Capítulo dezenove

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O beijei com tanto desejo que eu mal sabia da onde vinha. Na verdade, era uma mistura de raiva e desejo.

—Espera, o que é isso? —ele tentou perguntar enquanto eu o beijava ferozmente.

Não respondi, apenas o empurrei até o colchão no canto do quarto, deitei-o e continuei o beijando. Ele mesmo confuso não hesita em retribuir o beijo. Eu decido ser atrevida o suficiente para tentar tirar seu uniforme, mas nessa hora ele para de me beijar e rapidamente segura minhas duas mãos.

—Isabel, calma! —ele exclamou olhando-me com firmeza. —Você está louca?

Ele sentou no colchão e me olhou confuso.

—O que foi? —perguntei. —Eu só...

—Está cometendo um erro. —ele me interrompeu. —Aconteceu alguma coisa?

Senti-me envergonhada. Droga, onde eu estava com a cabeça?

—Não, desculpa! —exclamei irritada, não com ele, mas comigo mesma.

—Não precisa pedir desculpa. —ele falou pacientemente. —Eu adoraria continuar. Céus, como eu adoraria. Mas, eu sei o quanto isso é errado. Eu estou te protegendo, você não pode chegar aqui e tentar avançar desse jeito comigo.

Suspirei e abaixei a cabeça completamente envergonhada.

—Eu perdi o controle. —falei baixo.

Ele colocou seus dedos em meu queixo, fazendo-me olhar para ele.

—Está tudo bem. —sussurrou. —Vem cá. —chamou, me envolvendo em seus braços.

Relaxei em seus braços e retomei a normalidade. Sebastian me impediu de fazer uma grande besteira. Eu não posso deixar me afetar por Stephen, não mais. Não estamos juntos e ao que me parece, ele vai ficar com Sophie. Eu preciso aceitar. Tudo o que está acontecendo foi porque eu deixei. E eu encontrei alguém melhor, eu sei disso.

—Como está seu pai? —ele perguntou.

Eu estava deitada em seu peitoral e ele mantinha seus braços em volta de mim. Era exatamente disso que eu precisava. Do seu toque, do seu calor.

—Vai ficar melhor. —suspirei.

—Como conhece esse esconderijo? —ele perguntou.

E obviamente eu teria que mentir, não podia simplesmente falar "meu namorado me trouxe para gente se encontrar aqui", seria muito chato. Eu só trouxe ele porque não conheço nenhum outro lugar seguro.

—Achei de repente. —respondi dando de ombros.

—O castelo é cheio de quartos como esse. —contou. —Fazem parte da antiga construção e também são feitos para caso algum rebelde consiga entrar no castelo, teremos algum lugar para se esconder.

—Interessante. —sorrio.

Adoraria conhecer os outros quartos.

Ficamos em silêncio por um tempo, até que me virei para ele.

—Sebastian, fale mais sobre você. Sobre sua vida. Ainda sabemos tão pouco um sobre o outro. —pedi olhando seus olhos.

Ele sorriu de lado.

—Minha vida não é muito interessante. —falou encolhendo os ombros me fazendo revirar os olhos.

—Tudo sobre você é interessante. —o encorajei.

Ele pressionou os lábios por um tempo antes de começar a falar.

—Eu nasci em Loureanna. —começou.

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