7- Senhor malhado.

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Não sei porque Carl tinha que sair também. Como eu vou pra casa agora? Gênio esse garoto.

Denise: Bom, Lauren, já pode ir, tente não fazer muito esforço, okay?
Eu: Okay, Denise. Mas como quer que eu não faça esforço se não trem ninguém para me levar até em casa? Carl evaporou junto com os outros.
Denise: Calma aí! Chamarei alguém para te levar até em casa. Só uma coisa, Lauren. Você está morando aonde?
Eu: Correção: onde eu estou passando os dias. Não esqueça que eu só passarei alguns dias aqui e logo irei embora. E eu estou na casa do Rick.
Denise: Espero que mude de ideia, gostei de você, tenho um pressentimento que fará um bem enorme para Alexandria.
Eu: Vá logo chamar alguém, Denise, não tenho todo o tempo do mundo.
Denise: Como se o mundo estivesse grande coisa, né?

Quando acabou de falar ela já foi saindo sem esperar eu responder. Ela estava certa, o mundo não está lá essas coisas não. Acho que me fará bem ficar aqui.

Alguns minutos depois, Carl e Denise entram na sala.

Eu: Oras, oras, ele não morreu. Por que foi embora, Carl?
Carl: Eu tinha mais o que fazer, ou queria que eu ficasse te esperando? O mundo não gira ao seu redor.
Denise: Carl!
Repreendeu o garoto. Carl não deveria ter falado aquilo. Eu nem falei nada demais, apenas brinquei com ele.
Eu: Não, Denise. Deixe-o. Eu vou sozinha.
Carl: Perfeito, não queria ir mesmo.
Eu: Então porque veio, Grimes? Você não me deve nada, nem eu te devo. Vá, suma da minha frente.
Carl: Com todo prazer.
Falou e logo saiu com um sorriso sínico naquele rosto que eu gostaria de esmurrar.
Eu: Como eu queria bater naquele garoto!
Abraham: Quer um banquinho? Só assim pra acalçar a cara dele.
Eu: Porra! Você brota do nada! Que susto! E eu não sou tão baixa ao ponto de precisar de um banquinho.
Abraham: Você se assusta muito fácil. E sim, você é pequena e ele é alto, vai precisar de um banquinho.
Denise: Acabou? Abraham, já que está aqui, poderia levar a Lau em casa?
Abraham: Levo sim. Já falei pro Rick dar uma surra naquele garoto, mas alguém me escuta? Claro que não. Vamos, Lauren.
Eu: Abraham seu gostoso.
Abraham: Eu não vou te levar nas minhas costas, nem peça.
Eu: Ai, nossa. Magoou, viu?
Abraham: Vem logo senão te levo rolando.
Eu: Ta me chamando de gorda? Você também não é modelo não.
Abraham: Aqui é músculo, garota! Já ai... Ai é só gordura.
Eu: Ai, nossa, desculpa senhor malhado, gostosão do momento.
Abraham: Tá desculpada, mas só porque eu sou legal. Agora vamos.

Apenas assenti e fomo. Por incrível que pareça, Abraham não soltou nenhuma piada o caminho todo, ele apenas ia falando o nome de cada morador da comunidade que cruzava nosso caminho.

Quando chegamos lá, Carl estava sentado no sofá da sala lendo algumas HQs. Fiz uma cara feia pra ele, bom que nem percebeu, senão iria dar em briga.

Abraham: Olha, se precisar de qualquer coisa, me chama que eu venho, pode até ser pra bater no Carl.
Sussurrou ele no meu ouvido enquanto me ajudava a caminhar até perto das escada.
Eu: Chamo sim. Obrigada, Abraham.
Ele só sorriu e saiu. Seria uma longa noite perto daquele idiota.

A girl in an apocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora