Sorrisos e lágrimas

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Suspirei, digitando uma resposta:


Eu: O que houve???

Porta Sehun: Suho está com problemas! Vem para Gangnam agora!

Porta Sehun: Vou te passar o endereço

Eu: Mas eu sei onde Suho mora

Porta Sehun: Não estamos na casa dele


Franzi o cenho enquanto recebia o endereço. Levantei-me, saindo rapidamente da cafeteria e acenando para um táxi. O que esses loucos aprontaram dessa vez? 

***

Em alguns minutos, chegara ao local indicado. Paguei o taxista e desci do carro, observando a grande mansão à minha frente: era de estilo vitoriano, pintada em um tom de marrom claro com detalhes em bege. Possuía colunas dóricas e uma grande porta de mogno polido. Avancei em direção ao portão preto, abrindo-o. Andei pelo belo e enorme jardim de entrada, perguntando-me o que Suho viera fazer aqui.

Suspirei, subindo as escadas e batendo algumas vezes na porta. Ninguém respondeu. Franzi o cenho e bati novamente, e outra vez tudo o que recebi foi silêncio. Avancei até a maçaneta, girando-a. A porta abriu-se, silenciosa. Hesitei um pouco, mas pensei em Sehun e Suho precisando de minha ajuda. Respirei fundo e entrei.

O interior era tão luxuoso e elegante quanto o lado de fora, porém algo estava errado: não havia vasos, quadros ou qualquer tipo de decoração. Continuei andando até chegar em uma enorme sala, onde todos os móveis estavam cobertos por um lençol branco. A única coisa que estava descoberta era um belíssimo piano preto de cauda. Tudo me dizia que aquela casa não era habitada por ninguém, o que me fez perguntar mais uma vez o que Suho viera fazer aqui.

- Sehun? - chamei, minha voz alta em meio ao silêncio perturbador - Suho?

Nada veio em resposta. Franzi o cenho, sentindo um calafrio em meu corpo. Não gostava da ideia de estar sozinha em uma casa onde não morava ninguém.

- Sehun, aparece! Você me fez vir até aqui!

Novamente o silêncio. Comecei a desconfiar que talvez Sehun tivesse me pregado uma peça. Bufei.

- Eu vou embora - falei e virei-me indo em direção à porta de entrada.

- Tessa. - ouvi uma voz me chamar antes que eu saísse da sala.

Fiquei paralisada, meu coração começando a acelerar. Eu sabia a quem pertencia aquela voz e não era nem a Sehun e nem a Suho.

Virei-me devagar. Chanyeol estava ao lado do piano, seus dedos passeando levemente pela superfície lisa e brilhante. Perdi o fôlego, sentindo um nó em minha garganta. Vê-lo tão perto depois de todos esses dias mantendo distância fazia com que minhas emoções oscilassem entre correr até ele e abraçá-lo e sair correndo dali.

Soltei o ar pela boca entreaberta e meu coração acelerou ainda mais quando ele olhou diretamente em meus olhos. Abri e fechei minhas mãos em um ato de nervosismo. Não sabia o que fazer naquele momento.

- O que está fazendo aqui...? - pronunciei quase em um sussurro.

- Esta casa é minha. Eu morava aqui quando era criança - Chanyeol disse calmamente, portando um pequeno sorriso divertido nos lábios.

Lembrei-me quando ele me contara sobre ter morado em Gangnam com a família antes da morte da mãe. Engoli em seco, tentando controlar minhas emoções.

Delirium [Chanyeol]Onde histórias criam vida. Descubra agora