25º Capitulo - A friend is someone who knows all about you and still loves you

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[POV Gemma]

Já tínhamos comido quase todas as amostras e não estávamos perto de chegar a uma decisão. Parámos de comer durante algum tempo e sentámo-nos a olhar umas para as outras, a Hope odiava-me, ou pelo menos parecia odiar-me. Ela olhava para mim com fúria no olhar e revirava os olhos sempre que eu falava, nunca tinha percebido exatamente a razão de ela ser tão fria comigo, ou talvez a soubesse mas não gostava muito de pensar nisso. Nós dávamo-nos bem no início mas do nada, talvez até com razão, ela começou a odiar-me.

Alguém tocou à campainha então, para escapar ao olhar furioso da Hope, levantei-me e ofereci-me para abrir a porta. Assim que o fiz deparei-me com o meu irmão à porta, com lágrimas nos olhos e um ar chateado.

Harry: Preciso de falar de com a Ana. Agora. – sem me deixar responder ele entrou e caminhou em direção à sala, como se já soubesse que ela estava lá, com as maças do rosto manchadas de lágrimas. Segui-o tentando impedi-lo mas os meus esforços foram inúteis, ele era muito mais forte que eu, era impossível eu conseguir puxá-lo para que ele não entrasse na sala naquele estado. Assim que entrámos na sala os olhares da Hope e da Ana focaram-se no Harry. Eu conseguia ver o coração da Ana partir-se através da expressão na sua cara e das lágrimas que já desciam pela sua cara, ela odiava ver o Harry chorar. – Precisamos de falar.

Hope: Harry, estás bem? – todos a ignoraram e a Ana levantou-se sem dizer palavra, ela não precisava de dizer nada pois o Harry entendeu-a e eles foram para o jardim das traseiras, o Harry entendia-a sempre, eles tinham uma conexão mental que eu nunca tinha compreendido. Pouco depois de terem saído o Harry começou a gritar e, mesmo que as portas estivessem fechadas, era possível perceber partes daquilo que ele dizia. Eu tinha de tirar a Hope dali ou ela podia perceber o que se passava entre eles e isso arruinaria o meu plano.

Eu: Hope, talvez seja melhor nós irmos dar um passeio. – ela olhou para mim surpresa e de seguida apontou para a porta do jardim das traseiras.

Hope: Ele parece furioso, não podemos deixar a Ana sozinha com ele.

Eu: Espera… estás a insinuar que o Harry… – ela baixou a cabeça evitando o meu olhar deixando-me extremamente zangada, agora quem estava furiosa era eu. Como é que ela podia ser capaz de acusar o meu irmão de tal coisa? Ela nem o conhece. – O meu irmão NUNCA iria bater numa senhora, muito menos a Ana! – afirmei aumentando o meu tom de voz.

Hope: E como é que é suposto eu acreditar em ti?

Eu: Usa a tua cabeça por um segundo, por favor. Eu nunca ia por a minha melhor amiga em risco, por muito que me odeies não tens o direito de me acusar, ou ao meu irmão, do que quer que seja.

Hope: Tens razão. – pensei por momentos que ela tinha finalmente ouvido a voz da razão e que ia sair de casa mas não, ela cruzou o braços e endireitou-se no sofá. – Eu odeio-te e eu, definitivamente, não confio em ti. E é por isso que eu vou ficar aqui.

Eu: Porquê que me odeias? Nunca fiz nada que traísse a tua confiança!

Hope: Porque tu foste completamente detestável para o Ashton, ele queria ser teu amigo e tu trataste-o como se ele fosse nada! – afinal eu sabia o porquê de ela me odiar.

Eu: Então tu odeias-me por isso. – suspirei sabendo que ainda tinha de tirá-la de casa. – Que tal irmos dar uma volta e eu conto-te porque agi assim.

Hope: Porque não aqui? – penso que no meio da nossa pequena discussão ela se esqueceu da gritaria que vinha do jardim.

Eu: Queres saber ou não? – ela bufou e levantou-se do sofá começando depois a caminhar para a porta, agradeci o facto de ela simplesmente ter saído sem fazer perguntas especialmente porque no momento em que ia fechar a porta ouvi a Ana gritar, numa voz chorosa, “Desculpa!”.

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