15º Capitulo - Love is only lost if you give up on it

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[Nota de Autora: Espero que tenham um feliz Natal e que recebam muitas prendas e que se divirtam muito, obrigada por lerem a minha fic, adoro-vos!]

[POV Harry]

Tinha decido que ia seguir o conselho do Louis, ele tinha razão, eu tinha de lutar pela Ana. Ela era insubstituível, eu sabia disso. Ela fazia as minhas pernas ficarem fracas e ao mínimo toque ela conseguia deixar todos os meus pensamentos confusos, o seu sorriso era tão mágico para mim que era como se fizesse flores nascer dentro de mim, até mesmo nas partes mais escuras e frias. Ela fazia-me sentir algo que não desaparecia, eram sentimentos que pareciam estar tatuados no meu coração e esses sentimentos tão estranhos e inexplicáveis faziam-me apaixonar-me por ela novamente todos os dias e ao mesmo tempo faziam-me morrer mais um pouco por não a ter comigo.

Caminhei até ao estúdio de dança e quando entrei procurei entre várias salas à procura da Ana e do Ashton, sabia que eles iam estar lá pois o Ashton tinha falado nisso a semana inteira. Quando os encontrei fiquei a observar através da janela que estava na porta, conseguia ver que a professora estava a tentar ensinar o Ashton a dançar mas sem qualquer sucesso e a maneira como falava alto mostrava a sua frustração, enquanto isso a Ana estava sentada no chão a rir baixinho observando a professora brigar com o Ashton. Senti o meu estômago dar uma volta ao vê-la rir tão baixinho, uma das coisas que mais amava nela era a maneira como ria tão alto e de uma maneira tão espalhafatosa mas a maior razão de vê-la rir tão baixo me causar dor era o facto de ela parecia ter vergonha do seu riso, ter vergonha de si, e magoava-me saber que depois de tanto lutarmos juntos para acabar com a vergonha que ela sentia de si própria ela tinha voltado ao ponto de partida.

[Flashback]

Estava em mais um encontro com a Ana no topo do parque, havia um parque perto de minha casa onde eu e a Ana nos encontrávamos sempre, era o nosso esconderijo à vista ou pelo menos era isso que o gostávamos de chamar.

Desta vez tínhamos decido fazer um piquenique e depois de comermos todas as porcarias que ambos trouxemos ficámos sentados a conversa e apesar de nos conhecermos desde sempre a Ana continuava a ser um pouco tímida então cabia-me a mim arranjar um assunto para falarmos, não que ficássemos incomodados por estar em silêncio, sempre estivemos confortáveis com o silêncio um do outro e sempre nos percebemos mesmo calados mas se tiver de escolher entre ficar em silêncio e ouvir a voz dela durante horas acho que a minha escolha seria óbvia.

Enquanto falávamos dizia coisas sem sentido, falava das coisas mais estúpidas que podia imaginar e dizia as piores histórias de sempre, tudo para ouvir a sua voz. Comecei a dizer algumas piadas secas e risadas baixas escaparam dos seus lábios, era estranho como ela ria destas coisas mas eu gostava. Continuei a dizer piadas e observava com atenção enquanto ela se ria baixinho, eu sabia que ‘isto’ não era ela. A Ana ria alto, agarrava a barriga enquanto o fazia e atirava a cabeça para trás tapando a cara com as mãos mas ultimamente ela já não fazia isso. Ela ria o mais baixo possível e quando ria alto por acidente tapava imediatamente a boca esperando que ninguém tivesse ouvido e eu não percebia o porquê de ela fazer isso, a maneira como ela ria deixava-me contente, dava-me alegria, como poderia ela simplesmente livrar-se de algo assim tão puro?

Eu: Ana, posso perguntar-te uma coisa?

Ana: Claro.

Eu: Porquê que ultimamente já não te ris como antes, o que aconteceu? – ela baixou a cabeça evitando o meu olhar enquanto um sorriso triste se espalhava nos seus lábios,  foi aí que percebi o quanto ela odiava o seu riso e, talvez, mais que apenas isso. Odiei-me por apenas ter reparado agora, eu conhecia-a melhor que ninguém mas nem mesmo eu tinha reparado nisto.

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