3. Você

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Rian

Acordei com o despertador alto e barulhento, como sempre. Me levantei, peguei uma roupa e fui para o banheiro, tomei meu banho, quando terminei coloquei um moletom azul e uma calça jeans cinza, limpei a máscara, coloquei as lentes e tirei a toalha da frente do espelho. Sai do banheiro e comecei a arrumar minha mochila enquanto Leeyn ainda estava dormindo como se não tivesse que fazer mais nada pela vida, me fazendo revirar os olhos e me aproximar.

Eu: Leeyn.-chamei.

Leeyn: hunn?-resmungou.

Eu: olha.-mostrei a tela do celular e ele abriu os olhos devagar pela iluminação.

Leeyn: puta merda, meu celular não despertou...-levantou num pulo.

Eu: jura?-perguntei irônico.

Leeyn: não vai dar tempo de tomar banho.-choramingou e tirou a blusa.

Eu: eles dão café?-perguntei meio perdido o vendo se despir até estar apenas de cueca.

Leeyn: dão, mas depois que bate o sinal é quase impossível comer algo até o almoço.-pôs uma calça.

Eu: certo... mas nós não estamos tão atrasados, por que você está desesperado caralho?-perguntei confuso

Leeyn: digamos que eu combinei com todos de apresentar você e eles devem estar há uns... 25 minutos plantados no refeitório.-riu.

Eu: eu te mataria.

Leeyn: você não é o único, por este motivo eu estou desesperado, tomara que todos tenham transado noite passada e estejam de bom humor.-colocou uma blusa branca e um casaco preto.-vamos.-pegou a mochila.

Saímos do quarto e ele foi me mostrando o caminho e me dizendo algumas coisas sobre os horários da forma mais rápida possível, quando chegamos no refeitório, eu peguei um suco e pão e ele me levou até uma mesa onde tinha umas pessoas nos olhando curiosos.Quando nos sentamos, todos me olharam e eu comecei a tomar o suco de caixinha por um canudo que eu peguei, os olhando. O pão eu ia comer depois quando estivesse sozinho ou escondido no meio da aula. 

Leeyn: esse é o Rian.-apontou pra mim e sorriu.-meu colega de quarto, vai ser nosso amiguinho agora.-falou e eu revirei os olhos.-podem se apresentar.

-eu sou o Dilan.-o primeiro cara falou.-sou quem participa das brigas de gangues no colégio. -falou sorrindo de lado.

Eu: você tem cara de delinquente.-respondi sério.

Leeyn: gostoso.-brincou fazendo Dilan rir. 

-sou o Adrian, prazer.-sorriu.-o invisível, consigo tudo que você quiser é só pedir.-falou animado. 

Eu: quero que você fique bem longe das minha coisas.-falei o encarando.

Adrian: tarde demais.-respondeu com um sorriso largo, mas antes que eu pudesse dizer algo, os dois de frente para mim iniciaram.

-nós somos os gêmeos.-os dois disseram juntos.

-eu sou o Andy.

-e eu sou o Cowen.-o mesmo estava com o braço nos ombros de Andy, do jeito que os namorados fazem quando estão com a namorada pra mostrar que elas "tem dono".

Eu: to ligado que rola um incesto ai.-falei sem pensar e Cowen riu enquanto o outro corava.

Andy: eu sou a pessoas que tem os contatos de todos.-tentou mudar de assunto.

Cowen: eu consigo de carros à coisas mais pesadas.-falou com um sorriso de lado.

Eu: certo... e vocês são o quarteto fantástico?-perguntei sarcástico.

Leeyn: ainda ta faltando um.

Eu: enquanto o "um" está faltando me expliquem por qual motivo você assistiram tanta tv ao ponto de queimar os neurônios?

Leeyn: essa escola que é para pessoas diferentes.

Eu: diferente como? Isso é uma espécie de hospício?

Andy: quase.-falou animado.-esse colégio já foi muitas coisas, um hospício, uma prisão, casa da máfia, de traficantes e de pessoas mais poderosas, quando formou a escola, todos se juntaram, por exemplo, tem muitos alunos aqui com problemas mentais, muitos são filhos dos traficantes mais procurados e outros filhos de alguns da máfia, outros estão se escondendo, já que a Polícia não pode entrar aqui...-contou e eu o olhei surpreso.-eu e Cowen somos filhos de um traficante, aqui dentro não citamos nomes por causa das gangues, Dilan está aqui só pra não ir pra cadeia, mas umas gangues insistem em comprar briga com ele, o Adrian você ja deve ter percebido que é um doente mental que eu não vou nem comentar...

Adrian: o que...-foi interrompido.

Andy: e o Leeyn é filho de um chefe da máfia.

Eu: hunn.-balancei a cabeça.-e eu sou o que?-perguntei e ele jogou suas mãos por cima da mesa.

Andy: como é que eu vou saber?-me olhou indignado.

Eu: não é você que tem os contatos?-dei de ombros.

Andy: é, mas eu não sabia da sua existência até agora à pouco.-respondeu.-se você quer saber o que você tem, pergunta para o Alan.

Eu: quem é Al...

-cheguei gente.-falou um menino ofegante, ele se sentou e olhou nos meus olhos.- eu sou o Alan o cara das informações, que sabe sobre tudo e de todos.-sorriu.-chegou bem, Rian?

Eu: você...

MáscaraOnde histórias criam vida. Descubra agora