Capítulo 5 - Um cafezinho e um passo a trás

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"Don't wanna close my eyes

I don't wanna fall asleep

'Cause I'd miss you, babe

And I don't wanna miss a thing

'Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I'd still miss you, babe

And I don't wanna miss a thing"

(I don't want to miss a thing)

Tão logo os espasmos em seu corpo cessaram, ela não sabia precisar quando, perdera os sentidos. Sua mente vagueava entre tudo o que passara até ali, com imagens dela dançando ainda no Bandwidth, misturando-se com a dança que fizera ao se apresentar ao mestre Júlio,... A tortura - seus cortes ardiam ainda - a recepção dada pelas outras escravas... A "distração" oferecida por Rubi quando Jaweer a enfiara naquele mundo... Seu noivo... Ah! Há quanto tempo não o via? Tentou lembrar-se de quando chegara ao distrito de Vosk, fazia dois meses antes de começar aquele inferno todo. Lembrou-se de se despedir de seu noivo em casa.

Um vento gelado soprava do lado de fora do apartamento no sobrado ensolarado onde viviam. Eles tinham se mudado para aquele lugar fazia apenas alguns dias, e muitas de suas roupas e coisas ainda estavam encaixotadas, bem como as coisas de Brian, seu noivo.

Eles haviam namorado por alguns meses antes de chegarem à cidade. Na ocasião, moraram em um quarto de hotel, depois em um pequeno apartamento alugado quase na periferia de Ar. Na ocasião, ele conseguira emprego no gabinete de um conselheiro menor. Aquela nova cidade onde viviam, a Baía dos Ratos, aparentemente era governada por um conselho, formado pelos cidadãos mais influentes da cidade, e representada por um grande conselheiro. Como em todo sistema desse tipo, eles dividiam-se em setores, cada um com um conselheiro correspondente. O conselheiro chefe dele era responsável pela iluminação e manutenção das ruas, nada grande, mas digno e pagava-lhe um salário capaz de manter-lhes o modesto apartamento.

- Jackie! Amor! - gritava pelo corredor um Brian visivelmente afoito e feliz, abrindo a porta estreita do apartamento de número 35 A - Consegui! Consegui a promoção! - tão logo abrira a porta, a então única pessoa no imóvel, uma jovem de uns vinte e poucos anos, loira, de camiseta com um grande distintivo policial no peito e calça de moletom - ela estava aguardando também sua convocação para a polícia, pois saíra da academia logo antes deles chegarem à cidade - receberia-o com os braços enlaçando-o o pescoço e um carinhoso e saudoso beijo.

Crônicas de Rat's Bay - Jackie AeonOnde histórias criam vida. Descubra agora