Rendendo-se - Parte 2

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continuação. ...

-- Fazia muito tempo que não vinha em uma praia

-- Quanto tempo?

-- Acho que 10 anos

-- Você não sentia falta.?

-- Eu vivia do meu jeito dentro das coisas que eu achava necessário para mim.

-- Viver não era?

-- Do meu jeito sim. A única coisa que eu estava interessado era em ter as minhas conquistas profissionais.

-- Acredito que você não foi sempre assim, ou estou errada.

-- Na verdade sempre fui assim. Pra mim só importava o trabalho.

-- É na adolescência como você era?

-- Eu era quieto, não era muito famoso com as garotas, mas tive meus momentos de rebeldia

-- Não imagino você rebelde. O que fazia?

-- Não foi grandes coisas, tipo tinha um grupo de meninos na minha rua e eu andei um tempo com eles para ser descolado e lógico eles não faziam nada de bom, até um dia a polícia nos pegou

-- Você já foi fichado - da risada -- Por essa eu não esperava

-- Quase fui mas o delegado era amigo dos meus pais, então não fui porém, passei a noite na cadeia como lição.

-- Uau, um homem tão certinho hoje assim, difícil acreditar.

-- Por isso que sou assim, pois além de dormir na cadeia, cheguei em casa vamos dizer que fui corrigido na moda antiga, por isso que sou assim hoje.

-- Chato, insuportável e metódico.

-- Só um pouco. Que horas são  agora?

-- Umas nove eu acho. Quer voltar?

-- Que tal um sorvete está uma noite gostosa tem uma sorveteira ótima viu falar o endereço.

-- Ok. O senhor quem manda.

-- Senhor não Ricardo.

-- Senso de humor zero, relaxa Ricardo eu estava brincando.

-- Estou relaxado. Há quero meu sorvete creme com caldas de frutas.

-- Bom gosto pra sorvete, mas fico com morango, eu já volto.

-- Morango tipico das mulheres, só porque é vermelho e doce, sem dizer que uma fruta que pode causar desejos....

-- Falou o Dom Juan agora. Eu não sou só tipo romântica. Morango só por que gosto mesmo.

-- VOCÊ NÃO É ROMÂNTICA.... - falo alto -- Você é mulher mesmo?

-- Grita mais um pouco, o cara do outro quiosque não ouviu direito  - ela ri -- Não sou romântica, me considero uma pessoa como você.

-- É como eu sou. Eu sou ou fui  romântico.

-- Duvido muito, você é do tipo que foge de sentimentalismos. Gosta de mais praticidade do que de cartas de amor.

-- Pode ser. Mas no momento estou mais para uma múmia em seus aposentos

-- Então vamos sair do sarcófago e sacudir os escaravelhos. - ela dá a uma gargalhada

-- Muito engraçada você - rio junto -- Quem sabe um dia. Mas antes podemos tomar o sorvete.

-- Claro. Mas não pense que desistirei fácil.

-- Não vou nem me arriscar a pensa nisso. Sei que você é persistente.

-- Que bom que sabe, é que bom que tenho carta branca para agir - da risada

-- E eu tenho Marcelo, então vamos logo antes que eu desista.

-- Você não vai desistir, temos um acodo.

-- Hei temos um acordo porém posso desistir. Mas por enquanto vamos continuar com o nosso  combinado.

-- Você é muito chato.

-- Obrigado pelo elogio.

-- Disponha sempre que precisar eu direi.

-- Me diga por que deixou de acredita no romantismo ou no amor no caso no amor?

-- Acho que eu nunca acreditei, e com o tempo só foi piorando.

-- Me explica.

-- Pode ser uma outra hora? Não queria falar disso agora.

-- Tudo bem. Mas logo você você vai me falar sobre isso

-- Faz diferença?

-- Pra mim, sim

-- Porque?

-- Apenas curiosidade e também faz parte do nosso acordo.

-- Em que cláusula?  - debocha

-- Hum naquela em que você disse que concordo com os termos do acordo

-- Não me lembro, esta perto daquela que você aceita pular de para quedas?

-- Talvez, mas que bom você se lembrou caso contrário não teria mais acordo.

-- Sério?

-- Sim. Vamos estou cansado e a Mel precisa descansar.

-- Tudo bem.

Até que foi interessante o passeio com a Rebecka, mas não sei se isso vai me fazer mudar de idéia, mas pelo menos terei meus últimos meses mais alegres do que a minha vida inteira. Algo  me intriga, o que aconteceu na vida dela que ela não acredita mais no amor, sei que ela não quer falar sobre assim tão facil,  mas irei descobrir de um jeito ou de outro, e outra coisa que tenho que fazer antes do meu prazo terminar, é fazer com que ela perca o medo de cachorro, quem sabe quando eu morrer deixo a mel para ela.

A Voz Na Escuridão - Livro Unico  (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora