Será Que...

Capítulo 15

Eu dediquei a tarde para me arrumar, para uma pessoa que nunca passou um lápis de olho ou usou uma paleta de sobra, eu estava com medo de ir igual uma palhaça. E o que falar do meu cabelo cacheado meio liso, que nunca parava no lugar. Minha mãe passou chapinha nele para mim, ele ficou tão liso e brilhante, e ficou ate maior. Quando olhei já eram sete horas.

Eu prefiri não arriscar e só passei o que eu sabia que iria dar certo, só um lápis de olho e um batom vermelho, eu vesti o vestido e o salto e me vi no espelho, eu estava tão diferente, nem me reconheci.

Eu desci lá para baixo e encontrei meus país sentados no lugar.

-Nossa...querida, você está linda. -Disse minha mãe.

-Então, porque não fazemos um sábado da família ? - Perguntou meu pai, minha mãe deu um tapa no seu braço.

-Deixa ela. -Nos ouvimos uma buzina do lado de fora.

-Já vou indo. -Eu disse.

-Você nao ia com Matt, não parece a buzina dele. -Disse meu pai.

-Ah... ele disse que tinha que chegar mais cedo e que me encontrava lá.

-Anda querida, vai logo antes que ele te prenda aqui.

Eu sai e vi Bryan encostado no capô. Ele estava com uma calça jeans clara rasgada no joelho e uma camisa verde-água. Eu fui ate ele com o coração na mão.

-Isso ficou melhor que uma toalha.

-Você nao vai morrer se me elogiar, sabia ? Aliás, vocês esta...muito bem.

-Parece que você está elogiando minha saúde, vamos lá, tenta de novo. -Eu bufei.

-Você está muito bonito.

-Hoje ou sempre?

-Ah, Bryan. Me poupe. -Eu disse e entrei no carro.

-Você tambem está linda hoje.

-Eu não disse que você estava lindo, eu disse muito bonito.

-Você nao sabe nem receber um elogio. -Eu corei e ele riu.

-Obrigada.

Ele dirigiu em silêncio.

-Você sabe onde é a casa da Sabrina? -Ele me perguntou.

-Claro, você não?

-Eu sei, porque você disse que iria ser a sua primeira festa, achei que não sabia onde era.

-Na verdade, eu já fui com Matt uma vez, achei que seria a primeira e última mais pelo jeito não...

-Olha quem veio de casal hoje... -Bryan apontou para fora e eu tive a estúpida idéia de olhar. Era Matt e Sabrina, se beijando.

-Não acredito.

-Eu te disse que um beijo não significa nada.

-Ainda mais que ele nem aconteceu. Eu quero ir embora.

-É claro que não. A gente já chegou, e você não vai deixar ele estragar sua noite.

-Tem razão, tem razão. Você vai entrar comigo?

-Eu até entro, mas chegando lá você se vira, não sou babá de ninguém.

-Ok, obrigada.

-Não precisa agradecer. -Ele disse e saiu do carro, eu fiquei lá dentro, pensado se eu saio eu ou se pego aquele carro e vou para casa. Ele acabou abrindo a porta para mim. -Não estou gostando de ficar abrindo a porta pra você toda hora, que eu saiba você tem duas mãos.