Será Que...

Capítulo 34

Clara Mae - Loved you once voltei para casa naquela noite, completamente destruída, eu cheguei em casa e meus pais ainda estavam sentados na sala.

-Como foi a festa? -Eu só corri para o meu quarto o mais rápido possível para que ninguém me visse chorando. Eu me joguei na cama e tentei esquecer de tudo.
Acordei no dia seguinte as 10AM da manhã, eu queria abrir os olhos e esquecer que ontem existiu, porém olhei meu celular é tinha um milhão de chamadas perdidas, a maioria do Bryan e outra parte do Matt, e o restante era de varios números desconhecidos. Eu desliguei o celular e me joguei na cama de novo, eu estava com os olhos inchados, não tinha mais lágrimas para chorar.
Foi tudo tão rápido, em um piscar de olhos eu tinha tudo e nada ao mesmo tempo. Minha mãe bateu na porta umas 10 vezes só hoje, eu disse que estava tudo bem em todas as vezes. Eu não queria fazer nada, muito menos falar com alguém, fiquei o dia todo no meu quarto, o tempo se juntou a minha a melotomia e ficou fechado o resto do dia, eu fiquei na janela vendo a chuva bater no vidro, o pior era que eu estava louca para ligar para o Bryan e dizer que eu o perdoava, porém no fundo eu sabia que não tinha perdoado, eu estava tentando não pensar sobre isso.
Eu não tinha comido nada o dia inteiro, e nem tinha vontade, vi Matt sair de sua casa e bater em minha porta umas 3 vezes, minha mãe me chamou em todas as vezes, e eu sempre dizia que era para manda-lo embora.

-Filha?

-Oi mãe.

-Posso entrar? -Ela perguntou, eu não respondi e ela abriu a porta. Ela me viu sentada na janela, ela se sentou na cama com biscoitos e um copo de leite. Eu me sentei ao seu lado e peguei o copo. -Você costumava dizer que leite com biscoitos curava tudo.

-Acho que eu estava errada. -Eu disse olhando para o fundo do copo, eu podia me ver ali, eu estava tão pálida quanto ele.

-Quer me contar o que aconteceu? -Eu neguei com a cabeça, segurando as lágrimas, não queria lembrar de tudo novamente.

-Eu lembro de quando você era pequena, você me contava tudo, desde como foi na escola até o que você tinha feito no banheiro. -Aquilo me tirou uma risada, eu e minha realmente éramos muito próximas.

-É... complicado.

-O amor e complicado mesmo, mas é bom.

-Nem sempre...

-Você brigou com seu namorado

-Ele não é meu namorado...não mais.

-Foi tão ruim assim?

-Pior, não sei se vou perdoar ele um dia, ou esquecer

-Esquecer realmente, você não vai. Agora perdoar é outra história, as vezes dói mais deixar ir do que perdoar.

-Como eu vou saber que eu estou pronta para perdoar?

-Você só...vai saber. Mas querida, eu sei que você o ama, dá pra ver, mas não faça dele o seu mundo, ele é só parte do seu mundo, seu mundo e você mesma. Não deixa isso te consumir. Tá bom

-Tudo bem. -Ela se levantou e foi embora. -Mãe?

-Sim, querida.

-Eu te amo.

-Eu te amo pra sempre querida.

Eu respirei fundo e cai na cama. Só queria acordar no corpo de outra pessoa.

***

Eu nunca tinha sido o tipo de pessoa que usa maquiagem, porém hoje eu senti que eu precisava, eu estava um caco, como esperado, porém eu queria sair do meu quarto, a escola era o último lugar que eu queira estar porém estávamos chegando no final do ano, com apesar duas semanas para o baile é para a formatura, e era isso que eu queira me focar. Tentei tampar as olheiras sem sucesso, acordei mais cedo, desta vez eu não teria carona, então peguei o ônibus, o meu erro foi não ter ao menos perguntando qual era o horário dos ônibus, ou seja, eu entrava 7 da manhã e 7:30 eu estava entrando no ônibus.
É claro que eu iria me atrasar, logo eu que era a primeira a entrar na sala, o corredor estava vazio eu guardei minhas coisas no armário e corri para a minha sala, naquele dia eu tinha física com metade das pessoas que estavam na festa domingo. Incluindo Bryan e Matt. Eu respirei fundo antes de entrar, eu bati na porta e entrei, não preciso dizer que metade da classe me olhou.