Capítulo 37.

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Desembarco na rodoviária de Petropolis.

Me sinto um pouco perdida.
Pois não conheço a cidade e nem sei para onde ir.
Vejo um taxi parado e resolvo ir ate ele.

_Boa tarde senhor?
Por acaso sabe onde tem um hotel que possa me hospedar?
_Entre moça conheço sim.
Tenho uma prima que tem um chalé muito bem localizado.
Acredito que a senhorita ira gostar.
_Que bom senhor me chamo Ellen e o senhor?
_Marcos, e não me chame de senhor.
_Desculpe marcos e obrigada por me ajudar. Não conheço muito bem a cidade, e procuro por um lugar calmo.
_Então esse é o lugar certo.

Marcos era um homem que aparentava ter uns 40 anos, super bonito.
Moreno com cabelos crespos e raspados. Alto e tinha uma tatoo imensa em seu braço.  Muito legal e simpático.
Conversamos o caminho todo ele me disse que é casado e tem dois filhos.
Um de 8 e outro de 5 anos.
Adorei conversar com ele.
Pelo menos me distraí.

Chegamos em um chalé muito bonito.
As casinhas eram todas iguais.
Com dois andares cada.
Perfeita para uma família,  vir passear.
Ao entrarmos marcos é recebido por uma mulher que aparenta ter mais ou menos a sua idade.
Muito bonita por sinal.

_Olá primo que bom te ver... a mulher lhe abraça.
_Oi suzy vim trazer uma passageira que estava meio perdida sem saber onde se hospedar.
_Oh meu primo obrigada, assim terei que lhe pagar comissão.

Todos riram
Então ela veio ate mim.

_Boa tarde senhorita...
_Ellen por favor.
_Ok Ellen. Me chamo suzy.
_ prazer suzy, Por acaso teria um quarto ou um chalé para me hospedar por uns dias.
_Claro tenho sim.
Quantos dias pretende ficar?
_Não sei ao certo , na verdade queria alugar um quarto.
Pretendo permanecer na cidade por um tempo.
Arrumar um emprego e me fixar por aqui mesmo._
Entendi, bem posso te alugar o chalé ate encontrar algo que seja compatível com que pretende ganhar.
_Agradeço. Digo sorrindo.

Ela me dá a chave do chalé e me passa o preço.
Me cobra 500,00 reais pelo mês que pretendo ficar.
Me diz que este preço e porque não está em alta temporada. Diz que vendem a alimentação.
que não esta incluida no pacote.
Mais que tem serviço de quarto a qualquer hora.
Assino o contrato ja pagando o tempo que irei ficar.
Agradeço a Marcos pela ajuda e me dirijo ao meu chalé.

Fico apaixonada pelo lugar a casinha é toda revestida de madeira envelhecida.
Tem lareira e fogão a lenha.
Creio que seja decorativo pois está impecável.
Tem um sofá de dois lugares e uma poltrona que fica direcionada para lareira.
Espero que um dia esteja frio o suficiente para ascende lá.
Nunca vi uma lareira.
Fico emocinada.
Subo para o segundo andar que tem dois quartos.
E dois banheiros.
Sendo um quarto suite e o outro de solteiro.
O banheiro é no corredor.
na suite uma tv bem grande na parede uma cama king que tenho certeza que daria para dormir três.
Me jogo na cama e vejo como sera vazias as minhas noites em uma cama tão grande.

Tento não ficar triste.
Então levanto e tomo um banho longo e quente para espulsar a tristeza.
Mais tarde desço e vou para a casa principal afim de me alimentar.

Encrontro uma senhora com um olhar amoroso na recepção.
Acredito ser a mãe de suzi.

_Olá ela me cumprimenta.
_Ola senhora sou Ellen estou hospedada no chalé 03, gostaria de saber onde posso me alimentar?
_Seja bem vinda Ellen, sou Sônia mãe de Suzy.
As refeições são feitas no salão principal,  e ja estão sendo servidas.

Ela me acompanha ate o salão onde ja tem algumas pessoas se servindo do jantar.

