10- Eu me preocupo com você

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Eu: Claro que não.
Gaguejei demais, ele percebeu que estava mentindo.
Carl: Esta sim. Oras Lauren, deixe-me virar.
Eu: Não, não quero que me veja assim.
Disse apertando mais ele, mas foi em vão. Carl é maior e mais forte que eu. Mas quando ele virou abaixei a cabeça rapidamente.
Carl: Lauren, olhe para mim. O que houve?
Eu: Não houve nada. Vire e volte a dormir.
Carl: Fala logo! Você sabe que não vou parar de insistir.
Eu: Está chovendo e vetando muito forte. Carl, eu tenho medo. Não se atreva a rir.
Carl: É só vento e chuva, Lauren. Não vão entrar aqui e te sequestrar ou te matar.
Eu: Eu sei, não é da chuva que eu tenho medo. Eu tenho medo do vento forte. Uma vez começou a chover, mas eu nem liguei. Mas ai começou a ventar, e ventou muito forte depois, enquanto eu estava andando de bicicleta, eu cai e rolei um barranco. Fora que é assustador o barulho.
Carl: Okay, vem cá.
Falou isso e me abraçou. Por algum motivo me senti mais segura nos braços dele.
Eu: Você não se incomoda de esta assim comigo?
Carl: Claro que não. Pode não parecer, mas eu gosto e me preocupo com você.

Não falei mais nada. Apenas me endireitei no abraço dele e dormi. Ainda chorei um pouco, mas Carl me abraçava mais forte e o medo passava. O que será que deu nele? Que estranho. Mas não vou reclamar.

De manhã...

Quando acordei percebi que ainda estava abraçada com Carl. Dei um pequeno sorriso e voltei a dormir.
Alguns minutos depois sinto algo pelo meu rosto. Era Carl alisando minhas boxexas.

Eu: Olá.
Falei olhando para ele e sorrindo.
Carl: Desculpe, não queria te acordar. Você é tão fofa dormindo, nem parece que é um demônio quando ta acordada.
Eu: Carl Grimes, você está na minha cama, eu posso te empurrar daqui e te dar um tiro! E falou o bipolarzão que uma hora me odeia e outra hora é legal. Estamos no mesmo nível, meu caro.
Disse debochando dele que riu.
Eu: Sua risada é gostosa.
Carl: Meu amor, eu sou todo gostoso.
Disse ele gabando-se.
Eu: E eu achando que o Abraham que é o convencido.
Carl: Você poderia dizer a ele que não precisa me bater?!
Eu: Você escutou ele falar ontem?
Carl: Sim.
Eu: Eu não prometo nada.
Disse e me levantei indo em direção do banheiro.
Carl: Ei. Lauren! O que você quis dizer com 'não prometo nada'? Lauren, volta aqui!
Apenas ri alto o bastante para ele escutar e fechei a porta quando ele vinha na minha direção. É Carl, você poderia ser legal toda hora, seria maravilhoso.

Mais tarde...

Todos já haviam almoçado e estavam na varanda das suas casas, parecia um condomínio normal, tipo aqueles de antes do mundo ficar assim.
Estava num balanço que tem na varanda de casa, comendo um doce quando Carl aparece na porta.

Carl: A gente pode conversar?!
Eu: Claro, sente-se aqui.
Falei dando espaço e dando sinal para ele sentar. E ele sentou-se
Eu: Quer?!
Falei oferecendo meu doce a ele, e o mesmo aceitou tirando um pedaço.
Carl: Então, seu tornozelo ta melhor?!
Eu: Sim, está. Já até fui lá na casa da Denise para ela ver quando posso tirar a atadura, mas não foi para falar do meu tornozelo que você veio, né?!
Carl: Na verdade, eu só quero conversar mesmo, quero falar sobre você, quero conhecer você melhor, Lauren. Você chegou aqui e eu já fui sendo um idiota com você sem ao menos te conhecer direito...
Fiquei chocada com aquilo, o que sera que deu nele?!

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora