9º Capitulo - Good things come to those who wait

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Encontrava-me no meu quarto a tentar encontrar as minhas sapatilhas quando fui interrompida por uma batida na porta, disse a quem quer que se encontrasse do outro lado da porta que podia entrar e vi a Joana abrir a porta.

Joana: O Ashton disse que vinha aí… ele parecia nervoso.

Eu: Nervoso?

Joana: Sim, como se tivesse algo de importante para dizer ou como se o mundo fosse acabar.

Eu: Essa foi uma ótima comparação. Ele deu alguma pista?

Joana: Não, apenas estava nervoso.

Eu: Está bem. – disse quase indiferente, não que estivesse indiferente em relação a ele mas eu ia descobrir o que se passava de qualquer forma.

Joana: Ah e o Harry deixou mais um ramo de flores à porta…

Eu: Rosas azuis? – perguntei fitando o chão evitando o olhar, que tanto me julgava, da Joana.

Joana: Sim, queres que vá buscá-las?

Eu: Não, deixa estar, eu vou.

Joana: Ele não vai desistir, tu sabes disso.

Eu: Ele vai desistir… ninguém vai lutar por mim durante tanto tempo.

Joana: Ana, isso não é verdade.

Não lhe respondi e fui até à porta, assim que a abri olhei para o chão e vi o ramo de rosas azuis que o Harry começou a deixar todos os dias. Porquê rosas azuis? Porque no meu 12º aniversário tudo o que pedi aos meus pais foi uma rosa azul e eles procuraram em todas as floristas até encontrarem. Foi provavelmente o melhor presente de anos que recebi e o Harry sabe disso, todos os anos ele oferecia-me uma rosa azul para me lembrar disso.

Peguei no ramo de rosas a abracei-o contra o meu peito, pensei em todas as vezes que o Harry me tinha dado uma rosa quando eu me sentia triste. Eram rosas azuis no meu aniversário, rosas vermelhas que ele me dava de tempos a tempos para me surpreender e rosas brancas quando eu me sentia triste.

Xxx: Ana! – levantei o meu olhar e vi o Ashton com os rapazes a virem na minha direção.

Eu: Olá Ash, rapazes.

Ashton: Ana, eu tenho algo muito importante para te perguntar…

Eu: Chuta.

Ashton: Eu sei que disseste à pouco tempo que também me amavas e isto vai ser muito repentino e tu podes não estar preparada mas… – ele ajoelhou-se e tirou uma caixinha do bolso fazendo o meu coração saltar uma batida. – Ana, casas comigo?

Ele abriu a pequena caixinha e eu vi um anel de diamantes. O meu queixo caiu com o espanto e o ramo de flores caiu dos meus braços, os rapazes e o Ashton olhavam para mim à espera de uma resposta e eu tinha um nó na garganta que me impedia de dizer qualquer palavra.

"Vá lá diz que sim!" "Por favor, diz que sim!" "Tu sabes que queres, diz que sim, vá lá!" era tudo o que ouvia enquanto tentava arranjar as palavras certas para dizer que não.

Ashton: Ana, aceitas?

Eu: E-eu…

Michael: Tu?

Eu: Ashton, n-não achas que é demasiado cedo? Nós temos muito tempo para isso.

Ashton: Talvez seja mas eu estou pronto para passar o resto da minha vida contigo, aceitas casar comigo?

Eu: Ash, eu… eu não sei. – ele levantou-se e aproximou-se de mim.

Ashton: Por favor! – olhei os seus olhos e vi o quanto pediam para que eu aceitasse, senti-me quase que obrigada a aceitar, por culpa daquela dívida em que me sentia em relação a ele, então acenei com a cabeça. Imediatamente ele abriu um sorriso enorme abraçando-me com força e rodopiando comigo.

Michael, Luke e Calum: Finalmente! Muitos parabéns pombinhos! – disseram em coro, quase como se tivessem ensaido dizer isto.

Ashton: Obrigada rapazes. – respondeu com um grande sorriso e beijou-me.

Eu não consegui beijá-lo de volta, limitei-me a por as minhas mãos na sua cintura e tentei não chorar.

Eu sentia-me como um pássaro a quem cortaram as asas, eu já não era livre para amar o Harry. Eu ia casar com outra pessoa, se amasse outro o que é que isso dizia de mim?

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