Capítulo 17

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As vezes eu tenho vontade de... -Eu não pude completar a frase, porque ele me beijou.

Primeiramente, foi muito suave, quase um selinho, mas ele me enpurou que eu fiquei deitada no capô com ele em cima de mim, o beijo ficou mais intenso, a língua dele explorava cada canto da minha boca, como alguém podia beijar tão bem ? Meu peito doia, eu estava sem ar quando ele parou, mas ele não se afastou.

-Entra no carro.

-Eu não posso, você esta em cima de mim. -Ele se levantou me levando junto. Mas quando eu levantei eu senti raiva. -Você é um idiota mesmo. -Eu disse e sai andando.

-Não vamos começar de novo.

-Agora eu entendi tudo, você não me beijou lá na frente de todo mundo porque tinha vergonha de mim, mas agora que estamos sozinhos não é... -Eu falava enquanto andava, ele me alcançou.

-Quer parar. -Ele entrou na minha frente e segurou meus ombros. -Eu não te beijei porque estava com vergonha, eu não te beijei porque se eu tivesse feito a Sabrina ia zoar da sua cara o ano todo falando que eu beijei por pena e porque fui forçado, esse foi o único motivo. E agora, eu só te beijei porque eu queria -Ele acabou de dizer que me beijou porque quis?

-Por que? -Disse quando ele me soltou.

-Por que o que, Juliana?

-Porque você quis me beijar?

-Não sei, porque me deu vontade. Aliás, eu já te disse, um beijo não significa nada. -Ele segurou minha mão e me levou de volta.

-Mas eu...

-Ahhhh, mas nada. -Ele disse e me colocou no ombro e me levou até o carro, ele me jogou lá dentro. -Você não sabe ficar quieta. -Disse ainda do lado de fora.

-Isso foi muito rude. -Eu disse quando ele entrou.

-Você quer uma carona ou não?

-Quero.

-Ótimo. -Ele ligou o carro e começou a dirigir. -Eu espero que você saiba que escolheu o caminho mais longo.

-Mas era o mais seguro.

-É claro, porque não tem perigo nenhum num acostamento de rodovia.

-Olha, era isso ou aquele bar de bêbados do outro lado.

-Se você passase por lá saberia que o bar fechou a uns anos. -Eu fechei os olhos e abaixei a cabeça.

-Me desculpa tá.

-Não peça desculpa pra mim, peça pra você mesma, você não faz idéia do risco que correu não é?

-Não precisa se preocupar comigo.

-Eu não tô me preocupando, só que eu te levei, se você aparecer morta eu vou ser o primeiro suspeito.

-Babaca. -Eu fechei os olhos e segurei minha cabeça que rodava.

-Quantos copos você bebeu?

-Uns dois.

-O que? Você não tem direito de passar mau bebendo só dois copos.

-Acho que sou fraca na bebida.

-Quer que eu pare?

-Não, não estou enjoada, só meio zonsa.

-Tem certeza que não vai vômitar no meu carro?

-Tenho.

-Que bom, porque era você que ia limpar.

-Já estamos chegando? -A rua já estava clara, eu via o sol nascendo.

-Já chegamos.

-Para no portão por favor? -Ele parou no meu portão, eu fiquei ali dentro esperando não sei o que.

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