41. Gripe Maldita

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Rian

Abri meu olhos devagar, eles estavam pesados, como minha respiração e eu sentia como se tivesse algo tapando o meu nariz, minha garganta estava seca e com um gosto de "gripe".

Eu: ótimo, tudo que eu precisava, ficar gripado.-falei com uma voz estranha.

Me sentei na cama, senti um frio percorrer por todo o meu corpo, estava chovendo, olhei para Leeyn, estava dormindo, já era de noite, dormimos o dia inteiro, agora essa gripe desgraçada, minha cabeça estava doendo, mas seria maldade acordar ele para que fosse buscar um remédio para mim.

Eu: ele não vai me bater de verdade né? Se eu sair até a cozinha.-perguntei para mim mesmo.-claro que não, é mais fácil eu bater nele.-falei me levantando.

Peguei meu celular e liguei a lanterna, saí do quarto devagar e olhei para os lados, a tomada estava meio longe e a chuva estava fraca, corri até a mesma e liguei a luz, logo fazendo o mesmo com a da cozinha e entrei na mesma.

Eu: onde o Adrian guarda os remédios?-abri uma gaveta e vi uma caixinha transparente com uns remédios.-mas... que remédio a gente toma quando está no meu estado? Ótimo Rian, o que você veio fazer aqui?-bufei.-um remédio para dor de cabeça.-falei baixo.

Peguei uma água e tomei um remédio, também coloquei aquela coisa ruim de desentupir nariz, quando estava guardando a caixinha, escutei os cachorros latirem, dei um pulo com o susto, eu estava com medo, quem estava lá? Kau mandou parceiros? Mais alguém pra se vingar de mim? Não é possível. Peguei uma faca dessas que a gente usa pra fatiar carne, fui em passos lentos até a porta de vidro que dava para a piscina e olhei em volta, os cachorros estavam alerta, olhando tudo, as árvores se mexiam um pouco por causa do vento e a chuva caía fraca, mesmo assim, não deixava de ser assustador, mesmo sem nada, eu estava com medo, me controlando para não chorar estava tremendo dos pés à cabeça.

Estava olhando para as árvores quando de repente senti tocarem na minha mão com a faca, me virei rápido levantando a mesma em sinal de defesa, era Leeyn, a ponta da faca estava tocando seu abdômen, quando eu percebi isso joguei a mesma no chão e cruzei os braços me encolhendo.

Leeyn: por que estava com uma faca?

Eu: queria saber porque os cachorros estava latindo.-falei baixo.

Leeyn: por que estava com uma faca?

Eu: me levantei para tomar um remédio.-tentei mudar de assunto.

Leeyn: por que estava com uma faca?

Eu:... eu estava... estou com medo.-falei sentindo uma lágrima cair.-estou com muito medo.-tapei meus olhos e senti Leeyn me abraçar.

Leeyn: já passou, nada mais vai te acontecer.-me pegou no colo e começou a andar em direção ao quarto, enquanto andava, Leeyn ia apagando as luzes que eu tinha deixado acesas.

Eu: como você sabe?-perguntei baixo.

Leeyn: sei o que?-abriu a porta do quarto.

Eu: que nada vai acontecer.

Leeyn: por que vou te prender dentro dessa casa.-falou brincando e eu ri.

Eu: por quanto tempo?

Leeyn: até você aprender que sair com o Adrian é um perigo.-me deitou na cama.

Eu: é talvez seja melhor.

Leeyn: talvez.-se deitou do meu lado.-mas... como eu disse antes.-senti um tapa fraco na bunda.-isso é por ter saído sem me chamar.

Eu: seria maldade te chamar, parecia estar dormindo bem.-falei com um bico.

Leeyn: quem não dorme bem com essa visão?-olhou para as minhas coxas.

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