Capitulo 14.

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Meia hora depois, Victor entra em meu quarto.

Me vê arrumando as malas.

-Oque pensa que está fazendo?

-Arrumando as malas não esta vendo?

-E quem te deu ordens para arrumar as malas.

Dou um sorriso, e respondo.
-Eu...

-Então vai abandonar o serviço na metade.
Sabia que não podia contar com uma prostituta.

Levanto meus olhos e paro tudo que estou fazendo.

-So agora descobriu que sou uma prostituta?
Você acha que é superior a mim por ter nascido em berço de ouro e eu não?
Você não conhece a minha estória então não julgue a minha profissão.
Sou tão humana quanto você.
Posso não ter o dinheiro que tem. Mais isso não me torna menos que você.
E para sua informação ja que é so isso que te importa.
A PROSTITUTA aqui não esta abandonando o barco, mesmo sendo essa a minha vontade, depois que acabo de ser humilhada por um riquinho meia bunda.
Mais pode ficar tranquilo.
Terminarei meu serviço antes.

-Ellem desculpe, não foi isso...

-Não precisa se esplicar. E pra você sou Milla a prostituta.
Não me chame pelo meu nome, você não é digno dele.
Se ja terminou aqui, me de licença preciso terminar de arrumas as coisas antes de ir.

-Quem disse que vai levar as roupas que comprei. Leve só as que trouxe.

Diz e sai.

Me deito na cama e choro como um bebê.
Meu deus que dor.
Nunca fui humilhada desse jeito, e nunca me senti tão mal.
Nem quando meus pais me jogaram na rua. Não me dando escolha de seguir um outro caminho.

Sou apontada o tempo todo.
Mais ninguem sabe oque passei pra chegar aqui.
Essa não foi  a minha primeira opção e sim a última.

Retiro tudo que não é meu da mala, e só coloco oque eu trouxe.
Deixo meu jeans separado, quando voltar irei embora.

Vou a reunião com Maurício e finalmente fecha o contrato com sucesso.
Me despeço de liza e George,  prometendo enviar o convite do nosso casamento assim que estiver marcado.
Amei os dois e me sinto triste por fazer parte dessa mentira. Porem esse é meu trabalho aqui.

Volto ao hotel e subo para pegar minha peguena mala.
Ao chegar encontro Victor em meu quarto.

Levo um susto ao ver a quantidade de mala que esta me esperando.

Finjo não ver, pego minha roupa que esta separada, e me troco no banheiro.
Dobro a roupa que estava vestindo, pego a minha bolsa e minha unica mala e vou em direção a porta.

Victor me segura pelo meu braço.

_Você não está esquecendo de nada?

_Não ja peguei tudo oque é meu.
Agora me largue quero ir embora daqui.

Ele me puxa e me joga na cama. Caio sentada assustada. Com medo de victor me agredir, mais não faz, sinto o desprezo em seu olhar.
E me diz.

_Olha aqui garota, não venha dar uma de ofendida.
Você trabalhou e me ajudou a conseguir oque eu queria.
Agora você ira receber oque te cabe.
Não quero te dever nada.

E joga um cheque para mim.

_Peque, e pode levar as roupas também,  se não levar vai pro lixo.

_Porque tanto ódio?
Te fiz algum mal?
Eu não te pedi para vir pra cá.
Na verdade nem sabia para onde estava indo.
Aceitei fazer oque você me pediu.
Dei tudo de mim.
E você me trata como lixo.
Talvez seja pra você.
Sabe Victor.
Não deveria te dizer isso. É antietico,  mais gostei de tranzar com você.
Senti prazer coisa que nunca senti antes.
E quando embarquei nessa viagem pensei que poderia curti um pouco mais.
Vim nessa viagem pelo dinheiro.
Mais foi muito mais pelo prazer que poderia obter.
Nao quero suas roupas, joque fora se quiser.  E seu dinheiro olha o que faço com ele.

Pico seu cheque sem nem ao menos ver de quanto era.
Tenho certeza que vou me arrepender depois. Mais nesse momento meus orgulho falou mais alto. Levanto pego as minhas coisas e saio. Sem ouvir mais nenhuma palavra.

Uso o carro que Victor me diponibilisou,  poderia pergar um taxi mais chegaria ao Japão menos ao aeroporto.

Consigo pagar a passagem, gasto minhas ultima economias.
Mais vou de cabeça erguida.

Volto para o meu país.  De onde nunca deveria ter saido.

Vida do outro lado da Rua (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora