¤ Capítulo 17 ¤

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Chego a casa da minha mãe porque foi o único lugar onde poderia estar minimamente em paz. Entro, e vou para o meu antigo quarto.. Já não entro aqui à séculos... Vejo o meu a antigo quarto pela primeira vez; as paredes estão revestidas por um papel de parede cor-de-rosa com linhas verticais brancas. Tenho uma estante cheia de CDs pois a música foi a que sempre me acompanhou durante um quarto da minha vida. Só me apetece chorar..
Eu tive a minha vida toda apaixonada por um homem que é casado. Parvalhão! Ele mete me nojo! Já não sei nada! Como é que ele foi capaz!? Deu-me expetativas e depois é casado e ainda por cima tem uma filha!?! Sinto-me perdida.. Que faço...? Meto-me no duche... Desde que recuperei a visão a música já não me acalma tanto como antes fazia. A água quente é a minha melhor amiga mas o meu momento zen não dura muito pois o namorado da minha mãe começa a bater à porta:
-Meg! Despacha-te tenho que ir trabalhar!
Mas quem é que este se acha!? Namora com a minha mãe à 4 meses e já tem este há vontade na nossa casa!? Desligo a torneira arrepio-me ao sair da casa de banho devido à diferença de temperaturas.
O George; meu padrasto tem um clube de noite. Ele gere aquilo portanto trabalha de noite o que é bom porque vejo-o muito poucas vezes.
Já estou mais calma; é o que eu digo o banho é o meu novo melhor amigo. Não sei exatamente a definição de melhor amigo porque nunca tive um amigo sequer..
-Meg!! Desce aqui sfv!- grita a minha mãe. Visto o robe e desco:
-Sim?
-Hoje temos uma visita; veste-te minimamente bem sfv.
-Quem é q vem?- mas ela não me responde. Subo as escadas e fecho a porta. Decido vestir algo não muito muito formal mas também não muito desleixado. Acabo por vestir uma camisola e umas leggins (foto na mídia). Seco o cabelo e ponho só ul pouquito de rímel pois as minhas pestanas são minúsculas. Ouço a porta a bater; ou seja o George já saiu. Aproveito e desco; sento-me no sofá e ponho os fones, tento descansar um pouco do dia esgontante e dramático pelo o qual passei.
Passado um boa meia hora; alguém me está a abanar para me tentar acordar, adormeci. Abro os olhos e deparo-me com o meu Pai. Mesmo que ele nos tenha abandonado, depois de todos aqueles dias no Hospital ao meu lado fez com que o perdoasse, e depois dos ultimos dias, zanga é o que tenho a mais. Sorrio e abraço-o, ele fica surpreendido mas rapidamente abraça de volta:
-Boa noite, és tu a nossa visita esta noite?
-Acho que sim- diz ele com um sorriso meigo e carinhoso.
Rapidamente a minha mãe entra (na sala de estar que faz conexão com a sala de jantar) com uma enorme travessa com um lombo de carne e batatinhas bem tostadinhas. O cheiro rapidamente invade as minha narinas fazendo-me lembrar que já não comia à mais de 5 horas. Levanto-me rapidamente e dirigo-me à mesa. Sento-me e tenho esta estranha sensação que se tudo tivesse dado certo entre os meus Pais isto seria normalíssimo, refeições juntos como uma família normal. Entreolhamos-nos e comecamos a rir, o nervosismo que paira entre nós é mais que evidentemente. A minha mãe dá-nos a indicação para podermos começar a comer e a minha mãe começa a fazer conversa. Algo a ver com um novo restaurante que tinha exprimententado a semana passada com o namorado, ao meu Pai ter ouvido a palavra namorado começou logoa tossir; deve se ter engasgado. A minha Mãe levanta-se preocupada mas o meu Pai rapidamente faz sinal para dizer que está tudo bem; bebe um grande gole de água e ri para si próprio:
-Então.. Namorado?
-Sim; o George. Ele é um ótimo homem.. Conheci-o à 4 meses quando estava a correr no parque.
-4 meses e já vive contigo?!?
-Sim; que eu saiba já não somos crianças e não tenho que pedir autorização ao meu ex... amigo para viver com o meu namorado!
-Então mãe!? Desde quando tratamos assim os nossos convidados!?
-Pensava que comseguia ter um jantar civilizado com o homem que me abandonou à 18 anos atrás mas pelos os vistos não consigo; perdi o apetite desculpa.- dizendo isto ela levanta-se e sobe as escadas.
-Desculpa, ela por vezes pode ser muito infantil.. Mas vamos continuar o nosso jantar não? A comida está tão boa..
-Claro.. É que sabes.. Eu nunca a esqueci, pensava que ela seria mais compreensiva.. Naquela altura eu era ainda uma criança e os meus pais cade vez ponham mais pressão em mim e... cedi.
-Pera.. O quê!? Tu ainda gostas dela??
-Sim.. Muito mesmo.. Mas está descansada, aposto que devo ser muito melhor do que esse tal de George heheh; e se já a fiz apaixonar por mim um vez porque não haveria de conseguir outra vez? Hahahaha.. Bem mas não era por isso que queria falar contigo.. Eu queria muito que me acompanhasses a este evento.. onde estaria os meus Pais evidentemente, alguns amigos e sócios. Faz 50 anos que o teu avô é dono de um Banco.. E em princípio será me passado o cargo e eu gostava muito que tivesses presente num dos dias mais importantes da minha carreira.. E a tua mãe não te preocupes, eu sei convencê-la a vir também.
-Uau.. aaaah... Eu não sei bem o que dizer.. Parabéns!! Se fosse quando seria mesmo?
-Daqui a três dias; sábado.
-Dás me até amanhã para pensar? Hoje já tive demasiadas coisas para decidir e pensar..
-Claro então ficarei à espera da resposta.
Acabamos o jantar e quando ele já se estava a dirigir para a porta eu tenho uma ideia..:
-Tu disseste que faria qualquer coisa para compensar todos os anos perdidos..
-Sim..
-E eu agora só queria
-Importaste de ver um filme comigo esta noite? Este deve ser um dos programas que as raparigas normais devem fazer c o seu pai... E agora por uma vez na vida gostariade ter uma vida de uma rapariga normal..
-Sério?? Claro! Amaria!
-Ótimo; então vai aí ao netflix; põe-te à vontade; escolhe o que quiseres. Vou fazer pipocas!!

When I Saw YouWhere stories live. Discover now