96- Irmãzinha

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Eu não parava de andar de um lado para o outro. Eu não conseguia parar de pensar no que poderia acontecer, no que pode acontecer com ela. Eu jamais vou me perdoar se algo de ruim acontecer com aquela garota, quer dizer, mais coisas. Eu prometi para mim mesmo que iria proteger ela. E por algum tempo eu tive uma certa ajuda de Carl, que infelizmente, no momento, No está em condições de continuar. Mas agora é diferente, tenho que ter cuidado dobrado com essa garota, são duas vidas agora. Eu sou, de alguma foram, meio que o irmão mais velho dela, não sou eu que digo, ela mesmo já afirmou e sabe disso, todos sabem.

Estava prestes a fazer um buraco na varanda de Denise de tanto andar quando ela finalmente abriu aquela maldita porta.

Eu: Espero que você venha com boas notícias.
  Falei nervoso.
Denise: Eles estão bem. Tanto a Lauren, como o bebê dela.
  Quando ela disse aquilo, um alívio imenso percorreu todo o meu corpo. Nesse momento eu olhei para os lados na procura de um lugar para me sentar e achei. Sentei e olhei pra ela.
Eu: Será que eu posso ver ela?
Denise: Ela no momento está dormindo por causa da quantidade de remedios e analgésicos que dei a ela. Se você quiser, pode entrar, mas não tente acorda-lá.
Eu: Ela está merecendo um descanso, não vou fazer nenhum barulho sequer, só quero ver ela...
Denise: Você também está merecendo um descanso, Abraham... e uns curativos.
Eu: Depois que eu ver Lauren eu vou pra casa, e não gaste nada comigo, isso daqui com água e sabão já resolve.
Denise: Tudo bem, entre. Primeiro quarto.
  Disse e eu sorri para ela em sinal de resposta. Entrei e fui direto para o quarto que Denise havia dito. Entrei e fechei a porta.

Eu: Olá, baixinha.
  Falei sozinho vendo a serenidade do seu rosto. Ela parecia estar tão calma, tão bem... acho que nem ao menos estava se lembrando do que havia acontecido...
Eu: Você não tem ideia do susto que você me deu... Por alguns segundos eu achei que perderia você. Imagine só como eu contaria isso para Carl? Ele iria enfiar uma bala no meio da minha cabeça.
   Falei e ri do meu próprio comentário.
Eu: Mas brincadeiras à parte, eu realmente tive medo de perder você.
   Falei segurando na mão dela.
Eu: Mas eu jamais deixaria que alguém matasse minha irmãzinha e saísse impune disso. Eu te prometo, Lauren... Eu caçar aquele filho de uma Puta até no inferno e vou matar ele da forma mais dolorosa que ele possa imaginar. Ninguém mexe com a gente e sai impune, ninguém mexe com você e sai vivo...
   Disse e dei um beijo na testa da mesma. Dei mais uma olhada só para terminar de cair a ficha de que tudo já está bem e ela já está a salva e sai do quarto fechando a porta logo em seguida.

Eu: Cuide bem dela, Denise. Eu confio em você. Qualquer coisa mande me chamar. Vou ver se os outros estão precisando de ajuda e depois vou para casa.
   Falei quando encontrei a mesma mexendo em alguns remédios na sala.
Denise: Pode deixar, Abraham. Ela vai ficar bem, não vai demorar muito para ela voltar a te irritar todos os dias.
   Falou sorrindo.
Eu: Já estou sentindo falta disso. Nunca pensei que iria falar que estou sentindo falta da Lauren me irritando mas eu estou.
  Falei e sorri.
Eu: Cuide da minha irmãzinha, Denise. Até depois.
   Falei e sai. Vou dar uma pequena volta por uma parte de Alexandria e ver se precisam de mim, se não precisarem irei direto para casa. Estou exausto e precisando de um banho.

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora