109- Precisamos conversar

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Estava no meu quarto, sentado em minha cama junto com Judith. A mesma brincava as vezes com seus próprios dedos e as vezes com alguns brinquedos que haviam sob a cama. Comecei a pensar em tudo que meu pai havia me dito, mais uma vez, novamente eu não via sentido em todas àquelas besteiras que ele vêm dizendo desde que acordei.

  Cheguei a conclusão de que não vou mais deixar ele diga mais nem uma sequer palavra sobre isso ou para ofender a Lauren. Poe que ele simplesmente não aceita que ela não tem culpa de nada? Lauren não faria mal a ninguém dessa maneira, ainda mais se tratando de mim.

Peguei Judith no colo e desci as escadas na esperança de encontrar meu pai e acabar de uma vez por todas com esse assunto, quero deixar tudo resolvido, odeio brigas, odeio mais ainda quando alguém que eu amo está no meio. Vi meu pai na cozinha bebendo água e logo fui até lá, mas antes deixei minha irmã no tapete da sala brincando com algum brinquedo colorido que ela havia trago do meu quarto junto com ela.

Eu: Pai, precisamos conversar.

   Disse me aproximando dele. O mesmo colocou o copo na bancada da e me encarou.

Rick: Concordo.

Eu: Você tem que parar com essa merda.

Rick: Parar de querer te proteger? Carl, seja sensato.

Eu: isso não é proteção, pai! Você apenas esta querendo me colocar contra a mulher que eu amo.

Rick: Você nem ao menos sabe o que é amor, Carl! Você é uma  criança.

Eu: E é aí que eu te mostro que eu sei sim. Quando eu coloquei os olhos naquela mulher, de imediato soube que ela era especial, que havia algo de diferente nela. Alguns dias depois eu comecei a me negar algo que eu já sabia que não poderia evitar. Eu sabia que sentia algo por ela, eu sentia uma imensa necessidade de proteger ela, de cuidar, de fazer com que esse mundo fosse menos ruim para ela. Lauren é uma pessoa tão doce, tão legal de se conviver, ela conseguia me tirar sorrisos quando o que eu mais queria era sair por aí batendo em todos.  Aquela mulher conseguiu tirar o melhor de mim, ela olhou no fundo dos meus olhos e viu uma esperança, ela viu algo que ninguém conseguiu ver. 

  Nesse momento eu já estava com os olhos cheios de lágrimas, não consigo falar isso tudo sobre Lauren e não chorar, é inevitável.

Eu: O efeito que ela têm sobre mim ninguém mais têm. Ela é aquela coisa boa no meio de todo o caos, ela é a paz da minha guerra, eu amo ela e ninguém vai poder mudar isso. O único motivo para estarmos aqui, agora, comigo te falando isso tudo, é apenas porquê você não consegue achar um motivo para àquilo ter acontecido, você simplesmente não quer aceitar que aquilo não teve uma justificativa, não houve um culpado e você está desesperando por um, mas esse culpado não é e não irá ser a Lauren.

  Foi aí que eu respirei fundo, fechei meus olhos e depois abri eles novamente encarando meu pai que estava sem palavras.

Rick: Carl... sinto muito, filho. Eu não sabia que aquela garota significava tanto para você.

Eu: Agora você sabe, então te peço que nunca mais falar mal de alguém que não tem culpa daquilo que aconteceu.

Rick: tudo bem.

  Disse e veio me abraçar, no começo não quis corresponder o abraça-lo mas por fim correspondi, até porque ele é meu pai e me pediu desculpas pelo que fez.

Eu: Agora você vai ter que ir até a casa de Denise pedir desculpas para a pessoa mais afetada nessa situação.

Rick: irei sim.

Eu: Mas não vá agora, ela deve estar dormindo uma hora dessas, faça o que tiver de fazer e logo em seguida vá lá.

  Disse e saí de lá indo até Judh que não havia saído do seu lugar graças a Deus, não queria nem imaginar ter que procura-la.

   Com tudo quase resolvido com meu pai, parte do peso que estava em minhas costas havia saído me deixando mais aliviado em relação a tudo. Espero que ele tenha entendido tudo de verdade e faça o que lhe pedi...

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora