Hey Galerinha, não sei o que aconteceu, mas eu estava vendo uns Bangui aqui da história, e percebi que o capítulo 9 não estava aparecendo, então eu tirei a publicação e publiquei de novo. Me desculpe se eu confundi vocês ok?
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O assoalho embaixo dos meus pés rangia um pouco, a casa não era tão antiga, mas fazia tempo que não era cuidada. O sofá era o único móvel dentro da casa e estava todo empoeirado, era uma das lembranças do que eu vivi ali. Subi as escadas e entrei no primeiro quarto, não tinha mais nada a não ser um armário velho. Fui em direção ao móvel e abri encontrando um álbum todo empoeirado. Olhei confusa para aquilo, meus tios tinham tirado tudo dentro de casa, não fazia sentido aquilo estar ali. Mesmo não entendo nada, peguei o objeto e fui para a varanda sentando nas escadas.
Abri o álbum e fiquei supresa com o que vi, tinhas muitas fotos minhas e de meus irmãos com meus Avós. Eles tinham morrido a três anos, isso foi um dos motivos para eu ter ido embora para Londres. Eu sinto a falta deles, e muita. Comecei a olhar as fotos e nem percebi que estava chorando. Eram fotos de quando éramos pequenos e até mesmo da nossa adolescência, mas o que me chamou atenção foi uma foto que estava no final do álbum.
Era uma foto que tiramos no meu aniversário de 14 anos. Meus Avós, Camila e eu, estávamos nela. Meu pai tinha tirado essa foto enquanto estávamos distraídos conversando. Nesse dia eu fiz uma festa pequena no quintal da minha casa, apenas com meus amigos que mais gosto. Na foto, Camila abraçava meu pescoço de lado e olhava sorrindo fixamente para meu rosto, enquanto eu segurava sua cintura com uma mão. Percebi que meus avós estavam nos olhando sorrindo, enquanto eu olhava para algum ponto fixo. Olhei para o verso do papel e tinha um parágrafo escrito com a letra de minha avó.
"Segredo da vida (um deles), se preocupe menos com o que deu errado; anima-se por ter uma nova oportunidade para fazer diferente e certo ."
Fechei o álbum e o abracei forte chorando compulsivamente, eu sentia tanta a falta deles. Eles eram tão carinhosos, divertidos, atenciosos e sempre me davam conselhos sobre tudo. Eles sabiam sobre minha paixão por Camila e torciam para que a gente ficasse juntas. Acho que ainda torcem.
Peguei o maço de cigarro em minha jaqueta e o acendi, soltando a fumaça que se dispersou com vento que fazia naquele final de tarde. Eu não fumava sempre, só quando eu queria me sentir relaxada e esse cigarro não era fedido como os outros, tinha gosto e cheiro de menta.
Escutei meu celular tocando e o peguei sem ver quem era.
- Alô - disse com a voz falha.
- Lo? Tudo bem? - perguntou.
- Oi Camz - respirei fundo - Estou bem sim.
- Tem certeza? - havia preocupação em sua voz.
- Estou sim Camz, não se preocupe - passei a mão livre pelo rosto.
- Onde você está? - escutei barulho de algo caindo - Droga.
- Você está bem? - traguei mais um pouco do cigarro.
- Estou, só escorreguei aqui - bufou - Mas onde você esta?
- Na casa dos meu avós - minha voz falhou.
- Lo - disse manhosa - Estou indo te buscar.
- Não precisa Camila, eu já estou indo embora - me levantei e fechei a porta da casa.
- Não estou pedindo permissão, já estou chegando - disse - NORMINAH, TROLLY E VERCY, EU VOU BUSCAR A LO, NÃO TRANSEM NO MEU SOFÁ - gritou e escutei algo batendo. Abafei o riso.
