97- Desesperado

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Andei por toda Alexandria e ninguém precisava de ajuda. Todos estavam dando de conta das suas tarefas. Fui direto pra casa, cheguei e Daryl não estava lá. Subi para o meu quarto, peguei uma roupa limpa e fui em direção ao banheiro.
Entrei, fechei a porta e comecei a tirar minha roupa, foi ai que percebi um corte em meu braço. Essa merda vai doer mais que um corte grande quando eu começar o banho...

Liguei o chuveiro e deixei a água cair sem fazer nenhum movimento. Apenas fiquei olhando para as cerâmicas da parede e pensando em todas as pessoas que já perdi, que ja salvei, que já tentei ajudar... perdi muita gente e não aceitaria perder mais uma, nao fazer nada a respeito, sem fazer o possível para salva-lá.
Peguei o sabonete e comecei a tirar toda a sujeira e sangue que havia em todo o meu corpo, foi ai que passei em cima do corte que havia em meu braço. O que é uma bala na perna perto de uma corte com sabão? Eu dos meus pensamentos e continuei meu banho. Quando acabei, me sequei e vesti uma roupa limpa. Sai do banheiro e fui até a casa do Rick.

Quando cheguei lá, não havia ninguém. Lembrei que Denise iria me  chamar quando ela acordasse, mas nao estou em casa.... Corri para a casa dela pedindo aos céus para que ela já estivesse acordada.
Chegando la, abri a porta sem nem ao menos bater. Entrei e na sala estavam: Denise, Rick, Maggie e Michonne. Ambos com cara de preocupação.

Eu: Ela não acordou?
  Falei um pouco triste.
Denise: Nada ainda...
  Disse sem jeito.
Rick: Temos que pensar que logo ela vai acordar, e o Carl também. Eles têm  que acordar!
Maggie: Rick tem razão. Como está o estado do Carl, Denise?
   Disse ao se levantar da cadeira que a mesma se encontrava sentada.
Denise: Faço testes de reflexos com ele todos os dias. Faz uma semana desde que houve o primeiro sinal dele.
  Falou e ascendeu uma certa chama de esperança em todos nós. Ate por quê há algum tempo, ele nem se quer tinha algum mísero reflexo. Única coisa que informava a sobrevivência dele seria sua então respiração um pouco fraca e seus batimentos também fraquejados.

Eu: Irei vê-la.
  Falei e sem esperar respostas de ninguém, fui ate o quarto que a mesma se encontrava. Abri a porta devagar e entrei.
Peguei uma cadeira que havia ali e sentei perto da cama.
Eu: Você nao acha que já está na hora de acordar?
  Falei segurando sua mão.
Eu: Imagina se o Carl acorda e não te encontra aqui... Você tem que ficar bem, Lauren. Tem que acordar. Você já dormiu demais...
  Disse e abaixei a cabeça. Foi ai que ouvi uma voz.
Lauren: Será possível que eu não posso passar algumas horas apagada que você já fica desesperado? Eu sei que sou muito maravilhosa mas isso já ta virando obsessão.
  Falou fraca e logo após deu um meio sorriso. Desabei em lágrimas imediatamente. Um sorriso espontâneo apareceu em meu rosto na mesma hora.
Eu: É tão bom escutar sua voz de novo...
  Disse enquanto lágrimas emcharcavam meu rosto e eu sorria feito idiota.

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora