Paradigmas do velho

199 22 5
                                    

E em um belo dia, eu,

Sim, eu mesmo,

Encontro-me tão apaixonado,

Que já não pertenço a mim mesmo,

Quem diria,.

Disseram-me uma vez,

As coisas boas vem com o tempo,

Mas as melhores de repente,

Tudo começa quando murmurei ao ouvi tal absurdo,

Esses clichés,

Não tinha tempo para ouvi lorotas ao vento.

Me dirigi a biblioteca como sempre,

O livro mais velho da prateleira seria minha nova vitima esse mês,

Adoro ler livros velhos, não importando o conteúdo.

Me perdia na leitura da qual desconhecer o contexto era um ótimo atrativo,

Esse porem era diferente,

Era a capa velha mais linda avistada por mim até hoje,

Engraçado, já havia lido alguns livros dessa seção, mais nunca o tinha notado,

Curioso,

Esqueci da curiosidade logo que comecei a folear,

Paginas em branco?

Como assim?

Que desperdício,

Movimento-me para joga-lo a prateleira,

Mais como um impulso deixo cair,

Em meio a toda aquelas paginas brancas, havia uma escrita,

Fiquei um pouco confuso a entender aquelas letras boradas pelo tempo,.

Enfim conseguir decifrar, Dizia : Por favor, devolva esse livro a Tay Myler,

Ainda no escrito tinha um endereço conhecido de onde a encontrar,

Oque me deixo confuso, foi a data de escrita, 1875,.

Sem pensar muito, segui a procurar pelo endereço,

Pensei um pouco alto : oque estou fazendo, olha a data, não tem como existe algum parente, é de outra década mané,

Me surpreendo quando olho levemente a cima, todas as informações da carta condiziam com a casa a minha frente,

:Casa N° 7856, Cor azulada ao leite (não entendi o termo ''leite'' até ver a cor em si, era um azul meio branco), ao lado de um pé de mangueira.

Como? Como?

Só pode ter sido uma brincadeira, no fundo eu sabia.

Estou dando meia volta e seguindo, quando de repente,

Esculto um chamar : Jay, jay, jay,

Me viro por impulso e imediatamente congelo.

Ainda não consigo explicar, como ela sabia meu nome?

Parecia esta mesmo esperando aquele livro, e ao perceber minha rejeição gritou por mim,

Confuso, confuso,.

Aqueles olhos castanhos negros olhando em minha direção tão gentilmente,

Aquele cabelo levemente ondulado nas pontas deixando o vento o levar,

Aquele sorriso explicito no qual me submeteu quando me avisto,

Aquele abraço macio que pude sentir no momento em que viajava em momentos antigos no qual me via diversas vezes com a mesma,

Acordei do devaneio com um doce beijo,

Tão doce que quase senti a inveja das abelhas que estavam nos girassóis ao lado,

Olhei fixamente em seus olhos, com lábios ainda levemente encostado nos dela,

Olhar na queles olhos foi como se vice um filme a minha frente, de épocas diferentes,

Mais no qual em todas eu e ela se encontrávamos,

Pude perceber que em quanto parecia me lembrar de tudo, sentia lagrimas escorrendo dentre nossos lábios,

Tudo fico meio escuro,

Lembro-me de acorda no colo de tay, ainda limpando as lagrimas ela disse : Agora eu sei por tudo que você passou,

Todas as vezes que voltamos e você sempre procurando uma maneira de me encontrar, e me fazer lembrar de nossa historia,. sempre no mesmo lugar no mesmo bairro, durante décadas eu não entendi,

Por que sempre aqui? tudo esta tão velho e desgastado, foi ai que você, com aquele mesmo sorriso torto de sempre me disse : Porque.. Aqui foi onde eu te amei pela primeira vez, aqui foi onde eu te amei pela segunda vez, aqui foi onde eu te amei pela primeira década, aqui foi onde eu te amei pela segunda década, e é aqui, aqui mesmo, que eu vó te amar até que nossos dias de anjo se acabem.

Aquelas palavras me fizeram querer sentir um pouco do seu fardo, de sempre que morremos, quando vivos novamente você era o único a se lembrar, e o único a me procurar por meio que algo sutil.

Agora eu sei, como te amo e o por que de você gosta tanto de livros antigos, livros antigos nos definem, como você diria.

Quando a ultima palavra se calou em tay, meu coração batel 3 mil vezes mais rápido que o normal,

Agora enfim minha vez de chover,

Olhei para tay e lembrei de tudo, tudo mesmo, todos os planos de todas as épocas em que vivemos,

Como? como eu, um cara fútil, que achava o termo ''amor'' um cliché sem fim,

Como?

Eu que varias vezes ignorei pessoas apaixonadas a minha voltar, por achar aquilo uma perca de tempo, como um cara assim tem uma historia tão linda e terna de vida?,

Deparo-me a pensa as antigas palavras que me disseram uma vez : As coisas boas vem com o tempo, as melhores, de repente,.

Olhei aos olhos de tay e antes de voarmos, juntos recitamos: você veio, com o tempo, de repente..

#Vem buscar a tua ausência, de JonhCarter

M-48 ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora