[Nota de Autora: Quero agradecer por todo o apoio que deram à minha fic até agora mas estou a considerar parar de escrevê-la. Sinto que muitas das pessoas que liam já não estão interessadas e eu vou regressar à escola e preciso de me concentrar nas minhas notas. Tenho andado a pensar nisto há muito tempo e por isso demorei tanto para publicar este capítulo. Vou continuar a pensar no assunto mas até lá agradeço por tudo e deixo-vos com o final do encontro da Hope com o Calum.]
[POV Hope]
Estava sentada numa cadeira de plástico desconfortável enquanto esperava que o Calum voltasse e apenas conseguia pensar no quanto gostava dele. Eu gostava do rapaz que me tinha feito levá-lo ao hospital no nosso primeiro encontro. Lembrei-me do quão hipnotizado ele parecia estar mesmo antes de cair e perguntei-me porque nunca me tinha apercebido que ele me olhava sempre assim, talvez por tentar sempre evitar os seus olhos pois eu tinha o hábito de me perder neles quando os olhava mas eu gostaria de ter reparado mais cedo. Porque quando ele me olhava eu sabia que era amada e quis sê-lo durante tanto tempo que nem reparei que o melhor amigo do meu melhor amigo me amava tanto como eu o amava a ele.
Finalmente avistei as suas roupas pretas que contrastavam com o branco das paredes e do chão do hospital e levantei-me olhando imediatamente o seu braço com pontos.
Eu: Como estás?
Calum: Perfeitamente bem, foram só pontos, Hope. Não foi nada demais. – ele sorriu de maneira reconfortante fazendo-me sentir mais calma. Estava demasiado preocupada com ele porque nunca tinha levado pontos.
Eu: Quanto tempo vais ficar com isso? – apontei para os pontos no seu braço.
Calum: Cerca de 4 semanas.
Eu: Oh. – foi tudo o que consegui dizer. Continuava preocupada apesar de não haver razão para tal.
Calum: Lamento ter estragado o nosso primeiro encontro.
Eu: Não o estragaste, o hospital é muito emocionante. E ver-te sangrar também, obviamente. – ele riu-se abanando a cabeça.
Calum: Espero que ainda tenhas vontade de ter um segundo encontro.
Eu: Claro, vou ter de levar-te onde? A morgue? – ele riu-se, desta vez mais alto.
Calum: Podes levar-me onde quiseres. – respondeu piscando o olho.
Eu: Não te atrevas a flertar comigo no meio de um hospital.
Calum: Quem disse que estou a flertar contigo? – ele sorriu de maneira convencida fazendo-me revirar os olhos.
Eu: És insuportável.
Calum: Sim, eu sei mas também sou muito atraente, tens de admitir.
Eu: Relembra-me… porquê que aceitei sair contigo?
Calum: Não sei, para ser honesto. Sou atraente mas tu mereces mais do que apenas uma cara bonita e não sei se sou o suficiente para ti. – sentia-me como se estivesse a andar em cima de vidros partidos ao ouvir as suas palavras, amava-o tanto mas ele não se amava de todo. Queria beijá-lo e tentar mostrar-lhe o quanto eu o amava e tudo aquilo que ele era mas estávamos no meio de um hospital, não teria coragem de fazer isso ali.
Eu: Hey, não és só uma cara bonita. Já vi o teu rabo, também é bastante atraente. – ele riu-se tão alto que tive de colocar a minha mão sobre a sua boca.
Calum: Obrigada Hope, és a única que me faz sentir melhor sobre este assunto. – sorri calorosamente antes de ele olhar para os seus sapatos obviamente corado. – Devíamos ir andando, este sítio é deprimente.
Eu: Realmente é. – caminhámos em direção à saída e assim que nos encontrávamos lá fora ele deu-me a mão continuando a olhar para os seus sapatos. Ia pedir-lhe olhasse para mim mas ele acabou por bater com a cabeça num poste de luz caindo no chão e levando-me com ele.
Calum: Oh meu Deus, estás bem? – ri-me ainda deitada no chão enquanto ele me olhava preocupado, poucos segundos depois ele começou a rir-se também e ficámos assim durante algum tempo.
Eu: Carambas, tu não tens mesmo jeito para isto, pois não?
Calum: Suponho que não. Mas estás bem?
Eu: Estou ótima, como está o teu braço?
Calum: Bem. Acho eu.
Eu: E a tua cabeça?
Calum: Está a doer, juro que este poste não estava aqui quando chegámos.
Eu: Tenho quase a certeza que estava mas, quem sabe, posso estar errada.
Calum: Não te atrevas a ser sarcástica comigo num hospital. – disse com uma voz feminina.
Eu: Primeiro, eu não falo assim e segundo, já não estamos dentro do hospital. – ele revirou os olhos e foi aí que realmente me atingiu; já não estávamos no meio de um hospital. Levantei-me devagar e ele também colocando-se mesmo à minha frente.
Calum: O que foi? Tens uma cara que grita ‘Eureka!’. – agarrei a sua t-shirt e puxei-o esmagando os nossos lábios. Ele agarrou a minha cintura e puxou-me para mais perto enquanto eu pousava as minhas mãos no seu pescoço. – Lembra-me de bater com a cabeça num poste mais vezes. – murmurou contra os meus lábios.
Eu: Não, simplesmente convida-me para sair outra vez, de certeza que isso resulta. – ele sorriu contra os meus lábios antes de me beijar novamente.
[POV Hope]