Será Que...

Capítulo 33

Eu tentei ao máximo esconder aquela marca roxa no meu braço, eu fui andando depressa.  Louis estava parado no final do corredor, ele me deu um sorriso mas quando me viu sua expressão mudou.

-Aconteceu alguma coisa ? 

-Tá...tudo bem. -Disse forçando um sorriso. -Tenho que voltar para a aula. -Mas quando fui passar por ele, meu celular cai no chão, nós dois nos abaixamos para pegar, mas ele pega primeiro e me entrega, quando vou agradecer vejo que ele está encarando meu pulso. -Até mais tarde

-Quem fez isso ? - A voz dele era firme e alta. 

-Isso o que ? - Eu perguntei ainda de costas para ele, mas continuei andando, ele estava atrás me mim.

-Foi Bryan quem fez isso com você ? 

-Não!! - Eu me virei e falei alto. -Ele não faria isso. -Ele me olhou, como se tivesse tentando ver se eu estava falando a verdade.

-Então quem foi ? - Ele perguntou serio.

-Não é da sua conta. -Eu me virei e comecei a andar mais rápido. Mas desta vez ele não me seguiu. Eu voltei para sala e fiquei os dois horários em silencio. Quando tocou o sinal, eu arrumei meus materiais, eu estava tão dispersa que nem percebi que Bryan estava me esperando na porta. 

-Pronta ? - Ele perguntou, e eu assenti e segui ele ate o estacionamento. Lá vi Louis parado na frente do carro dele, ele me encarou, sem desviar um só segundo, Bryan percebeu e começou a olhar para ele. -Porque ele está te olhando desse jeito ?

-Não faço ideia. -Eu disse  e entrei no carro. Fomos todo o trajeto em silencio, quando estávamos quase chegando ele o quebrou .

-Você está estranha. -Eu estremeci com a afirmação. 

-Eu sou estranha. 

-Mais do que o normal. -Ele riu mas quando viu que eu não achei graça, ficou serio.

-Aconteceu alguma coisa com o Matt ? -Ele perguntou.

-Não...porque a pergunta ?

-Não sei, você foi ver ele e quando voltou estava diferente.

-Diferente como ?

-Assim, desse jeito, quieta demais e toda na defensiva.

-Eu não estou na defensiva. 

-Porque não me conta o que aconteceu ?

-Não aconteceu nada, tá bem. -Eu disse, mais alto do que pretendia. 

-Então definitivamente aconteceu alguma coisa. -Nós já tínhamos chegado na minha casa.

-A gente se fala depois. -Mas quando fui sair do carro, vi que a porta estava trancada. -Você poderia, por gentileza, abrir a porta.

-Claro, depois que você me contar o que aconteceu. 

-Mas que droga, Bryan, abre essa porta. -Eu já estava batendo nele, eu só queria entrar para dentro de casa e chorar, mas eu estava quase fazendo isso ali mesmo, ele segurou meus pulsos e eu gritei de dor, ele me soltou imediatamente. 

-Eu não segurei com tanta força assim. -Nessa hora ele já tinha visto meu pulso roxo. -Quem fez isso com você ?

-Ninguém. 

-Foi o Louis ? Por isso que ele estava te olhando daquele jeito ? -Antes mesmo de eu ter a chance de negar, ele socou o volante com toda força, eu levei um suto e comecei a chorar. 

-Não, não foi ele. -Ele me viu chorando, chegou mais perto e me abraçou.

-Então quem fez isso com você, meu amor ? -Ele afagava meu cabelo, eu chorei ainda mais, ele esperou eu me acalmar, mas também não perguntou mais nada.