33 - Clave de Sol

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Ike abriu a porta.
- Vocês vieram juntos? - perguntou surpreso.
- Encontrei a Lola perdida no corredor... - Walker brincou.
*é msm o pai do Zac...* revirei os olhos, mas o sorriso estava pqno no canto dos meus lábios.
- Eu não tinha certeza se esse era o seu quarto ou o do Taylor. - respondi.
- Ah sim. - Isaac dando de ombros e abrindo espaço para entrarmos.
Zac estava batucando com uma caneta na mesa e Taylor estava jogado na cama. O quarto dele é exatamente como o do Zac, porém tinha o cheiro do Taylor.
Ike sentou na beirada da cama e empurrou as pernas do Taylor. Eu fiquei em pé ao lado do Walker, até que Walker disse:
- Taylor, não foi essa a educação que eu te dei!
- Desculpa, pai... - disse ele se ajeitando na cama e dando espaço para eu me sentar ao lado dele. Walker sentou à mesinha que tem no quarto.
- E então, já decidiram o que vão comer? - Walker quis saber.
Respostas negativas.
- O que acham de algo leve? Comemos muito esses dias e não é bom voar de estômago cheio... - continuou ele.
Meu estômago revirou... é hoje à tarde, daqui há algumas horas... é um até logo com gosto de adeus.
- Pizza? - perguntou Zac.
- Que parte de comidas leves você não ouviu, Zac? - Taylor rindo.
- Foi só brincadeira... -  Zac respondeu.
- Sei... - Ike.
E eles me olharam de novo.
- Oh não! Eu de novo não! - respondi.
- Mas por vc, td bem a comida ser leve? - Walker perguntou.
- Eu não me importo... - respondi.
- Então vou ligar para o serviço de quarto e pedir frango grelhado e salada para todos, tudo bem? - ele disse olhando pra gente.
Alguns resmungos afirmativos foram ouvidos e ele pegou o telefone para fazer os pedidos.
Quando o pedido chegou, quase ri. Ok,  é realmente salada e frango, mas parece que tem o peito de frango inteiro pra cada um e a salada é mais que completa: alface, tomate cereja, cubos de presunto e queijo, palmito e ovinhos de codorna (um pote pra cada).
Nos servimos e todos comemos de vagar. A sensação que eu tenho é que estamos todos igualmente sentidos por estar acabando. Me senti emotiva.
Conversamos durante a refeição e quando terminamos, eu quase chorei. Esperei que Ike terminasse de comer (ele foi o último) e me levantei para me despedir. Eu preciso voltar para o quarto, escovar os dentes, retocar a maquiagem e esperar o pessoal da MTv para gravar minha saída do quarto. Eu vou na van dos meninos até o aeroporto e direi "adeus.".
- Bom... - disse suspirando - é melhor eu voltar para o meu quarto...
Os 4 se levantaram.
- Eu só queria que vcs soubessem que eu amei tudo isso. Amei mesmo! Além de músicos maravilhosos, vcs são pessoas maravilhosas - e minha voz começou embargar - Eu... eu vou sentir muita saudade! - meus olhos já embaçavam com as lágrimas que eu tentava evitar.
E teve um abraço coletivo, começado pelo Zac. Aí sim eu não consegui parar de chorar e qnd o abraço terminou, percebi que eles tb tinham os olhos cheios de lágrimas.
- Nós sentimos o mesmo, tampinha! - Ike batendo a mão carinhosamente na minha cabeça (isso tinha se tornado um hábito).
- Não fica assim... nós vamos nos ver de novo, ok? - Zac prometeu, me dando um soquinho no braço.
- Você é uma mocinha forte. Sei que vai conseguir esperar... - Walker sem jeito, tentando me consolar.
Taylor ficou por último. Então ele me abraçou forte e depois segurou meu rosto, para que eu olhasse direto nos olhos dele. É tão difícil encarar aqueles olhos e dizer adeus!
- Olhe bem pra mim. Eu não vou te deixar, entendeu? É só uma questão de tempo...
- Entendi... - respondi com as lágrimas ainda correndo.
E ele me beijou de forma doce e sentida. Meu coração ia rasgar no meio.
- Vocês querem um momento sozinhos? - Walker perguntou. - Pq na frente das câmeras vcs não vão poder conversar... apenas serem profissionais.
Concordamos com um aceno de cabeça e os 3 se levantaram, me abraçaram de novo e disseram "Até logo".
- Tenho uma coisa para você. - Taylor disse finalmente, depois de encararmos a porta por tempo demais.
- Ah não... eu não comprei nada para você! - respondi.
- Não precisa. Você vai me enviar as fotos quando elas estiverem reveladas, ok? Esse vai ser meu presente. - disse ele mexendo na gaveta da mesinha.
- Ok...
- É simples, mas espero que vc goste. - disse, me entregando um pacotinho.
Quando eu abri, eram 2 correntinhas com notas musicais que se completavam.

Quando eu abri, eram 2 correntinhas com notas musicais que se completavam

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- Taylor, é lindo! - respondi emocionada.
- Escolha sua metade. Uma vai ficar com você e a outra comigo. Você vai render muitas músicas ainda, tenho certeza! - ele disse, fazendo menção de rir.
Escolhi o "Clave se sol", que é mais discreto. Ele pode ficar com o maior sem problemas, pq além dele mesmo ser maior, ele ainda usa aquelas inúmeras correntinhas desde sempre, então, para qualquer um que olhasse, seria só mais uma.
Ele colocou minha metade em uma correntinha de prata e colocou no meu pescoço e a metade dele, ele prendeu em uma dessas correntinhas de couro e se abaixou para que eu colocasse a metade dele em seu pescoço.
- Pra sempre - ele disse.
- E mais um dia - respondi.
Foi quase como uma troca de alianças. Nosso compromisso está selado e sempre que eu ver qualquer matéria ou entrevista e o colar estiver lá, eu saberei que ele não me esqueceu, que ainda somos metade um do outro.
Ele me beijou novamente. Um beijo doce, misturado ao salgado das lágrimas. É nosso beijo de despedida.
- Eu escrevi uma carta para cada um de vocês, mas vou entregar no aeroporto. - comentei.
- Ah, pq não agora?! - Ele fez biquinho.
- Pq não quero me despedir de mãos vazias em rede nacional.... - respondi dando de ombros.
- Hmmm... espertinha!
- É, eu sei... - dei de ombros novamente.
- Eu vou mesmo sentir sua falta. - Ele disse me abraçando.
- Eu tb... - respondi apertando ele um pouco mais. - Mas agora eu preciso ir... caso contrário não vou estar no quarto qnd o pessoal chegar.
- Eu te levo até lá. - ele disse.
- Não precisa... e tb, vai que já tem gente andando pelos corredores... vai ser estranho só vc me acompanhar e os meninos não. - respondi.
- Saco! Verdade! Maldita fama... eu gosto dela, mas tem horas que eu queria ser um "joão ninguém" só para ser livre...
- Pessoas comuns tb não podem fazer o que der na telha, sabia? - respondi, finalmente rindo.
- Ah, vc entendeu... - ele, sentido.
- Sim, meu amor... eu só estava tentando quebrar esse clima chato... a gente vai se ver de novo e lembre-se: pra sempre. - disse levantando o pingente.
- Pra sempre e mais um dia - respondeu ele levantando a outra metade do pingente.
Outro beijo com gosto de adeus e eu deixei ele na porta do quarto me olhando. Os dois com os corações apertados e os olhos marejados.

Weird - E foi assim (COMPLETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora