Capítulo trinta e cinco

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Grávida. Estou grávida.

Esperando um filho de Sebastian.

Meu Deus.

—Eu não acredito. —ela falou sentando na cama boquiaberta.

Chorei descontroladamente e ela precisou vir me ajudar a sentar na cama.

—Isso não podia acontecer. —choraminguei.

Não podia mesmo. Nem se eu não fosse rainha, mas eu sou! E as coisas se tornam piores ainda. Eu não sou casada, aos olhos dos outros eu sou virgem e se souberem que eu não sou, meu Deus... Eu estou esperando um filho de Sebastian e ele sumiu! Por que isso tinha que acontecer comigo?

—A gente precisa dar um jeito. —Haidé sussurrou.

—Que jeito? —perguntei olhando para ela.

—Ir num médico, tirar enquanto ainda é...

—Não! —gritei a interrompendo. —Você está louca? É meu filho e de Sebastian! Eu não posso fazer isso! —levantei-me da cama e fui até à janela.

É a única coisa que eu tenho para lembrar-me de que tudo foi real. Nós tivemos uma viagem linda, uma semana maravilhosa, eu entreguei meu corpo à ele.

Haidé caminhou até mim.

—Isabel, você precisa raciocinar direito. —falou me olhando.

—Eu vou esperar por ele. —respondi olhando à paisagem, os guardas lá fora do castelo.

Ele deveria estar ali.

—Isabel, já vai fazer um mês. —ela continuou me olhando.

—Eu não ligo! Eu vou esperar a vida inteira se for preciso! —exclamei alto.

—Você está grávida!

—O quê? —outra voz gritou.

Para minha sorte era Louisa, olhei para Haidé a repreendendo. Ela não pode ficar gritando isso assim. E se fosse minha mãe?

Louisa caminhou até próximo a nós duas.

—Você está grávida? —ela perguntou num sussurro e eu não consegui responder pois as lágrimas caíram novamente.

Essa era a resposta.

Diferente de Haidé, Louisa me abraçou tentando me acalmar. Me aconcheguei em seus braços e fiquei ali por muito tempo, até conseguir me acalmar um pouco mais. Haidé saiu do quarto me deixando sozinha com Louisa.

—Isabel... —ela murmurou quando rompemos o abraço.

Sentei de volta em minha cama.

—Eu não vou tirar. —falei rapidamente.

—Eu sei que não. —falou baixinho, sentando perto de mim. —Mas, você precisa arrumar uma solução.

—Louisa, eu já pedi para tropas procurarem ele. Eu já liguei, já fui à casa da família dele, mas ele não aparece. —falei passando a mão na cabeça. —Isso está me deixando louca.

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