When I Saw You

¤ 1 Capítulo ¤

*acordo*
Eu nunca ansio em acordar, os meus dias são todos iguais.. Pretos. Sem côr nem vida. Às vezes ainda posso ter a sorte de me cruzar com um amigo ou algo do gênero mas no geral.. não me resta muito.
Tento me sentar na cama, e pouso os pés no chão; esta manhã o chão está frio o que me leva a pensar que houve um problema com o ar condicionado. Aqui no Canadá faz muito frio e uma casa sem ar condiciondo é uma casa suicida.
Levanto me e começo a usar aquilo que sei melhor; o tacto.
As paredes estão humidas e o ar frio, faço isto todas as manhãs... Por vezes imagino como seria se tivesse visão.. E depois entro em depressão e mandam me para o psicolgo, dizem que é giro porém eu não o posso confirmar.
A minha mãe passa em minha casa todos os dias, isso deixa me triste; queria que ela tivesse eu vida normal sem um filha que lhe é um peso na vida.
Só o barulho do café a fazer é que me desperta dos meus pensamentos.
Vou até ao armário e tiro a minha caneca, como sei que é a minha? Só tenho uma. Ouço a porta a rua a bater, a minha mãe deve ter chegado. Alguém me faz uma festa no braço. Sinto que é a minha mãe, só ela me faz sentir em paz e ainda com esperança.
-Então filha, como foi a noite? O vizinho voltou a fazer muito barulho?
Ao meu lado vive um rapaz insuportável, ele mete-se em drogas e bebe, é um irresponsável.. Ele não imagina a porcaria que é ter uma incapacidade. Ele ontem fez um festa cheia de barulho como faz todas as sextas.. mas claro que não lhe vou dizer isso para não se preocupar e começar outra vez com a mesma conversa de mudar de casa.. eu demorei séculos a ter a planta desta casa na cabeça ao ponto de não me perder nela.. não vou mudar outra vez por algo tão insignificante..
-Sim mãe, dormi bastante bem. Acho que agora que ele fez os 18 anos deve ter mudado as festas para um sitio mais interessante como as discotecas.
-Isso é ótimo filha! Olha amanhã tens uma consulta com o Doutor Fedrick.
Finalmente algo bom na vida.. Aquele doutor é super simpático comigo, nunca me pressiona a nada, é simplesmente impecável... e a sua voz!? Doce e serena ao mesmo tempo, deixa me sempre super relaxada e em casa.
Agarro na caneca de café e vou para o sofá, ligo o ipod e ponho os fones e basicamente é esta a minha vida.. A musica e o café são os meus dois melhores amigos.
Eu nasci com esta doença, nunca vi o nascer nem o pôr do sol, nunca vi a cara da minha mãe nem mesmo a minha; muito menos a cara do meu misterioso Pai, ele abandonou-me à nascença.
Os meus melhores amigos acho que são provavelmente a minha família e a Mel, Mel foi uma rapariga que conheci uma vez em que tive internada no hospital, ela teve cacro da mamã, ela na altura perdeu todo o cabelo.. Foi muito triste.. Percebia-se na voz que ela tentava esconder o facto que tava a chorar para não me preocupar, mas eu já com 14 anos sabia destinguir muitos tons de voz.

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Por favor comentem, é o meu primeiro livro e estou determinada a melhorar em tudo o que acharem que não está assim tão bem. Aceito criticas. Beijinhosss