais, que ele tem um baita problemão. Parker contou ao pai seu relacionamento com Augusto, que não aceitou e o expulsou de casa. Foi horrível o ouvir contando, imagina ser ele que escutou do seu próprio pai. Eu queria poder fazer alguma coisa para ajuda-lo, mas me meto em várias confusões, espero que Augusto consiga contornar essa situação, claro que vou dá meu ombro amigo à ele.

–  Aah Jasmine, eu não sei o que fazer. Parker estava chorando tanto, que pensei que ia tomar banho com suas lágrimas. –  Ele solta uma risada fraca e logo volta sua expressão apreensiva. – Não sei se fico feliz por ele ter contando pro pai dele sobre nós, ou se lamento por ele ter sido expulso por minha causa.

     Augusto encosta sua cabeça no meu ombro soltando ruídos baixo, passo minhas mãos nos seus fios de cabelos olhando para losa lotada de atividades. Sentimento de impotência. Não sei o que dizer a ele, busco as palavras certas que possam aconselha-lo, porém nada forma. Estou sendo uma péssima amiga.

– Parker contou que o pai dele queria tirá-lo dos jogos, isso é terrível, porque ele ama futebol. Mas como que ele é bom jogador, tirou essa idéia absurda. Porque chamaria muita "atenção" e teria que inventar uma desculpa boa. – ele solta um suspiro longo. Apenas fico quieta escutando desabafar.

– É tão doloroso, essa homofobia das pessoas. Não escolhi minha sexualidade, nasci com ela, me descobrir e sou feliz. Mas ser forte as vezes não é o suficiente, nos abalamos pelos comentários, somos humanos como qualquer um. – Augusto faz uma pausa – E acham que vamos mudar o que nos somos? meu bem, eles estão muito enganados. Os homofobicos que se fodam.

 Observo Gus se levar da cadeira sem entender o que planeja fazer. Ficando em pé, faz uma pose com sua mão na cintura e outra apontando para o teto, parece uma pose do anime " jojo's bizarre adventure". Tinha que ser o Augusto. Olho para os lados dando pequenos sorrisos sem graça, toda sala está olhando para ele confusos. A professora parou de anotar na losa cruzando os braços vendo o que Augusto vai fazer.

– EU. SOU. GAY, SEUS OTÁRIOS. – O grito agudo de Augusto é escutado como eco eterno dentro da sala, tive que tampar meus ouvidos rapidamente. Tenho certeza que o resto da sala fizeram o mesmo.

Uma gordinha em uma escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora