Brigadeiro de Panela e o Amor - Parte 02

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Dois anos depois...

Por Francisco...

O conto de fadas do meu moleque deve ter se realizado. Desde que veio morar aqui há anos, sorri o tempo todo. Sempre doce e carinhoso, melhor que qualquer sonho com recheio de creme belga, de doce de leite ou sonho de valsa, pois meu garoto é um baita doceiro e para me ajudar na renda faz doce e salgados para festa.

- Ainda não entendo como consegue ser tão magrinho.

Ele está de frente para o fogão mexendo meu doce preferido, sem igual, brigadeiro de panela. Cheiro de chocolate pela casa toda, que fome, que gula! O doce é delicioso, mas a bundinha do meu moreninho é muito mais gostosa.

- Onde estão as forminhas?

- Ai... Encostei o dedo na panela quente. Me distraí quando você falou comigo.

- Desculpa, você é demais assustado já te disse. Quer ajuda?

- Não Chico, tudo bem, estou quase acabando. Fiz tudo bem rapidinho para te dar atenção quando você chegasse. Toma um banho gostoso que já coloco sua janta, fiz até panqueca, salada de agrião, cenoura... Não sei se combina, mas são todas as coisas que você disse que mais gosta, hoje é seu dia de sorte.

- Sou sortudo todos os dias. – Dou-lhe um beijinho na boca carnuda que depois do brigadeiro é meu doce favorito.

Hoje é sexta, o dia que todos adoramos e eu estarei de folga sábado e domingo. Tenho planos de cuidar bem do meu menino, pegar ele distraído e roubar um de seus doces, levando dele um tapa na mão. Demoro no banho, minha excitação desponta, endurece, escurece, veias dilatam e a sensibilidade aumenta. Que tesão!

A causa é a lembrança da bundinha morena, o reguinho depilado na cera, nem sei como ele aguenta depilar, o saco, a região pubiana e pernas, coisa que dizem que são coisas de menina, Carlinho faz e nem liga para quem pensa mal, faz por ele e para mim.

Quando na mesa eu chego só de bermuda, percebo os olhinhos castanhos e puxados fitarem-me na altura da virilha, claro minha ereção está indiscreta e ele sorri safado.

- Chico já está tarado, aiaiai.

- Porque será? Mas primeiro quero comer a janta e mais tarde a gente namora. Estou tão louco, que se você dar só uma provocada eu gozo.

- Amor...

- Hum... – Paro de cortar a panqueca quando ele diz a palavra pela primeira vez, embora tenha demonstrado ser meu companheiro.

- Ai Chico... Vou buscar o sal.

Ele sai da mesa todo errado, logo esse moleque que não é lá muito acanhado.

O jantar como é de se esperar está perfeito, panqueca e salada. Estranho não ter sobremesa hoje. Estranho mesmo, ele sempre faz. Quando ele volta eu pergunto sério:

- O sal fica no quarto? O que fez de doce?

- Hoje eu estou cansadinho, quero até uma massagem, você faz?

Ele me acostumou mal, fico maluco por um de seus doces e hoje não vai ter. Darei uma massagem em troca de um de seus brigadeiros que olhando no fogão, esfria na panela.

Carlinho toma banho e na minha frente anda pelado, é muita informação, penso eu. Sua cor marronzinha já é um pecado, seu pau molinho, bem como o saco me dão fome, então ele vira-se de costas para mim e sai caminhando rebolante, vai até a cama, se deita de bruços e num dengo pede:

- Chico me faz um agradinho.

Ele não precisa pedir, nem sei como que tão rápido já tenho um frasco de óleo perfumado nas mãos. Será um prazer amassar seus montes gêmeos e redondos. Passear minhas mãos na sua forma miúda e curvilínea e depois mais tarde fazer amor gostoso com ele.

Bombonzinho e o PolicialOnde histórias criam vida. Descubra agora