59- Eu sempre estarei aqui

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Eu realmente apaguei. Acordei com um tempo com alguém me chamando. Era Denise.

Denise: Lauren? Lauren, acorda...
Eu: Hmmm... Me deixa.
   Murmurrei enquanto ela me sacodia.
Denise: É óbvio que eu não vou deixar você aí. Anda, levanta daí.
Eu: Eu não vou sair daqui, me deixa. Não tem nada lá fora que me tire daqui, acredite. Tudo que eu quero está aqui, então irei ficar.
Denise: Já está de tarde, precisa sair e comer algo.
Eu: Já está de tarde? Quanto tempo eu dormi?
Denise: Agora são 15:30 horas, você dormiu umas 8horas seguidas. Eu ia vim te acordar mais cedo, porém não deixaram. Então vim agora porque você realmente precisa comer.
Eu: Eu preciso do Carl acordado e bem, comer eu posso comer depois.
Denise: Se eu trouxer, você come aqui?
Eu: Possivelmente.
   Ela não disse nada, apenas saiu. Alguns minutos depois ela volta com um prato com dois sanduíches e copo de suco. Ela deixou o prato e o copo em cima do criado mudo e saiu. Peguei um dos sanduíches e comecei a comer.

Eu: Não sei quem fez isso, mas essa pessoa tá de parabéns, viu?
   Disse ainda de boca cheia.
Eu: Se você estivesse acordado, provavelmente estaria me chamando de mal educada agora.
   Ri com meu próprio comentário e continuei a comer. Não demorou muito para que eu começasse a comer o outro sanduíche.
Eu: Sabe, não sabia que matar zumbis dava tanta fome. 
   Disse quando peguei o copo de suco e bebi metade de uma vez.
Eu: Estava pensando... Quando você acordar, você poderia criar um pouco de vergonha na cara e me pedir em namoro. Eu até te levaria pra conhecer meus pais, mas acho meio difícil já que eu vi minha mãe ser devorada por zumbis quando tudo isso começou. Mas se você conhecer algum médium por aí, aí quem sabe você não fala com ela.
   Disse enquanto segurava a mão dele e ria com as idiotices que eu falava.
Eu: Você sofreu tanto... não quero que sofra mais, de forma alguma. Por isso que eu vou estar sempre aqui, pra tudo que você precisar. Não vou deixar ninguém te fazer mal, eu só quero que você fique bem.
   E lá estava eu, chorando mais uma vez com cada palavra que eu mesma falava.
Eu: E se você precisar não acordar mais para ficar bem, eu vou te entender, a final, todos nós precisamos descansar. Eu nunca te contei isso, mas antes de ir embora, eu escutei uma conversa da Maggie com o Glenn. A gente tinha acabado de brigar, e eles estavam conversando sobre a gente. Escutei Glenn falar de tudo que você já passou... E puxa vida, Carl... Você matou sua própria mãe, Maggie estava com você no momento, e eu sinto muito por isso, e realmente sinto... muito.
  Disse a última parte pausadamente por conta do choro.
Eu: Você perdeu sua melhor amiga no começo de tudo, já é o segundo tiro que você leva, já foi até trancado com os outros num lugar chamado Terminus. Eu já passei por lá, estava tudo em destroços quando passei. Desculpa por está te lembrando dessas coisas horríveis, mas eu só quero te dizer que você pode descansar o tempo que for, todos merecem se desligar do mundo de alguma forma ou em algum momento, e infelizmente essa foi  sua forma, esse foi seu momento e você pode fazer isso. Só quero que saiba que eu te amo, eu te amo muito, Carl. Te amo ao ponto de deixar você me deixar. Isso foi meio confuso, mas é verdade. E se em algum momento você quiser acordar, eu vou está aqui, eu sempre estarei aqui...
   Dito isso, abaixei minha cabeça encostando a mesma no colchão da cama sem soltar a mão de Carl, e chorei, chorei muito. Eu não quero perder o amor da minha vida assim, eu não posso, acabei de reencontra-lo e já vou deixa-lo? Não, eu não posso, eu não quero, mas se é isso que ele quer, é isso que o corpo dele vai fazer, eu aceito. 
Eu: Eu amo você, Carl Grimes.
   Sussurrei. Eu iria repetir aquilo quantas vezes me desse vontade para compensar as vezes que eu não pude dizer antes.

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora