Capítulo 8

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-Se o objetivo de vocês for não me magoar, sinto dizer que vocês falharam. - Disse Juliana, a mãe dele, mas ela não parecia estar chateada.

-Será que posso ir com vocês? -Perguntou Spencer.

-Que tal todos nós saímos para comer algo? - Perguntou Julius, o pai dele.

-Eu acho uma ótima idéia. - Disse Bryan.

-Ótimo, todos no carro.

-Eu vou no meu, Juliana tambem.

-Entendo, o casalzinho quer ficar sozinho. - Disse a irmã dele.

-Quantos anos você tem mesmo?  -Spencer deu lingua para ele. Todos saíram da casa, e entraram no carro.

-Pode deixa seu carro ai, ninguém vai roubar isso.

-Porque você se recusa a chama-lá pelo nome ? -Perguntei enquanto entrava no carro.

-Por que eu acho desnecessário dar um nome ao carro, ainda mais nome de gente.

-Não é como se carro tivesse um nome próprio. Tipo Bob ou Marley, isso é nome de cachorro.

-Quanto mais converso com você, mais te acho estranha.

-Isso foi um elogio?

-Se você acha que te chamar de estranha é um elogio...

-Não acho que eu seja estranha...

-Eu diria que você é...diferente.

-Isso sim, é um elogio

-Não é pra muitas pessoas.

-Não acho que ser diferente seja uma coisa ruim...mas as pessoas pegam muito no meu pé por isso.

-Nós ainda estamos em curso no seu treinamento.

-Não acho que isso seja preciso, eu não me importo, de qualquer jeito.

-Você não se importa de voltar com um olho roxo pra casa então...

-Não acho que isso tenha solução.

-Não sei como você deixa elas fazerem esse tipo de coisa.

-Não é que eu deixo...é que...o que eu poderia fazer ?!

-Depois que a gente comer, eu vou te ensinar algumas coisas que você deveria aprender. - Ele parou o carro na frente de um lugar que parecia mais um chapéu mexicano.

-Comida mexicana? -Eu perguntei assim que chegamos.

-A favorita da mamãe. Vem, vamos. - Eu sai do carro, tinha vários cantores na porta, alguns cantavam outros só mexiam a boca.

-Esse é meu restaurante favorito. - A mãe dele disse para mim. -Aqui tem o melhor taco da cidade, acredite, eu já provei todos.

-Eu realmente não duvidaria. -Disse o marido dela.

-Vamos entrar.

Nós nos sentamos em uma mesa, eu e a irmã dele estavamos lado a lado, na nossa frente estava Bryan junto com sua mãe e seu pai. Ele estava na minha frente, onde eu pude o observar melhor, a luz do dia, seus olhos ficavam com vários tons de castanho, e seu cabelo ficava mais escuro. Deus, ele era muito bonito, não podia nem negar, ninguém negava, sua pele, meio morena graças ao sol de início de verão, essa cor o caía muito bem. Ele me pegou o observando, eu corei, não imaginei que estivesse o olhando a tanto tempo. Ele só me olhou de volta, mas logo depois prestou atenção em alguma coisa lá fora.

-Como se conheceram?

-O que? -Perguntei, era Spencer. - O que disse ?

-Perguntei como se conheceram. Você e meu irmão.

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