Capítulo 48.

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Ellen vai ao banheiro, fico distraido conversando com meu pai e George.
O assunto flui, e aproveitamos para falar de negócios.

Ja se passaram quase dez minutos e nada de Ellen retornar.
Ja começo a me preocupar.  Digo a eles que irei ver o motivo da demora de Ellen. Então liza se propõe a ir no meu lugar.

Menos de um minuto depois vejo liza sem cor fazendo gesto nos chamando.
Meu coração dispara, e penso na minha Ellen.

_Jesus aconteceu algo com Ellen.
Me desespero.

Saimos correndo e ao chegar ao banheiro,  vejo Ellen no chão em posição letal. Minha mãe e Amanda estão surrando Ellen sem pena.

Meus olhos não acreditam no que vê.

Corro e as arranco de cima dela.
Meu pai e George as seguram e eu corro para onde meu amor está.
Ao segura la em meus braços a vejo apagar sem dizer nada.

Sinto minha alma sair pelo meu corpo, e perco as forças.
A unicas palavras que consigo dizer é que chamem a polícia e uma ambulância.

Não tenho forças para segura la. Meus olhos pesam, minha cordenação motora passa longe.

Ouso minha mãe gritar.

_Ta louco Vitinho,  vai chamar a polícia para prender sua mãe?
Por causa desse lixo?

Como pode a mulher que me deu a vida, desprezar a mulher que amo. E sem falar que no seu ventre existe sua neta. Fruto desse amor.

_Cala a boca Joana...
Meu pai grita.
_Não fala assim comigo! Você também vai defender essa aproveitadora?

Cada vez mais perco o sentido do ato.

Meu pai a joga na parede e a manda se calar.

Ronald chega correndo e se ajoelha ao meu lado.
Me sacode me tirando do transe.

_Vamos Victor, vamos correr para o hospital. Ele diz.

E assim acordo.

Ronald pega Ellen no colo e corre pelo salão.
E eu o sigo, mesmo me sentindo inútil. Mais antes olho para as duas que estão imobilizadas e digo.
_ não as deixem sair antes da polícia chegar.

Meu ódio flui ao olhar para minha mãe e digo.

_ se algo acontecer com minha mulher e minha filha eu nunca vou te perdoar.

Minha mãe me olha como se não acreditase em oque acabou de ouvir.
Seu filho unico o virando as costas.
E por quê?  Na verdade por quem?

Pela mulher que amo.

E não vou admitir que ninguém, nem mesmo minha mãe a faça mal.
Isso é fato.

Corro atrás de Rolnald. Abro a porta do carro e sento para segura-la em meus braços.

Grito para Ronald correr.
E ele sai cantando pneu.

No caminho não vejo as ruas passar.
Me culpo. Ellen me pediu para não deixar elas sozinhas. Mais como ia imaginar que as duas iriam surra-la no banheiro.
Jesus me ajude.
Eu rezava e pedia força para Ellen.

E minha bebê?
Laurinha como ja a chamava.  Mesmo com a desconfiança em ela não ser minha filha a um tempo atrás,  ja não tenho duvidas e a amo.

Não quero que nada aconteça com as duas mulheres de minha vida.

Minha vida com Ellen passa sobre meus olhos.
Todo ciumes,  todos os meus atos.
E deixei chegar a esse ponto. Ellen se entregou a mim,  e mesmo com minha ipocresia se manteve sempre me amando. Mesmo sem merecer e a afastando. Ela estava sempre ali ao meu lado.

A culpa é toda minha. E agora a vendo em meus braços, o meu medo é enloquecedor.

_Não posso perder las.
Mais rapido Ronald!
Grito
_Ja estamos chegando...
Ele responde com a voz embargada.
Então o vejo pelo retrovisor que Ronald chora.

Sempre vi o carinho que Ronald sente por Ellen. E sei que é recíproco.
Eles dois se adoram. Mesmo antes de eu descobrir o amor que tenho por Ellen.  Ronald ja a amava.
Não sinto ciúmes da relação dos dois.
Sei que é um amor diferente. Cuidado, amizade. E vejo agora o quanto ele a quer bem.
Sempre fui egoista em relação a Ellen.  Mais Ronald sempre a defendeu de mim e de meus atos.

Ronald estaciona o carro de qualquer jeito e desce do carro gritando.
Não tinha forças para isso. Nem mesmo conseguia me mexer.

Então Ronald abre a porta e tira Ellen dos meus baços.
Corre para dentro do hospital e deixamos o carro do jeito que está. Sem se preocupar com ele.

Um enfermeiro vê o tamanho desespero e grita por uma maca.

A tiram dos braços de Ronald e seguem por um corredor.  Vou atrás ate se barrado ao entrarem em uma sala.
Fico parado olhando a minha mulher sofrer, e o sentimento machuca mais ao saber que nossa filha está correndo perigo.
Nunva senti tamanho medo.
Mais agora estou vulnerável a perder os meus amores.

Um rapaz me diz.
_Senhor tera que aguarda aqui.
Então paro e o olho.
Meus olhos apenas fixao nele.

Meu mundo se perdeu desde o momento que aprendi a amar.
Nunxa amei ninguém.  E o sentimento de perca foi grande neste momento.

_Ei senhor precisa ir a recepção para registrar a entrada da paciente.

Jesus!!!
Nunca me senti tão impotente como me sinto agora.
Sempre fui um homem de atitude,  carreguei grandes responsabilidades nas costas e nunca me senti intimidado a nada.

Mais agora não consigo sair do lugar.

Algum tempo depois Ronald vem ate mim, e sem dizer nada me leva a uma cadeira e me senta.
Me sinto tão perdido que apenas o acompanho.

Não sei de nada, não tenho atitudes, muito menos vontade de viver.
So quero minha mulher e minha filha bem.
Me entrego ao silêncio.

So me levanto horas depois quando um médico vem e pergunta pela familia de Ellen Viana.

Então acordo de meu martírio e vou ate ele, me identificando como marido dela.

O médico diz.

_A paciente sofreu varios golpes na cabeça,  mais não há risco de vida.
Apenas tem algumas costelas quebradas. Porem esta consciente e ja acordou.
Mais tenho que mante-la internada pois a sua gestação me preoculpa.
Sinto muito,  mais não sei se a sua gravidez seguirá.

Ronald me segura e me senta.
tudo que sinto é culpa.
Medo...

Por mais que tenha todo dinheiro e tudo que quero.
Hoje não sou ninguém e não tenho nada.
So quero minha mulher e minha filha. Daria tudo oque possuo pela vida delas.
Daria minha vida agora pela delas, mais no momento, só  posso rezar.

Vida do outro lado da Rua (Concluido)Onde histórias criam vida. Descubra agora