Capítulo 》4

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Winston Floyd High School











       Acordo com a claridade do sol na minha janela, pego meu celular preguiçosamente para vê as horas, são exatas 05:50 da manhã. Ainda com sono pesado fiquei encarando meu quarto um pouco escuro. Meus olhos foram se fecharam com o poder absoluto sobre mim, acabei dormindo de novo.

Só acordei novamente com barulhos estranhos vindo do corredor. Droga hoje tem aula.

– Estou muito atrasada. – murmurrei caindo no chão. Entortei o pé de novo, isso acontece muitíssimo comigo.

Levantei apressada do chão correndo para banheiro, tomei um banho rápido, vestindo meu o uniforme da escola  –  a escola tem uniforme, até que é bonito. –  E dou graças a Deus por isso, prefiro uniforme, se não teria que ir todo dia com uma roupa diferente.

Minha mochila foi parar de baixo da minha cama não sei como. Sai do quarto pensando se os meninos já acordaram. Se não tiverem, eu que não ia desperdiçar meu precioso tempo acordando eles.

Desço as escadas pulando dois em dois degraus me segurando no corrimão, caminho em direção a cozinha e encontrei a cena que eu não queria ver. Os meninos estão sentados na mesa tomando café junto com meu pai e minha mãe. Daniel ainda tem coragem de ficar me olhando, fingindo que nada aconteceu. – ai que ele se engana –  eles três já estão vestidos com uniforme da escola, até que eles ficaram bonitinhos.

Não dei importância, passei pelo meu pai que estava lendo, como sempre, seu jornal e com sua xícara azul na mão. Minha mãe está perto dele, lixando sua grande unha pintada de vermelho vinho. Abrindo a geladeira, peguei meu lanche que Marta preparou para mim.

Quando estava prestes a sair, a voz do meu pai grave de jeito rude fora escutado.

– Garota, não vai nós comprimentar?! não foi essa educação que eu te dei. – Foi o que ele disse, sem tirar os olhos do jornal. Lembrei que meu pai e minha mãe nunca me chamaram de filha, sempre me chamam de "Garota" ou pelo meu nome , mesmo eles me tratando assim, nunca deixei de chamá-los de "mãe " e " pai ", mas dessa vez vai ser diferente.

E talvez eu me arrependa depois.

–  Bom dia Ygor, Bom dia Richard... Bom dia Daniel. – Disse olhando para eles, Daniel me olhou surpreso, bem pensando que eu não ia comprimenta-lo.

–  Bom dia. –  Responderam com sono.

Olho de canto para meu pai, que estava ainda lendo seu jornal, não ligando pra o que acontecia.– Ele nunca liga mesmo. – minha mãe ainda lixava sua unha, reviro meus olhos.

–  Bom dia Robert, Bom dia Kayra. –  cruas palavras sem emoção vou indo em direção a porta. Mas sou impedida por meu pai agarrado ao meu ombro fortemente. Sua expressão raivosa com olhos vermelhos me causam medo, tremo pensando o pior.

– Garota ingrata, me respeita que EU sou seu pai. Acha que está falando com quem? –  antes de processar o que ele havia dito. A lateral do meu rosto arde com o tapa.

O clima do ambiente se silencia, ao notar os olhares arregalados dos meninos, que não fazia ideia do meu convívio com os meus pais, Robert voltou a se sentar na cadeira como se nada tivesse acontecido. Apenas quem sabe do que eu passo é Daniel, porém ele não fez nada. Abaixou a cabeça mordendo os lábios.

Queria que ele tomasse alguma atitude, mas o que poderia fazer?

Minha mãe rir da situação limpando a boca com o guardanapo.

– Comprimente eu e sua mãe direito.-– Robert ordenou rude.

–  B-Bom dia... mãe, Bom dia... Pai – Respiro fundo em cada palavra com amargura.

Uma gordinha em uma escolaOnde histórias criam vida. Descubra agora