Capítulo 7

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Nos já estávamos chegando, eu segurava a barra da minha blusa com força.

-O que foi ? -Ele perguntou.

-Eu estou morta.

-Ah não, vai falar que nunca chegou tarde em casa, nem uma vez sequer ?

-Não.

-Você não é desse mundo.

- Não me venha com essa, pelo menos eu não fui expulsa de todas as escolas que entrei.

-Touché.

- Você pode parar aqui.

-Aqui não tem casa nenhuma.

-Minha casa é mais para frente, mas eu não quero que meu pai me veja no carro de um garoto que nem conheço.

-Eu vou com voce.

-Esta preocupado comigo, é isso ? -Ele saiu do carro, logo depois de mim.

-Claro que não, se voce morrer, eu vou ser o primeiro suspeito.

-Ah não, minha casa ainda é bem mais para frente.

-Então porque a gente não parou mais perto ?

-Meu pai tem o costume de ficar sentado na laje, da pra ver a quase a cidade toda de lá.

-Que idiotice.

-Não sei o que é pior, eu voltar sozinha ou com um garoto.

-Sim, seu pai acharia muito estranho voce voltar com um garoto não é? Aposto que voce nunca levou um garoto para a sua casa?

-Só se for para ele cuidar dos meu irmãos.

-Não me admira que não.

-Agora abaixa. -Eu disse,me agachando.

-Isso é serio?

-Meu pai tem um espingarda em casa.

-Porque ele atiraria em mim ?

-A pergunta é porque ele não atiraria.- Ele se abaixou.

-Por quanto tempo temos que ficar aqui ?

-Isso!! Ele acabou de sair da laje. Vamos. -Eu comecei a correr, antes que meu pai abri-se a janela, eu corri ate o quintal com Bryan.

-Não acredito que estou fazendo isso.

-Droga, ele nós viu.

-Onde voce estava Juliana ? -Era voz do meu pai. Ele não parecia bravo, só preocupado. -O que esta fazendo aqui fora ? -Não acredito que ele achou que eu já tinha chegado.

-Vim pegar meu caderno com meu amigo. -Eu disse rapidamente.

-Eu nunca tinha visto ele.

-Ele é novo na escola. E como ele não tinha toda a materia, eu emprestei o meu caderno.

-Como você se chama?

-Bryan, senhor.

-Eu já estou entrando papai. - Eu disse para ele

-Não demore, amanhã você tem aula. -Eu esperei ele entrar.

-Essa foi por pouco

-Ele estava com uma cara de "vou te matar agora mesmo ".

-Não exagere. Obrigada por me trazer ate aqui. -Ele assentiu

-Ate amanha. Ah, espera. -Ele disse saindo do quintal, ele voltou com um caderno.

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