Dona Sônia volta a recepção e eu me sirvo de umas panquecas que so pela cara deve estar deliciosas.
Me alimento e bebo suco de laranja.
Me lembro de Regina.
E sinto falta dos seus sucos maravilhosos.

Depois que me alimento pago e vou sentar na varanda onde tem varias redes e familias conversando.
Sento em uma rede e vejo as crianças correndo pelo jardim.
Me bate uma tristeza tão grande.

Me lembro da minha infância, onde brincava com meus irmãos correndo pelos gramados.
E meus pais asistiam sorrindo nossas brincadeiras.
E derepente uma lágrima solitaria cai.
Queria tanto saber como eles estão.
Mais tenho medo de ir e ver eles piores doque quando os deixei.
Me pergunto se eles um dia sentiram a minha falta e tentaram me achar?
Ou me esqueceram de vez...

Limpo minhas lagrimas que agora caem descontroladamente e rio com as crianças.  Admirada.

Minha semana transcorre bem.
Mantenho meu telefone desligado, não sei se alguém me procurou,  ou se acharam bom eu ter evaporado.

Conheço alguns hospedes, e faço amizade com as crianças.
Jogo bola, brinco de esconde esconde e estátua.
Me divirto todos os dias.
Mais quando chega domingo a tarde fico triste porque muitos dos hóspedes retornam as suas casas e eu continuo aqui. Sozinha.

Ja se pasaram um mês desde que cheguei aqui.
Renovei minha estadia para mais um mes.
Vou a um banco próximo e descubro que está se do depositado toda semana dinheiro em minha conta.

Eu sei de quem é.
Ele não me esqueceu.
Me sinto um pouco melhor pois não preciso mexer em minhas econômicas.
Mais um dia ele vai desistir e não vai mais depositar.
Então gasto o menos possível e economizo.
Gastando so o necessário com alimentação.
Distribuo um monte de currículo pela cidade.
Mais alem de não terminar meus estudos não tenho experiência alguma.

Mais não vou desistir.

Tia Sônia,  ja a chamo assim, conversa muito comigo.
Me apresentou seu filho que vive no rio e vem visita la de 15 em 15 dias.
Daniel e um rapaz de 32 anos muito apaixonante.
Senta comigo a noite e conversavamos bastante ele é bem animado e uma boa companhia.

Daniel é solteiro trabalha como advogado,  no centro do Rio.
Mora sozinho e diz sentir muita falta do ar puro da serra.
Que um dia pretende voltar a morra aqui e advogar por aqui mesmo.

Um belo dia me convidou para dar uma volta e comer uma pizza.

Fuu animada pois a muito não saio do chalé.
Sentamos na pizzaria e pedimos uma pizza portuguesa.
A que mais gosto e por sinal Daniel também.

Quando a pizza chega e vejo o queijo deretidinho minha boca saliva.
Porem depois de dar a primeira mordida, corro para o banheiro e coloco tudo para fora.

Lavo minha boca e volto mais o cheiro de pizza daquele lugar me faz voltar para o banheiro.
Me sentindo mal e tonta, digo a Dani que não estou me sentindo bem.
Então ele ma acompanha ate em casa.

Me jogo na cama e a ânsia não passa.

Resolvo pedir um cha de boldo e enfim consigo dormir bem.
Tia Sônia me sonda perguntando se não estou grávida.
Começo a rir da cara dela.
E digo.
_So se for do espírito Santo.

Mais a cada dia os enjoos são mais fortes então Suzi me leva a uma clinica.
Ja estou verde de tanto vomitar.
Nada para no meu estômago.
Tudo que bate volta.

Sou atendida por uma medica bem nova.
Deve ter mais ou menos a minha idade.
Esplico meus sintomas para ela, e digo que deve ser algum problema no estômago.
Suzy ri e diz.
_Aposto 100,00 que está grávida.
_Para Suzi, sem chances.

Pois quando a medica volta com o resultado dos isames...

Meu chão se abre.

_Parabéns mamãe você esta grávida...

Olho para Suzi que diz.
_É acho que o Espírito Santo te pegou de jeito e começa a rir.

To grávida, e fudida...


Vida do outro lado da Rua (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora