41 - Colocando As Cartas Na Mesa (Video Game)

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N/A: 2/3 (Penúltimo Capítulo).

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Curiosidade:

O transtorno explosivo intermitente, (abreviado TEI) escreve uma situação onde uma pessoa, nos momentos de raiva, não consegue conter seu comportamento e acaba perdendo o controle: xinga, berra, ameaça, destrói objetos, ataca fisicamente as pessoas.

Fonte: Wikipédia.













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Hospital particular em Nova Iorque - 2:30 p.m.
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"Abra seu coração e deixe-me dentro dele" - No Filter.

- Porra eu já disse! - Gritou a empresária com o batimento cardíaco altamente acelerado, seus olhos verdes estavam agressivos e ameaçadores, mas por dentro seu corpo sentia a tenção de ter a agulha daquela seringa em sua veia, medo? Não. Para Lauren Jauregui aquilo era uma fobia. Ou talvez um jeito menos vergonhoso de admitir seu medo extremo por agulhas, adquirido depois que uma enfermeira que havia furado acidentalmente o local errado do seu braço esquerdo quando tinha seis anos, levando a uma cascata de sangue jorrar para todos os lados. Após aquele trauma, agulhas nunca foram bem vistas por Lauren, assim como o uniforme branco das enfermeiras.

- Você não vai enfiar a porra de uma agulha em mim! - Exclamou a todo vapor e por conta do esforço, sentiu os pontos em sua barriga latejarem, tentou esconder a careta, mas levou a mão até o local.

A enfermeira perdida, apenas concordou, vendo aos poucos os batimentos cardíacos da empresária abaixarem o ritmo.

- Precisa se controlar, o efeito do calmante pode passar a qualquer momento, e a Sra. sabe o que pode ocorrer se sair do controle não sabe? - Questinou cautelosa a enfermeira, tirando as luvas de borracha, deixando bem claro sua desistência perante a aplicação dos analgésicos. - Bom, vou chamar o doutor Black, mas até lá tera de aguentar a dor em seu abdômen, já que não quer aplicar os remé-

Lauren revirou os olhos perante a impaciência, mas a verdade é que seu corpo estava tenso, muito tenso.

- Tudo bem, eu posso lidar com isso. - Sussurrou, a dor parecia ter aumentado na região de sua barriga, mas como uma boa e cabeça dura Lauren Juregui, não daria o braço a torcer.

Passou alguns minutos sozinha na sala monótona, o sol lá fora começava a maltratar seus olhos, era um dia quente, que estava sendo vencido facilmente pelo ar condicionado instalado no quarto em que estava hospedada.

A porta foi aberta e um homem alto e loiro surgiu na abertura, seu olhar era neutro, e Lauren estranhou sua primeira pergunta:

- Consegue me ver?

A morena franziu os olhos verdes confusa.

- Você é loiro, alto e veste um jaleco branco. - Sua voz soou rouca por conta do desconforto causado pela dor do ferimento e ácida pela pergunta sem sentido.

O doutor Black riu, e sua expressão passou de neutralidade para alívio, anotou algo em sua prancheta e mirou os olhos negros na direção dos verdes de Lauren.

- Preciso examina-la, mas você teve sorte Srta. Jauregui. - Elogiou - A pancada que levou na parte traseira da cabeça poderia ter custado sua visão completa. - Explicou. - Você realmente teve muita sorte, mas mesmo assim, peço para que mantenha-se longe de focos de claridade muito forte, caso sinta algo de diferente na sua visão, peço para que me informe, ok?

Video Game. (No Way) ||camren||Onde histórias criam vida. Descubra agora