31º Capitulo - The greatest gift of life is love, and I have received it

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[POV Ashton]

Já sentia falta dela. Ela só estava em N.Y. há um dia mas mesmo assim sentia a falta dela. E não gostava de saber que se fosse a casa dela ia encontrá-la vazia, pois ela estava fora da cidade e a Joana ia ficar com a mãe até ela voltar, queria ir a casa dela agora e vê-la sentada no sofá a beber chá e a ver televisão mas isso não ia acontecer. Pelo menos durante duas semanas, duas longas semanas que só agora estavam a começar.

Mas pelo menos eu tinha a Gemma para me entreter durante o dia. Hoje íamos sair juntos, não sei onde íamos mas desde que eu não ficasse em casa a pensar em como me sinto sozinho, por a minha namorada estar a quilómetros e quilómetros de distância, estava tudo bem. A campainha tocou e eu saltei do sofá para ir abrir a porta, assim que a abri vi a Gemma à minha frente com um sorriso tímido no rosto.

Gemma: Pronto para ir? – assenti com a cabeça e fechei a porta.

Ashton: Vamos de carro ou queres ir a pé? – ela deu de ombros e disse que podíamos fazer o que eu quisesse. – Então podemos ir a pé. Podemos ir ao zoo também, não é muito longe.

Gemma: É uma ótima ideia! – ela sorriu e agarrou a minha mão puxando-me até ao portão da casa. Ela virou-se encarando-me e eu reparei como a luz do sol estava a bater no seu cabelo fazendo-o brilhar.

Ashton: Não te mexas. – ela olhou-me confusa e eu tirei o meu telemóvel do bolso abrindo a câmara, apontei-a na sua direção e ela revirou os olhos. – Sorri, por favor. – ela abanou a cabeça e sorriu. Tirei a foto e observei-a durante algum tempo, estava orgulhoso desta foto.

Gemma: Posso ver?

Ashton: Nem penses, eu sei como és. Tu vais apagar a foto antes de me devolveres o telemóvel.

Gemma: Nunca fiz isso. – desta vez quem revirou os olhos fui eu.

Ashton: Vamos falar de todas as fotos que tirei de ti, elas desapareceram misteriosamente do meu telemóvel depois de ele estar nas tuas mãos.

Gemma: Coincidência, nunca apaguei nenhuma foto. – ri-me sarcasticamente e ela mandou-me um olhar mortífero. – Mas nós vamos ir ao zoo ou não? – ri-me novamente, mas sem a parte do sarcasmo desta vez, e pus o meu braço por cima do seu ombro.

Ashton: Vamos, sua mentirosa.

Gemma: Se me chamares mentirosa outra vez atiro-te aos leões.

Ashton: Como se fosses capaz. – ela riu-se baixinho e abraçou a minha cintura.

Gemma: Só por precaução eu agarrava-me a alguma coisa quando estivermos no zoo. – olhei-a preocupado porque ela parecia estar a falar a sério e ela riu-se ainda mais. – Devia ter tirado uma fotografia à tua cara. – revirei os olhos e apertei-a mais contra o meu corpo para que ela ficasse mais perto e eu pudesse esmagá-la mas antes que pudesse fazer isso ela apertou a minha cintura com força. – Se sequer pensares em apertar-me ou esmagar-me eu falo mal de ti à Ana.

Ashton: Não vale, a Ana já sabe tudo sobre ti. Não tenho nada de novo para te chantagear.

Gemma: Espera, estás a dizer que existem coisas sobre ti que a Ana não sabe?

Ashton: Por favor, não lhe digas nada. – ela respirou fundo e sorriu.

Gemma: Eu não lhe conto mas tu vais ter de me dizer que coisas são essas.

Ashton: Combinado.

[POV Ashton]

[POV Harry]

A Ana estava sentada à frente do seu órgão a tentar compor uma música e enquanto fazia isso palavras saíam suavemente dos seus lábios num tom musical até que ela parasse de tocar e cantar para puder escrever o seu progresso em diferentes folhas de papel. Enquanto ela fazia isso eu estava sentado no chão, com a minha cabeça apoiada no fim da cama, a observá-la. Não queria interrompê-la a qualquer custo por isso sentei-me apenas a observá-la enquanto a minha mente tinha pensamentos que acabavam sempre por acabar nela de alguma forma.

Lembrei-me de quando tinha 15 anos e uma colega de turma me perguntou do nada “Porquê a Ana?”. Também me lembrei de não saber o que responder por isso disse simplesmente a coisa mais cliché do mundo ao dizer que a amava.

Mas a verdade é que até hoje eu estava a tentar encontrar a resposta para aquela pergunta. Sabia que a reposta não era o facto de eu a amar porque no primeiro dia em que a vi eu não me apaixonei mas mesmo assim senti a necessidade de falar com ela e de tê-la na minha vida. Eu tinha 5 anos mas sabia que ia querer sempre a sua companhia. Ela simplesmente transmitia, e ainda transmite, algo que me atrai e que me faz nunca querer estar longe dela. E quando ela está longe ela está sempre na minha cabeça, não consigo pensar em alguém que não seja ela. Mas essa também não era a resposta, por isso depois destes anos eu acabei por me contentar com o simples facto que tudo nela me fazia amá-la e que provavelmente a resposta àquela pergunta era simplesmente “Porque ela é a Ana.”.

Ana: Podes parar de olhar para mim? – ela tirou as mãos do piano e olhou para mim com um sorriso estampado nos lábios.

Eu: Mas eu gosto de olhar para ti. – fiz beicinho e ela revirou os olhos continuando a sorrir. Ela levantou-se e caminhou até mim sentando-se no meu colo com as suas pernas ao lado do meu corpo.

Ana: Não consigo concentrar-me enquanto estás a olhar para mim.

Eu: Vou aceitar isso como um elogio. – ri-me e ela semi-cerrou os olhos.

Ana: Não tem piada, Styles. Eu preciso de acabar isto.

Eu: Tens duas semanas. – respondi baixinho beijando o seu ombro exposto.

Ana: E também tenho de escrever sete músicas.

Eu: Uma semana tem sete dias, tens tempo suficiente. – continuei a beijar o seu ombro e ela respirou fundo.

Ana: Sete dias não são o suficiente se me continuares a distrair. – ela agarrou a minha cara e afastou-me do seu ombro beijando-me suavemente. – Se não olhares para mim e não me distraíres durante meia hora eu faço o que tu quiseres depois disso. – sussurrou. Arqueei as minhas sobrancelhas e ela sorriu sabendo que eu ia deixá-la em paz durante meia hora.

Eu: O que eu quiser? Absolutamente tudo? – ela sorriu e aproximou-se do meu ouvido sussurrando devagar “Absolutamente tudo.” antes de se levantar e caminhar até ao seu pequeno posto de trabalho. Fiz uma careta sabendo que não podia olhar para ela durante 30 minutos mas mesmo assim saltei para a cama tirando o meu telemóvel, ela ia definitivamente compensar-me por estes 30 minutos e eu sabia exatamente como.

[POV Harry]

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