Capítulo 27

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Eu fiquei realmente surpresa com o beijo, mas o correspondi do mesmo jeito. 

-Você esta falando serio ? -Eu perguntei.

-Acho que sim.

-O que quer dizer com ''acho'' ?

-Isso é muito confuso, quer dizer...não era pra acontecer.

-Então...o que isso quer dizer ?

-Acho melhor irmos com calma, por enquanto, sei lá.  -Eu assenti, e comecei a vestir minhas roupas. -Você está chateada ?

-Não era bem isso que eu queria ouvir.

-Eu disse que sempre seria verdadeiro com você. -Ele veio atrás de mim.

-Acho que eu não queria ouvir a verdade. -Eu me virei para ele, já com a minha blusa. Ele passou a mão pelos cabelos e fechou os olhos bufando.

-Só...não sei. É obvio que sentimos alguma coisa um pelo outro...pode ser só atracão física ou...

-Ou...? -O pressionei.

-Ou uma coisa passageira. Não vale apena investir em coisas passageira. Vamos só continuar amigos.

-A gente nunca foi nada além disso mesmo. -Eu disse e entrei na primeira porta que achei, eu a fechei. 

-Juliana.

-Será que a gente pode ir embora ? - Eu ouvi ele suspirar do outro lado da porta.

-Eu tô no carro. -Eu acabei de me vestir, ele acabou de dizer que isso que a gente sente é passageiro e que não vale a pena insistir. Ok, ele não quer nada comigo. Eu estou me sentindo tão horrível, eu confundi tudo, será que eu estou tão carente assim, para me apaixonar pelo primeiro que me da atenção ?

Eu sai do quarto e fui até a saída. Ele estava sentando no banco perto da porta, eu só andei ate o carro. Lá de dentro eu vi ele levantar, trancar a porta e voltar para o carro. Ele não falou nada, achei melhor assim, ele estava com outra camisa. Eu me virei para a janela e fiquei olhando as casa do bairro.

-Você...ainda...vai lá em casa ? Sabe, pro almoço. -A voz dele estava tão suplicante, eu olhei para aqueles olhos, eu automaticamente sorri, por mais que não quisesse, eu o fiz.

-Tudo bem. -Eu vi ele sorrir, e virar para ir para a casa dele. Ele desceu do carro e abriu a porta para mim.

-Obrigada. -Ele parecia mais nervoso do que o normal. 

-Tudo bem ? -Eu segurei sua mão. Ele a apertou e assentiu. Antes de entramos já ouvimos rizadas vindas lá de dentro. 

-Ele já chegou. -Ele disse, e tocou a campainha. A mãe dele abriu a porta. 

-Você veio querido. -Ela disse. -Olá, Juliana, não é ?

-Isso mesmo.

-Que bom que você também veio, eu fiz muita comida, acho que vai até sobrar, quanto mais gente, melhor, não é ? Vem, entra. -Ela disse e entrou. Eu entrei e Bryan fechou a porta atrás de mim, eu fui até a cozinha, e logo vi o irmão do Bryan ali sentado, ele parecia muito com ele, mas ele aparentemente era mais alto, e mais velho. 

-Bryan, quanto tempo. -Ele disse se levantando. Mas logo seu olhar se focou no meu. -Opa, sua amiga é. -Ele estava bem perto, eu cheguei para trás e segurei a mão do Bryan. 

-Sou a namorada dele. -Todos pareciam estar surpresos. Eu não faço ideia de porque eu disse aquilo, eu olhei para o Bryan, ele estava mais surpreso do que todo mundo.

-Entendi, isso significa que meu irmãozinho tem bom gosto. -Ele estendeu a mão. -Meu nome é Christian. -Ele pegou minha mão e a beijou. Eu percebi que Bryan segurou minha outra mão com um pouco mais de força.

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