Capítulo 11

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-Não acredito.

-Porque não? -Ele perguntou, rindo.

-A menos de uma hora atrás ele disse que voce não parecia uma boa companhia.

-Com certeza falou da boca pra fora.

-Sei.

-Isso porque ele não me conhecia, depois que me conhece é sempre assim.

-Como seu ego cabe todo no seu corpo?

-Se fosse você guardava suas piadinhas pra depois.

-Já estamos chegando?

-Sim, só que acho que o lugar não tem muito a sua cara.

-O que quer dizer?

-Você vai ver. -Ele parou na frente de um beco.

-Não me diz que é aqui.

-Esta com medo?

-Claro que não...acho. -Ele abriu a porta e saiu, eu fiquei lá dentro.

-Espero que você não esteja esperando eu abrir pra você. -Eu provavelmente estava muito assustada para ele mesmo abrir a porta para mim. -Céus, porque você tá com essa cara?

-Não gosto de becos escuros.

-Calma, eu estou aqui. -Não sei porque isso me deixou mais calma. Eu andei na frente e ele logo atrás. Tinham vários caras grandalhoes encostado no muro, eles me olhava indimidadoramente, eu olhava para baixo.

-Não desvie o olhar. -Bryan disse no meu ouvido.

-Não posso.

-Pode sim, tenta. -Eu realmente tentei, o cara mais a frente me encarou com cara de durão, mas eu não desviei o olhar, ele sorriu como um garoto de cinco anos, com barba e careca. -Foi muito difícil?

-Cala a boca. -Ele parou e ficou de frente para uma porta, eu estava atrás dele. Ele bateu na porta.

-Quem é? -Disse alguém atrás da porta.

-Sua mãe.

-Bryan, sumiu hein ? -Disse o cara abrindo a porta, pessoalmente ele era bem menor e magrelo, mas tinha uma voz bem grossa, ainda bem que a porta ficava fechada.

-Que nada, tô sem tempo.

-Ficou fortinho é esqueceu da gente.

-Deixa de ser sensível. -Eu sai um pouco de detrás dele.

-Essa é aquela garota? -Perguntou ele me olhando até onde dava, até porque eu ainda estava atrás do Bryan. -A novata?

-Essa mesma.

-Porra, George acabou de sair.

-A gente espera. -Ele me colocou na frente dele e segurou meus ombros.

-Juliana eu chamo...-Disse gaguejando.

-Oii, Garry.

-Oii... -Eu disse sem graça.

-Ela não é nada tímida assim, não comigo. -Disse Bryan.

-Você não merece. -Eu disse.

-Não merece mesmo, homem ingrato. -Disse Garry

-Vai cuidar da sua porta.

-Então sai da frente dela. -Bryan me levou para dentro, aquilo parecia um ringue, era um ringue. Tinha muito jovens lá dentro, e muitas mulheres lá, elas tinham corpos incríveis, extremamente malhados, elas me olhava feio.

-Você tem razão.

-Sobre o que? -Ele estava do meu lado.

-Sobre não me encaixar aqui.

-Eu não disse isso.

-Não com essas palavras.

-Porque você não vai dar uma volta, eu tenho que fazer umas coisas.

-Ah, tudo bem.

-Tenta não se meter em encrenca.

-Esta falando com a pessoa errada. -Ele saiu de perto de mim. Eu andei até o ringue, tinha três, um maior que o outro e...

-Tá dormindo com ele? -Procurei a voz e estava atrás de mim, era uma loira alta, olhos num tom intenso de verde.

-Desculpa, não ouvi.

-A piranha é surda então.

-O que foi ? -Eu não estava nem um pouco afim de arranjar briga com ela, mas ela estava me provocando.

-Não vai levar nem um dia pra ele arranjar outra.

-Porque? Foi o que ele fez com você? -Ela me olhou com uma cara de quem podia me derrubar com um soco

-Estão dormindo então?

-Isso não é da sua conta. -Eu não afirmei, mas também não neguei.

-Sua...

-Pega leve Jess. -Disse alguém, seja quem for estava no ringue, eu me virei e era Justin, ele estava incrivelmente lindo num short preto e uma camiseta branca.

-Tá dormindo com ela tambem é? Quer saber? Que se foda. -Ela disse irritada e foi embora.

-Sinto que já te vi em algum lugar. -Ele disse depois que ela foi.

-Sei que se lembra de mim. -Disse confiante. Ele sorriu para mim, nunca pensei que podese dereter com um sorriso, ele pulou lá de cima, como eu não cheguei pra trás a gente ficou muito perto.

-Meu nome é Justin.

-Ouvi falar. Juliana.

-Porque nunca te vi por aqui?

-É a primeira vez que venho.

-Veio treinar?

-É...mas acho que o treinador saiu.

-Sabia que...eu sou o substituto?

-Mesmo?

-Sim, que tal subirmos lá em cima? Posso te ensinar algumas coisas. -Ele imediatamente subiu e estendeu a mão para mim, eu subi.

-Isso não é justo, eu não sei nada.

-Estou aqui pra te ensinar. Agora, me ataque.

-Eu...hã...como faço isso?

-Só vem até mim rápido. -Eu corri até ele e ele segurou meus dois braços os cruzando sobre meu peito, ele estava grudado nas minha costas.

-Isso não é justo. -Eu disse rindo.

-Não, não é. -Ele disse no meu ouvido. A gente estava alí se agarrando no ringue, quando eu vejo Bryan nos olhando, Justin viu tambem pois me soltou na mesma hora.

-Bancando um de treinador de novo? -Justin sorriu para ele e desceu do ringue. Bryan ficou o observando, depois olhou para mim. -Vem cá. -Ele disse e voltou a andar. Eu desci desajeitadamente e fui até ele, ele estava perto dos armários.

-Você esta afim dele mesmo não é?

-Eu...

-Pelo jeito, ele já notou você.

-Pois é. Eu não queria ter sido tão fácil.

-Você disse pra Jess que a gente tava dormindo?

-Não.

-Pois é isso que esta espalhando por aí.

-Bem...ela me perguntou isso mesmo, e eu meio que não neguei, nem confirme nada.

-Isso explica por que ele deu em cima de você.

-Ah... -Eu olhei para baixo.

-Te falei que não para criar esperanças com ele.

-Mas se ele acha que a gente...e mesmo assim deu em cima de mim...

-Tem falei que não era meu amigo. Você vai continuar com isso? Porque se eu negar o que a Jess falou ele não vai mais falar com você.

-Não sei, nem sei o que aconteceu direito.

-Vamos, George já chegou.

-Tá. -Olhei para trás e Justin ainda sorria para mim.

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