- Bom dia! Val? ........
-que foi? Ah bom dia.
-onde você estava?
-vai lá na mesa e vê.
Levantei da cama, coloquei meu chinelo e ela segurou minha mão e me encaminhou para a cozinha. Chegando lá eu não acreditei no que ela tinha feito.
-prova , depois me fala se está bom.
-você fez bolo! Só quero ver.
Provei o bolo, não quis falar pra ela que estava um pouco queimado. Ela nunca cozinhou na vida, então a melhor coisa que eu poderia dizer é:
-está muito bom Val.
-cala a boca mentiroso! -cruza os braços.
-osh garota doida. To falando a verdade.
Ela abriu um sorriso que eu nunca vi. E eu adorei ver ela sorrindo, eu já não me importava com o gosto queimado do bolo de milho, ver ela empolgada depois de tudo que passou, já está bom pra mim. Um alívio na verdade.
Peguei mais um pedaço.
-bom eu já volto.
Ela me da um beijo, eu paro de comer na hora. Foi na boca. Olha só a minha situação. Porra!
-ei espere por mim!
(...)
Ela me ajudou na colheita, que demorou cerca de 2 horas. Sentamos na grama, eu deitei em seu colo enquanto ela me fazia cafuné.
-ai ai que sono.
-nem me fale.
-será que um dia tudo voltará como antes? Sabe eu quero ter uma família, ver meus filhos brincando sem medo. Nunca imaginei falar uma coisa dessas.
-você é um amor Aleec. Você vai encontrar alguém que possa realizar seu sonho.
-mas ela já está aqui comigo.
-aleec....
-Val eu to apaixonado por você. Eu nunca escondi isso e você sabe.
Dessa vez , foi ela que me beijou. Eu não esperava isso dela, um beijo doce. Eu estava feliz, eu ganhei uma chance em seu coração.
De longe , avistei um carro do exército. Eram eles..
-Vamos voltar pra casa.
-Oque eles querem?
Não disse nada. Apenas a levei para casa,a escondi num cômodo enquanto eu cobria todos os rastros.
Me sentei na mesa e lá fiquei.
-Boa Tarde Aleec.
-Boa Tarde Tenente Roger.
-Não vai me convidar pra sentar-se em sua mesa, afinal você fez bolo?
-sim senhor. Sente-se.
-Vamos lá rapazes. Vasculham esse lugar. Você sabe ne Aleec , só por precaução.
-sim, claro.
- ainda está com a maleta ?
-estou.
-sabe oque deve fazer se a encontrar.
Quero que a mate. Cansamos de ficar procurando por uma peste. A recompensa será maior agora,avise todos que estão aqui fora, será mais simples de encontra-la.-Qual é a recompensa?
-assim que eu gosto. Sua mãe estará livre e voltará a morar na Fazenda.
Justo não?-Sim,claro. Vou avisar a todos.
-está tudo limpo senhor! - o guarda gritou do corredor.
-eu vou indo. Desculpe incomodar Aleec.
-até mais Tio.
Depois de alguns minutos , vou até a sala e vejo a mala de dinheiro toda aberta, algumas notas estavam espalhadas no chão e vejo em minha frente Valentina chorando desesperada.
-ei que foi?
-SAI DE PERTO DE MIM.
-Val...eu não falei sério!
-você estava com essa maleta o tempo todo. Por que aceitou?
-se eu não aceitasse, iam desconfiar. Você precisa me entender.
-Logo você vai avisar todos não é mesmo?
-é minha obrigação avisa-los, se eu não fizer ....
-cala a boca ! Eu vou embora.
Ela pega sua mochila e sai pela porta da frente sem olhar na minha cara.
Vou atrás dela, ela corre mas eu a alcanço. Seguro sua cintura, mas ela me da um murro.-Val por favor....
-de qualquer forma, eu não posso ficar ai pra sempre. Eu confiei em você. Pode avisar que me viu , já está na hora de todos me esquecerem.
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FIM DO MUNDO
Science FictionValentina uma garota de 16 anos, rebelde que não obedece nenhuma ordem sequer. Será a libertadora da sua raça após descobrir que o refúgio não é oque todos pensam. Oque causou essa destruição na terra? Que agora é um planeta totalmente dizimado sem...