Capítulo》13

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         Quando gostei de um menino, e dei meu primeiro beijo, fiquei extremamente feliz. As meninas da minha idade naquela época, contavam suas experiências com os garotos, eu escutava tudo, os tipos de beijos que eram dados, de início achava assustador mas depois quando perdi, pensei que estivesse nas nuvens.

Lembro me bem quando Jennifer contou, que começou a namorar um cara e tinha feito preliminares, ela era mais nova que ele, achei errado a diferença de idade, mas Jennifer, Alice e Domenic sempre foram mais "assanhadas " de todas.

Mesmo ambas fazendo besteiras, e sendo mal vistas. Minha mãe aplaudia e dizia ser "normal ". E como eu não me interessava por garotos ainda, antes de da meu primeiro beijo, era maltratada como a " gorda sem ninguém ".

Ai descobrir a aposta sobre o beijo. Aquela sensação de "encanto " sumiu. Nem tudo são flores, já deveria saber disso, o príncipe encantado do meu livro não vai sair e me fazer como sua princesa amada.

E por quem logo fui gostar? De um cara que obviamente não vai retribuir.

Talvez eu sou masoquista?

–  Jasmine? – Margaret a diretora chamou meu nome parada na frente da mesa. Não tinha se quer percebido que ela estava ali.

Vestida com um vestido rodado florido  acima do joelho e seu sapato meio alto preto dava um ar de elegância. Sustentava um sorriso no rosto, dessa vez Margaret transbordava uma aura alegre, diferentemente seus olhos brilhavam. Totalmente outra diretora, cheguei aqui e ela parecia uma mulher abatida e forçava suas expressões.

– Senhora Diretora ?! – falo confusa. Será que fiz algo errado para ela está aqui ?

– Não precisa ser formal comigo, pode me chamar de Margaret. – disse amigável.

Não conheço nada dela, nem como comanda essa enorme escola. Ouvi boatos que ela é rígida e pega pesado, porém os alunos a respeitam muito. 

– Por que está sozinha? – Ela esbanja um carinho no modo de falar.

– Parei um pouco para pensar. –   Surpreendentemente não estou tímida, costumo a não me abrir com pessoas que não conheço, mas com Margaret é diferente.

O jeito dela de agir, de ser afável... que nem o professor Klaus. Isso explica o porquê deles serem tão admirados.

– Entendi. Se estiver com algo que ti oportuna, pode falar para mim. Tenho bons conselhos. – Coloca a mão sobre meu ombro, sinto um tremor estranhamente agradável.

– Queria que as pessoas não julgassem. O mundo séria milhões de vezes melhor. Muitas agem como se fosse Deus.

– Não podemos ser quem somos sem ter medo de ser cruelmente apontada por miliantes ignorantes. Mas, quem ti julga não sabe nem a metade de quem é você, e tenha certeza que tudo que vai volta.

–  Obrigada, Margaret – levanto da caderia por estímulo, e a abraço.

Fui perceber o que tinha feito somente quando Margaret retribuiu, e os alunos  passando por nós olhando sem entender. O coração dela estava acelerado o suficiente para eu me afastar e encarar suas íris verdes, engolir a seco voltando ao meu estado sem jeito, por ter a abraçado.

– Vou atrás dos meus amigos.

      Sair com passos apressados sem prestar a atenção para onde iria. Por que abracei Margaret do nada desse jeito? Nem tenho intimidade com ela, deve achar que estou puxando o seu "saco". Mas gostei de conversar com ela, mesmo que tenha sido rápido. Ainda vamos ter oportunidade de se vê por aí, afinal, ela é a diretora.

Uma gordinha em uma escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora