Capitulo 17.

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Estamos sentados, em uma mesa reservada em um canto do restaurante.
Ricardo bebendo um drink e eu um copo de água.

Permaneço por um momento de cabeça baixa,  tomando coragem para contar tudo a Ricardo.
Que por sinal respeita o meu monento, me deixando avontade.

Conto a Ricardo assim que reuno coragem, tudo que aconteceu comigo.
Desde o momento que sai de casa.
A forma que era tratada por meus pais depois das drogas, a forma que conheci a rua passando fome e dormindo ao relento.
E logo como fui resgatada das ruas pelas meninas.
E como foi dolorida a minha primeira vez.
Ricardo me ouvia calado.
Prestando atenção em tudo que dizia.

Via em sua fisionomia tristeza em tudo que falava, as vezes abaixava os olhos sentindo vergonha de demostrar oque estava sentindo.

E por fim disse oque aconteceu entre Victor e eu. Disse que me apaixonei por ele, e o quanto sofri na viagem que fizemos.
Ao terminar de contar Ricardo tinha ódio no olhar.

Disse que ele me indicou a Victor,  e que se sentia culpado por tudo que ele me fez.

Deixei claro que a culpada fui eu, que me deixei envolver sem ao menos Victor tivesse me dado um pingo de esperança.

Ricardo se mostrou amigo, me prometeu que não deixaria Victor me fazer sofrer.

E eu acreditei nele.

Ricardo me levou de taxi em minha casa no subúrbio,  lhe disse que comprei a pouco tempo. Mais que não queria que ninguém soubesse.
O convidei para entrar e ele aceitou.

Ofereci uma cerveja,
Era a unica bebida alcoólica que tinha en casa.
Sentamos no sofá e Rick começou a falar.
Ele me pediu para chama lo assim.

_Milla ja que confiou em mim.
Posso confiar em você?

_Claro Rick.
Digo.

_Meu pai é bilionário,  ele é dono das redes de hotel Hiltons.
Ele herdou de meu avô.
Que controlou com mãos de ferro seu império,  e meu pai faz o mesmo.
Meu pai sempre me cobrou muito.
Não queria herdar nada.
Queria ser músico,  mais nem de longe meu pai permitiu.
Quando era criança,  me apaixonei por um coleguinha na escola, sofri muito, pois na minha inocência me declarei para ele.
Que logo espalhou para a escola toda que eu gostava de meninos.
Meus pais foram chamados na escola. E ao chegar em casa levei uma surra e fiquei de castigo por um bom tempo.
Fui para outra escola, onde também me apaixonei, porem guardei meu sentimento para mim mesmo, com medo de sofrer novamente.
Ao entrar na adolescência, conheci Breno.
Estudavamos juntos, eramos amigos.
As vezes via Breno me olhando com desejo, mais tinha medo de está imaginando coisas e pasar novamente pela ira das pessoas e de meus pais.
Que nesta altura acreditavam que era só uma besteira de criança.
Um dia estava na casa de Breno, tinhamos uma prova naquela semana.
E estavamos em seu quarto estudado.
Os pais de Breno estavam trabalhando e estavamos só em sua casa.
Breno foi ao banheiro, e quando voltou estava apenas de cueca.
Encarei seu pau que estava duro.
Mais não disse nada.
Breno se aproximou de mim e passava a mão sobre meu braço.
Eu estava sentando em um banco de frente para o seu computador.
Ele me alisava e tocava seu pau em minhas costas.
Logo fiquei ereto também.
E ali tivemos os dois a nossa primeira, experiência sexual.
Foi lindo nos amamos, e ficamos cada dia mais intimos.
Nessa época ja estava terminando o ensino médio. E estava louco para fazer faculdade de música.
Porem quando disse ao meu pai oque desejava fazer, ele riu da minha cara e disse que nem morto faria.
Meses depois eu estava entrando na faculdade de administração.
Fazendo a vontade do meu pai.
Não que não goste, mais não era isso que queria pra minha vida.
Breno e eu ainda mantinhamos uma relação.
Tranzavamos sempre, eramos apaixonados.
Mais infelimente nos separamos.
Seus pais descobriram que Breno era gay e o levaram para outro país, nos separando.
Meus pais não ficaram sabendo.
Breno deixou bem claro que se eles contassem ele fugiria comigo.
E o medo de vir a publico que o filho de um juiz era gay, foi maior. Então não contaram.

Falava com Breno diariamente.
E aos poucos fomos nos afastando.
Até que Breno encontrou um novo amor, e resolveu me deixar.
Sofri muito na epoca, ainda o amo.
Mais resolvi deixa Breno ser feliz.

Terminei minha faculdade.
Trabalhei com meu pai.
Mais não deu muito certo.
Então conheci Victor.
Me tornei sócio dele em algumas filiais, somos amigos, nos respeitamos.
Victor sabe da minha condição,  mais nunca contou a ninguém.
Meu pai acredita que sou heterossexual,  as vezes contrato atrizes para se pasar por minhas namoradas, mais você agora é minha namorada fiel.
Mais não se preocupe, quando nos obrigarem a casar nos separamos.

Dei uma gargalhada,  e meu novo amigo disse;
_O quê é so porque tu é gostosa acha que vou casar contigo,  nem morta mocreia...
Ai que cai na gargalhada de verdade.

Depois de descontrairmos.
Esquecemos o papo triste e juramos ser grandes amigos.

Ricardo foi embora me dando um selinho.
Eca...
Saiu dizendo e eu caindo mais uma vez na gargalhada.

E agora tenho um amigo que posso confiar.

Vida do outro lado da Rua (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora