Declarando guerra

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A chuva não parava naquele dia, muitos de nós estavam presentes.

Peguei ele pelo pescoço e o rastejei até o poste mais próximo. Ninguém chegava perto , formaram-se um escudo para proteger os outros e nós não estávamos nem um pouco assustados.

O amarrei.

-Valentina ....

-shh

Passei meus dedos pelo seus lábios, a saudade era imensa.
Antes de mata-lo eu percebi algo em seu pescoço, o chip ainda estava nele. Já era tarde eu tinha que fazer aquilo do mesmo jeito. Se tirasse o chip a pessoa que estava trancada voltava, isso explica o porque da mudança. O porquê não reconhece a nossa história. O chip já tinha sido ativado ele não lembrava mais quem era antes.

Algumas horas antes....

- Will.... convivi com pessoas com outro tipo de comportamento ... estranho...

- Eu já fui do refúgio antes... peguei uma amostra antes de fugir de lá com o meu pessoal. Os chips começam a ativar depois que você passa a ser uma coisa valiosa, e eles precisam de você.

- ..... e se meus amigos...

- Você precisa ficar calma e mantenha conforme o plano. Uma pequena cirurgia remove e está tudo certo. Porém vai se lembrar das coisas que fez... sendo boas ou ruins..

- certo!

[...]

Rose, uma pessoa de confiança, uma amiga , se não fosse por ela eu estaria perdida.

O núcleo tem uma potência muito forte, como diz Rose, pode até curar... nunca foi testado em humanos.. até agora!

..

Peguei o meu facão, como forma de mostrar a todos que nem uma pessoa amada poderia me afetar e fazer com que eu me e entregasse... o deixei de joelho e foi rápido. Eu não podia deixar cair nenhum lágrima, eu não tirava os olhos daquele monstro que olhava a cena junto com Erika.

Guilherme caiu no chão.

A chuva aumentava, tirei o facão e levantei meu braço, seu sangue corria em minha pele e pingava em meu rosto.  Declarei a guerra e o caos começou naquele momento.

Com ajuda na mesma hora, meus amigos me ajudaram dando cobertura. Armas de fogo para todos os lados, apenas me virei e lancei uma granada de fumaça para ganharmos tempo e ir para o nosso esconderijo.

- Vamos entrar corre!!

- * fecha a porta* como ele está?

- morto. - Diz Japa sentado no chão perto de Guilherme.

Eu estou apenas olhando para janela, não penso em nada e não digo nada. Apenas.... sinto o vento em meu rosto.

- Mas ele vai ficar bem , irá funcionar.

- mãe... isso nunca foi testado em humanos...

Ela despedaça aquela pedra, coloca algumas coisas que só ela entende. Enfia na goela dele. Mas ele não volta.

- sinto muito querida...

A maioria sai e apenas fica quatro, eu papai, Rose e Aleec. Japa não aguentou e foi avisar aos outros.

Tenho coragem para me virar e olhar pra ele. Mas a ficha não cai.. até eu ver minhas mãos sujas com o seu sangue.

O desespero começa ao lembrar da cena, vou para perto dele e começo a fazer a massagem cardíaca,mas nada acontece...

- Val querida.... por favor escute. Eu sinto muito...

Eu não escuto.... e não paro.

-Val..... Valentina! Ele não vai voltar.

Eu começo a chorar e acabo dando tapas em seu peito, depois murros e me tiram de lá as forças.

Meu pai me abraça, e eu o agarro e entro em pânico, choro de soluçar.... foi uma tentativa... mas falhou.

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