Vida do outro lado da Rua (Concluido)

Capitulo 39.

Na sexta feira Daniel vem visitar  sua família.
Eu estou sentada tomando meu café quando o vejo.
Mesmo antes dele me ver, ja estou sorrindo.
Daniel se tornou um grande amigo.
O admiro muito, é apaixonado pela sua família.
Pra ele não tem tempo ruim pode está caindo o maior dilúvio que ele sobe a serra para ver sua mãezinha.
Como é o caso de hoje.
O tempo ja está frio,com a chegada o do inverno a chuva cai fininha, causando mais frio ainda.
Normalmente o inverno no rio não é massacrante como em outros lugar.
Mais ja se falando de Petropolis,  é bem frio pela altitude.

Daniel me vê e vem ao meu encontro.
Nos abraçamos.

_Olá Ellen como está e seu bebê?
Ja estou sabendo da novidade.

(Claro que está)

_Estamos bem e você Dani?
_Estou ótimo.
_Que bom, se ja está sabendo do meu bebê, também ja deve saber que domingo estou voltando pro rio...
_Não.   Essa parte não sabia...
E porque ja vai?
_Pela temporada chegando, não terei como me manter aqui.
Mais tenho minha casinha.
E vou voltar pra lá.

Ele me olha com felicidade nos olhos.

_Então seremos vizinhos... que legal Ellen, poderemos nos ver com mais frequência.
_Pensando por esse lado também acho legal Dani.
Sorrimos juntos.

_Oque acha de voltar comigo no domingo a tarde? Te dou uma carona ate sua casa e assim saberei onde te encontrar.
_Adorei a ideia da carona, mais o meu carro está a dois meses no estacionamento da rodoviária e preciso tiralo de lá.
Imagina a nota que irei pagar.
Sorrimos juntos.

_Tudo  bem, então te levo ate a rodoviária e te sigo ate sua casa. Oque acha?
_Sem problemas então, mais acho que tem alguem que não esta gostando muito da idéia.

Daniel olha pra trás e vê suzy nos olhando de cara feia.

Eu começo a rir, e dani fica sem entender nada.

No domingo a tarde ja estou pronta para voltar para minha realidade.

Me despeço de tia Sônia e de todos os funcionários do chalé.
Todos ficam triste menos Suzi que parece está radiante com minha partida.

Não sei oque fiz pra ela me odiar tanto.
Ate descobrir que estava grávida me tratava tão bem.

Descemos a serra conversando,
Daniel prestava bastante atenção na estrada,  pois o tempo estava fechado e a neblina era evidente.
Quanto mais desciamos a sensação de frio diminuia. E o calorzinho que senti tanta falta me possuía.

Passamos na rodoviária e pequei meu carro.
Eatava imundo, pela poeira que estava sobre ele.
Paguei realmente uma nota de estacionamento.

Quando chegamos em minha casa convidei Dani para tomar um café.
Ele aceitou então estacionou o carro em uma vaga na rua.

Minha casinha que tanto senti saudades estava do mesmo jeito que deixei.

Dani adorou minha casa, disse que era minha cara.
Mais era mesmo apesar de peguena, sempre fui bem caprichosa com minhas coisas.
E só eu sei o trabalho que tive para conseguir tudo que tenho.

Tomamos um café e Dani foi embora.
Prometendo voltar assim que der.
Disse que tambem quer que eu conheça seu apartamento.

Sinto que de tudo de ruim que passei esses últimos tempos.
Deus teve pena de mim e me mandou Daniel para me alegrar um pouco.

Depois que ele se vai, minha realidade toma conta de mim.

Quando estava fora, tudo era mais fácil.
Via as crianças brincando,  conversava com as pessoas que passanvam por lá e as que trabalhavam também.
Não tinha tempo de me sentir triste.
Mais agora ao voltar para casa sinto falta de todos os meus amigos.
Ate mesmo de Victor.
Como ele deve está me pergunto?
Sei que ele parou de depositar o dinheiro que sempre colocava pra mim.
Sinal de que ja perdeu as esperanças de eu voltar.
Tem hora que acho que sera melhor assim, mais em outras me dá o sentimento de te sido esquecida.

Quando comecei minha vida depois que sai de casa, e iniciei minha trágica profissão nunca me senti tão sozinha.
Sempre tive minhas amigas perto de mim, me amando e apoiando.
E depois vieram Ricardo e Ronald.

Ricardo antes mesmo da separação de Victor ja não me procurava mais, porem Ronald sempre estava perto.

Paro e penso que so estou só porque quero, então resolvo ligar meu telefone.

Jesus...

O telefone não para de apitar.

Muitas, inumeras ligações perdidas, mensagens de voz e texto.
O whastsApp e fecebook nem se fala.

Começo a chorar.
Leio as mensagens e nem posso imaginar como me procuraran.
Ate Ricardo me mandou mensagens e me ligou.

Victor então,  eram mais de 500 Ligações.  Sem falar nas mensagens.

Resolvo que é hora de parar de me esconder.

Ligo para as meninas, que choram em ouvir minha voz.
Me xingam de todos os nomes e dizem que jaja chegaram a minha casa.

Ligo para Ricardo que me atendem no primeiro toque.

Diz que sou louca, que me odeia por fazer todos sofrerem. Eu sei que é mentira, pois ele diz rindo.
Digo que estou em casa e ele promete ir me visitar.

Então por último fico na duvida entre ligar ou não para Ronald.

Eu sei que ligando para ele, logo Victor sabera que voltei.
Não sei se quero que ele saiba, tenho medo de ve-lo e não aguentar e sofrer novamente sentindo sua falta.
E sem falar na gravidez ainda não evidente, mais ja sinto a leve ondulação da minha barriga.
Logo ela ira aparecer.

Penso, penso, penso e ligo.

No terceiro toque ele atende.

Ligação on

_Ellen onde você está?
(Ja sinto sua voz embargar)
_Oi Ronald, estou em casa.
_Porque fujiu assim?
Deixou todo mundo loucos atrás de você. Não sabe como me culpei...
_Não Ronald a culpa não é sua.
Eu precisei fujir.
(Começo a chorar, nunca chorei depois que parti)
Desculpas eu amo vocês,  não queria causar isso. Mais você sabe oque me levou a isso...
Eu precisava de um tempo pra colocar minha vida em ordem.
Mais nada adiantou.
_Oque está acontecendo Ellen? Me diz?
_Por telefone não.
Venha ate a minha casa.
As meninas ja estão a caminho.
_chego ai em meia hora...
_Ronald,
(O chamo)
Não diga a Victor que voltei.
_Tudo bem Ellen.

Ligação off

Senti que Ronald tinha algo a me dizer mais preferiu se calar.

Minha imaginação ja foi longe, tentando imaginar oque seria, mais é melhor esperar e saber quando ele chegar.

Fico aqui na expectativa de meus melhores amigos chegarem.

Sei que ira rolar muito choro e broncas. Mais no final vão me perdoar.