10. Inesperado

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Como de costume ao acordar, Tae foi direto para o banheiro, se lavou e depois voltou para cama esperando seu café dá manhã. Ao chegar, Dorotea destrancou a porta e entrou pondo as panquecas com cauda e café com leite na cabeceira ao seu lado em cima de uma bandeja. Saiu sem dizer uma palavra.

Ao se sentar na cama e pegar a bandeja, pondo-a no colo. Tae notou um bilhete colocado delicadamente embaixo do prato que estava com panquecas aparentemente deliciosas em cima.

Quando terminar de almoçar, siga até o elevador e aperte o botão que o levará para o segundo andar.

Tae engoliu em seco, pensou na noite de ontem. Do toque frio e quente, totalmente opostos um do outro vindo da mesma pessoa. Terminou de comer e escovou os dentes. Chegou a hora de descer.

Testou a maçaneta da porta e notou que ela estava destrancada propositalmente. - Dorotea, pensou. - Chegando ao elevador, apertou o botão e as portas se fecharam, se abrindo novamente segundos depois.

O andar era um grande salão com um lustre enorme e dourado no centro do teto, as paredes também eram douradas, porém, diferente do andar onde estava seu quarto, elas possuíam detalhes em prateado.

Seus olhos depois de vagarem por todo o salão vazio, encontraram uma figura recostada em uma das paredes com a cabeça baixa e os cabelos negros caindo sobre o rosto. Agora não mais com os botões abertos e camisa amassada, e sim com um terno preto e por baixo uma camisa branca sem qualquer vestígio da noite anterior. Eram novas, Tae notou.

Ele levantou a cabeça e sorriu, Tae não tinha forças para fazer o mesmo. Tudo o que queria fazer era correr pelos corredores e se encolher no seu quarto para passar o dia todo chorando. Chorando por sua família. Jungkook levantou as mãos como se estivesse apresentando o salão para ele, seus olhos negros e frios captaram seus olhos azuis. Como a água refletindo o céu negro da noite.

- Este é o salão de festas da mansão! - Jung eleva a voz caminhado até ele. - Eu preciso te dar uma notícia. - O seu sorriso se desfaz, não era uma notícia boa, pensou. - Vou precisar me ausentar durante alguns dias, assuntos pessoais.

- Eu vou ficar aqui sozinho? Você confia em mim tanto assim? - Tae se encolhe, ironicamente ele poderia ter ficado de boca fechada e posto seu plano em prática, era sua chance de fugir. Mas óbvio, não seria fácil e agora que ele revelou suas intenções seria impossível.

- Obviamente que não, embora aja tantos seguranças na casa, assim como empregadas. - Jungkook faz uma pausa, pega seu celular e manda uma mensagem de texto. - Decidi que você deveria ter uma companhia. Não quero que sinta tanto minha falta. - Ele solta uma risada abafada.

Ótimo, Tae pensou. Como se ele fosse sentir falta dele. Um estrondo ecoa pelas paredes e um garoto de cabelos e negros e olhos castanhos adentra o salão. Os olhos de Tae caminham em direção a ele, observou seu jeito de andar, suas roupas completamente pretas, camisa do mangas longas, calças e sapatos, tudo preto. Sentiu como se já o conhecesse, calafrios passam pelo seu corpo.

- Taehyung, chegou a hora de vocês se conhecerem pessoalmente. Aliás, ele será sua companhia em minha ausência. - As feições do garoto ao lado de Jungkook eram sérias, algo estava errado.

- O que você quer dizer? Não conheço ele. - Tae sente suas mãos tremerem, ele junta elas ao corpo.

- Este é o garoto que eu tanto lhe falei. - Tae sente seu mundo cair, olha de Jungkook para o garoto ao seu lado repetidas vezes. O que está acontecendo?! Quis gritar.

- Prazer, meu nome é Park Jimin, acho que você tem algo que é meu.

Ouroboros | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora