Ei @mriocaires, veja se o capítulo ficou bem gostoso que nem a torta.
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Depois de cumprir a jornada diária, passo na escola e pego a minha mocinha que se adaptou muito bem a nova realidade. Segurando a mãozinha dela que vem saltitando, falando e perguntando várias coisas ao mesmo tempo, eu dou uma risada ao acomodá-la no banco de trás com o cinto.
— Pai? — Quando ela fala essa palavra eu ainda choro. Diferente do Carlinho, eu seguro-me na frente dela. — Tá chorando?
— Não, amor, tô meio gripado. — Minto e volto atrás. — Tava chorando só um pouquinho, mas é de felicidade.
— Ahaha... — Luiza ri e brinca comigo. — O papai Carlinho tava chorando de novo e falou isso... Vocês são dois "chorão".
— Somos sim. — Dou uma fungada e rio também.
Quando chegamos em casa, Luiza corre abraçar o Carlinho.
— Ai, Luiza. Quer ver minha torta antes de eu entregar?
— Mas eu não posso comer né? Só no fim de semana né, pai?
— Isso, todo dia não dá pra comer doce.
Carlinho explica com paciência, quando eu já teria "arregado" e deixado ela comer tudo que tivesse vontade.
— Nossa... Aiiii, paiê, no meu aniversário quero um bolo assim. E roupa de princesa. Com tiara de princesa... — Luiza é muito conversadeira, mais que o Carlinho e chega a se atrapalhar de tanto falar. — Aí a professora disse que o meu cabelo ficou bem lindo com esses "coisinhos" coloridos. Depois... Pai, posso ver o desenho do Poney... pai, tem só uma cereja dessa pra mim?
— Sim, o papai te dá uma cerejinha sim, mas depois tem que tomar o banho, comer comida...
— Pai, eu posso jogar no celular?
Deixo o Carlinho administrando a Luiza, tomo meu banho e me preparo para levar a torta que nos foi encomendada. Uma torta com muito chocolate e decorada com chantilly e cerejas, que Carlinho recém tirou da geladeira.
— Diminuiu um pouco as encomendas né, amor? — Pergunto a ele.
— Ah sim, eu também notei isso e fico preocupado, Chico. Agora temos uma filha e nem estou trabalhando tanto assim pra te ajudar.
— Aiaiai, moleque. — Quando falo assim, sentado numa cadeira da cozinha ele senta no meu colo. — Tem época que tem encomenda demais, tem época que diminui e você pode descansar um pouco. É até melhor que você não se encha de serviço agora, essa fase é muito importante para nós dois, mas para a Lu, mais ainda. Ela precisa dessa presença de um de nós e não adianta você querer arrumar um emprego e termos que pagar alguém pra cuidar dela.
— Mas eu gosto de trabalhar em casa. — Ai, senhor, meu Carlinho fazendo dengo, safadinho.
— E eu gosto de você em casa.
Ele me sorri e levanta do meu colo, indo dar atenção a Luiza, enquanto vou entregar o bolo que ficou marcado para as 19:30. Entrego, cobro e uma mulher que trabalha naquele lugar, onde o Carlinho se depila, me chama de lado.
— Olha, no começo fiquei contente pelo Carlinho com essa criança, mas agora me preocupo. Ele tem aqueles traumas de infância e aquela menina, sabe-se lá de quem era filha. Eu não tenho nada a ver com isso, mas ele não merece sofrer, sabe.
— Eu até te agradeço, mas não se preocupa, ele está muito feliz e depois, os pais somos nós agora.
— Sim, mas o Carlinho tem muito problema...
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Bombonzinho e o Policial
RomanceFinalizado! Aviso: Esse romance contém altas doses de doçura. Carlinho um doce rapaz e Francisco o PM, vivem um Conto de Fadas na simples vida cotidiana. A história do Bombonzinho e o Policial contém informações (SPOILERS) sobre Ativo e Passivo, no...