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SAM
13:45 p.m.

- O que ?! - perguntei ao ver minha mãe em sua cama arrumando algumas malas. - E você vai me deixar aqui sozinha enquanto vai para o maravilhoso Japão ?! Isso não é Justo sabia ?

Minha mãe havia acabado de me contar que iria em uma viagem de dois meses urgente para o Japão por conta do seu trabalho. Teriam uma conferência lá e talvez até abrir uma nova rede da sua empresa.

- Meu anjo, eu já disse! Eu não tenho todo o dinheiro para levar você comigo. E você tem idade! Já sabe se virar sozinha não acha? - colocou mais algumas coisas em suas duas malas bem apressada por sinal, seu vôo seria hoje à noite.

- Mas mãe ! E se eu precisar comer? Eu não sei fazer arroz!

- Voce não sabe fazer nada na verdade amor.

- Ah obrigada. - revirei os olhos. Ela me olhou com aquele olhar de "para de fazer birra que te taco de um avião" que toda mãe tem e eu fiz um biquinho. Fui até ela e a abracei. - Vou sentir sua falta caramba...

- Ah meu bem, vamos nos falar sempre! Eu também vou ficar com muita saudade dos seus roncos no quarto ao lado...

- Mãe ! Eu não ronco...

- Eu sei meu anjo. Estava brincando. Agora vamos, que tenho muito que fazer no aeroporto. Um motorista da empresa deve chegar em uns ... - ela olha em seu relógio de pulso. - trinta minutos.

- Tudo bem... Se cuida tá bom? E vê se arranja um namoradinho ... - ela me olha e ri, revirando os olhos e jogando os cabelos loiros-escuros pintados para trás.

- Me ligue se precisar, eu volto correndo. -beijou minha testa e desceu com uma mala enquanto eu pegava a outra, que deveria estar cheia de tijolos pelo peso. Levamos para a sala e ela pegou suas duas bolsas de mão.

Passados alguns minutos nos sentamos na mesa da cozinha e comemos umas panquecas que ela havia feito, sim panquecas essa hora da tarde, nunca é uma hora ruim para comer panquecas.

Enquanto eu lavava nossa louça usada, a buzina soou do lado de fora e minha mãe levantou o olhar do seu celular para mim.

- São eles né ? - perguntei colocando a louça limpa no lugar.

- São sim... venha.

Ela levantou e pegou uma das malas e levou até à porta. Quando abriu um homem de terno e adentrou a casa e pegou as malas da minha mãe uma em cada mão e as colocou na mala do carro.

- Você vai ficar bem né mãe ? - a abracei e beijei seu rosto umas mil vezes.

- Você está parecendo a mãe e não eu! - sorriu e me beijou umas mil vezes também. - Vai ver, vai passar rápido e logo estou em casa. Eu te amo meu bebê crescido.

- Também te amo mãe ...

E assim com um último abraço ela adentrou o Lexus preto e acenando pra mim, foi até o aeroporto. Suspirei e tranquei a porta de casa andando até meu quarto novamente.

Sentiria saudade dela, dos seus gritos de manhã ao me acordar, do jeito que ela me entendia e era atenciosa comigo. E bom, já que alguma hora eu teria que morar sozinha, era bom eu tentar me acostumar com a ideia.

Pelo menos agora, eu poderia lavar a louça na hora que eu quisesse!

EU PODERIA FAZER TUDO QUE EU QUISESSE.

E ISSO AÍ MUNDO! AGORA EU ESTOU SOZINHA E VOU FAZER O QUE EU QUISER POR QUE SOU REBELDE!

Conclusão: coloquei no som enorme da sala meu celular conectado enquanto escutava Arctic Monkeys num sim extremamente alto mesmo, cantando junto.

Várias mensagens chegavam de ParkJ perguntando o por que da minha demora e que a pizza que eles pediram de queijo veio metade queijo e metade de calabresa, e que ele estava muito insatisfeito por que assim ele teria que comer apenas um pedaço da de queijo quando antes comia uns cinco.

Ah ParkJ eu te daria muitas pizzas de queijo.

Era oficial, o meu coração não bombeava apenas sangue, mas bombeava o desejo de estar perto de Jimin e de poder ver seu sorriso todo dia.

When the zeros line up on the 24 hour clock
When you know who's calling even though the number is blocked
When you walked around your house wearing my sky blue Lacoste
And your knee socks

↠ILYSM | park jimin ❦Onde histórias criam vida. Descubra agora