De manhã quando acordei, Carl ainda se encontrava ao meu lado com seu cabelo todo bagunçado cobrindo parte do seu rosto. Eu gostava de vê-lo dormir, era tão calmo e sereno, me traz uma certa paz olha-lo assim, mesmo que descabelado.
Tirei os cabelos que o cobriam o rosto com cautela para não acorda-lo e sorri. Pensamentos começaram a rondar minha cabeça de forma que quando me dei conta, estava lembrando de quando disse a minha mãe que ela nunca seria avó se dependesse de mim, o que implica dizer que isso realmente nunca iria acontecer já que sou filha única. Agora me encontro deitada numa cama com um cara que conheci em meio a um apocalipse zumbi e grávida de um filho ou filha dele, realmente tudo que eu achava que não iria acontecer está acontecendo, o que me dói é não ter minha mãe ao meu lado para dividir alguns momentos com ela, mesmo sabendo que ela iria querer arrancar minha cabeça fora se me visse grávida tão cedo, mas mesmo assim não deixaria de me apoiar quando a raiva passasse.
Comecei a alisar as bochechas rosadas de Carl com o polegar até que senti ele começar a se mexer, não sabia que horas eram, mas para nós dois estarmos acordados, não era tão cedo mais. Carl quando abriu os olhos me olhou estranho, foi então que eu percebi que estava chorando lembrando da minha mãe, limpei as lágrimas rapidamente e me sentei na cama de costas para ele. Havia um copo com água ao lado da cama, em cima da mesa de cabeceira , não estava cheio, mas era o suficiente para tomar a vitamina que Denise me deu, coloquei uma capsula na boca e engoli com ajuda da água.
Carl se esticou na cama e logo envolveu minha cintura com seus braços.
Carl: O que houve, meu amor?
Eu: Nada demais, fique tranquilo. Eram apenas alguns pensamentos.
Disse saindo do seu abraço e voltando a deitar ao seu lado. Encostei minha cabeça em seu peito e ficamos em silencio por mais ou menos 1 minuto.
Carl: Como está?
Eu: Hm?
Não entendi a pergunta repentina dele.
Carl: Sentiu algo essa noite? Alguma dor ou algo do tipo?
Foi aí que entende, ele estava se referindo ao bebê.
Eu: Na verdade dormi muito bem, então creio que está tudo ótimo.
Falei sorrindo fraco para ele.
Eu: Deveríamos nos levantar, já deve estar tarde, você deve ter coisas para fazer e eu não estou doente para passar o dia na cama.
Dei um beijo em sua testa após falar e me levantei novamente. Estou estranhamente bem disposta. Após me levantar, dei uma esticada para me alongar, Carl levantou logo em seguida, ambos seguiram em direção ao banheiro, escovei meus dentes primeiro, lavei o rosto e saí do banheiro deixando apenas Carl para fazer o mesmo.
Enquanto descia as escadas, pude notar Michonne indo em direção á cozinha.
Eu: Bom dia, Michonne!
Falei animadamente e a mesma parou pouco antes de entrar na cozinha.
Michonne: Bom dia, Lauren. Dormiu bem?
Eu: Até demais, tenho até medo de ter uma noite de sono tão boa, normalmente coisas ruins acontecem depois de um período de coisas boas.
Michonne: Não seja tão pessimista, Lauren. Aproveite o período de coisas boas!
Disse sorrindo enquanto eu caminhava até o seu lado. Ambas entraram na cozinha juntas, eu fui em direção a geladeira pegar água e Michonne pegou uma maçã que estava numa fruteira em cima do balcão ilha.
Não trocamos mais palavras, Michonne saiu com sua maçã e eu fiquei colocando o copo no lugar, Carl entrou na cozinha um pouco mais de 1 minuto depois que Michonne saiu.
Carl: O que irá fazer hoje?
Eu: Talvez vá dar uma volta fora dos muros, me sinto enferrujada, vou treinar matar alguns zumbis.
Percebi que na proporção que eu falava, Carl ia mudando suas feições para mais sérias, ele não deve ter gostado muito da ideia.
Carl: Por quê não da uma volta na segurança dos muros? Não quero você correndo perigo lá fora.
Eu: Eu não quero brigar, eu irei pensar no que você disse, mas adianto que será muito difícil mudar de ideia, não irei embora quero apenas um pouco de adrenalina, está tudo tão calmo, não que eu não goste dessa paz, eu gosto, mas quero me exercitar um pouco.
Carl: Pessoas normais fazem alongamento ou algum exercício físico para isso.
Eu: Se você não percebeu, nem o mundo está normal, que dirá ter pessoas normais, Carl.
Falei e cruzei os braços o olhando séria.
Carl: Tudo bem, não vou discutir com você novamente, tenho ronda depois do meio dia, irei saber como estão as coisas, nos vemos na hora do almoço?
Eu: Claro! Até a hora do almoço.
Disse e sorri fraco. Carl veio até mim, me de um beijo na testa, foi até o armário e pegou algo para comer que eu não consegui identificar o que seria por ter saído da cozinha antes que ele se virasse.
Sai da casa e comecei a caminhar pelas ruas sem uma direção específica, me dei conta que não era tão tarde assim pela quantidade de pessoas em suas varandas, normalmente quando se é mais que 10 horas da manhã, há muitas pessoas em suas varandas ou caminhando pelas ruas. No entanto, não passei por mais de 3 pessoas na caminhada que fiz.
Passei pelas pessoas às cumprimentando, as mesmas fizeram o mesmo. No fim da rua que me encontrava, avistei Christian. Não sei como iria olha-lo depois do que aconteceu. Com certeza ele me viu, pois exitou em seguir a mesma direção que eu, mas eu tinha que resolver o que aconteceu na noite passada, não sei como anda a cabeça dele, não tenho certeza se ainda o conheço como antes.
Segui em frente em direção ao garoto alto que insistia em fingir que não me conhecia, ele nem ao menos olhava pra mim mesmo tendo percebido que eu caminhava em sua direção.Eu: Olá, Christian.
Disse sem jeito, o mesmo me analisou dos pés à cabeça.Christia: Olá, Lauren. Posso dirigir a palavra a você ou seu namorado vai aparecer e me mandar embora?!
Me olhou com desprezo ao ironizar sua fala.
Eu: Poxa, Chris. Podemos conversar direito? Dessa vez sem Carl conosco.
O mesmo ficou pensativo ao ouvir minha proposta, mas aceitou com um gesto feito com a cabeça.
Eu: Venha comigo, conheço um lugar tranquilo que podemos conversar sem ninguém ouvir ou interromper.
Andei em direção ao local mencionado por mim e Christian deu um sorriso forçado me seguindo.
Espero que ocorra tudo bem, preciso me explicar com a única pessoa viva do meu passado que consegui achar, Christian fez parte de uma parte importante da minha vida, queria que ficasse comigo nessa também. No entanto, não querendo ser muito pessimista, mas já sendo, não tenho certeza que irá ser de bom grado toda essa conversa.
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A girl in an apocalypse
RandomImagine uma garota sozinha em meio a um apocalipse... Nada bom, não é? Mas não pelo fato dela ser uma garota, mas sim porque esse apocalipse... é zumbi! Em um mundo pós apocalíptico, Lauren tenta seguir sua vida, mas várias coisas acontecerão, po...