Vida do outro lado da Rua (Concluido)

Capítulo 51.

Aos dezoito anos ao ser expulsa de casa, deixei para trás todos os meus sonhos.

Não tinha nenhuma expectativa de vida.  Deixei para trás todos os que amava.
E segui só. Nesses anos minhas atitudes foram regradas por dedos.

Não os dedos que contava as minhas vitórias ou derotas, mais sim os dedos que me apontava frequentemente pelo que me tornei.

Vazia, sem ao menos pensar que um dia seria feliz.
Apenas sobrevivia um dia após o outro.
Me entreguei a homens, perdi a minha virtude. E nem por um so momento tive o direito de sorrir.

So eu sei oque passei, e tudo que me fez pasar por isso.

E todos esses anos ? E toda humilhação que passei? Todos as porradas que levei da vida?

E onde eles estavam?  Ao meu lado?
NÃO!!!
Estavam se matando sem pensar em nenhum de nós.  So neles, e na maldita droga que se tornou tudo que eles desejaram. E agora por que me procuram?
Desculpe mais não consigo acreditar que meus pais que me colocaram no mundo. Tiveram que descer até o mais fundo do poço para se quer lembrar que eu existia.
Então me pergunto.

Sera que essa aparição repentina é devido a quem me tornei hoje?
Sera que pensam que realmente tenho dinheiro?

Pois não tenho...
A casa onde vivo e o conforto que tenho, não é por que trabalhei e ganhei com meu suor.
Tudo aqui é de Victor.

Queria sentir o Abraço deles e acreditar que realmente sentiram minha falta.
Mais oque sofri? Onde fica?
Não posso ser desleal ao que vivi, e perdoar-los. Ajir como se nada tivesse acontecido.

E o sofrimento que causaram aos meus irmãos?
Crianças que foram viver em orfanatos pelo fato de seus pais, não pensarem neles nem por um momento sequer.

E esse tio Olavo, que so apareceu quando meu pai ja estava no estagio final da droga?
É um pouco difícil de acreditar.
Porque esse tio não apareceu antes e nos salvou?

EU SOFRI...
Me tornei um nada, uma ninguém,  que revirou lixo pra se alimentar.
Que senti frio,  calor, fome e sede.
Que não tive ninguém pra me defender nas horas que mais precisei.

Meu Deus isso doi...

Me faz mal, esse sentimento so me machuca. Por que tiveram que voltar agora? Eu os amo mais o perdão tem que ser verdadeiro.
Só preciso abrir minha mente e tentar achar respostas a todas essas perguntas que insistem em me atormentar. E quem sabe um dia poder abraçar los. E perdoar los de coração aberto.
É oque mais quero, mais pra isso preciso acreditar.

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No dia seguinte,  acordei com Victor acariciando meus cabelos.

_Dormiu bem bela adormecida?

Lhe repondi com um sorriso.
Selei meus labios nos dele e senti o calor de seus braços,  sobre mim.

_Victor oque você acha em eu ir procurar meus pais? Quero ver meus irmãos.
_acho que você deve ir no momento que se sentir a vontade. Não esqueça que carrega nosso bem maior contigo.
E não quero que se sinta mau.
Mais se seu coração esta pedindo que os procurem, vá.
_ você vem comigo?
_ a qualquer lugar do mundo meu amor.

Saimos de nossa casa acompanhados de Ronald,  que nos levou ao endereço que meus pais deixaram com victor.

Não viviam mais na nossa casa. Acredito que o fogo a destruiu.

Ao chegarmos, Ronald para em uma frente uma casa totalmente diferente da que viviamos.
Era simples, mais pela sua aparência era bem mais luxuosa da qual vivi.