Capítulo 13- Eu estou aqui, pequena!

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-MÃE!! -corro para tirar a navalha de sua mão que está posicionada em seu pulso e ela tenta se cortar a todo custo, mas na briga para a impedir uma tragédia, ela acaba me cortando fundo na mão.

-O que a senhora ia fazer, mãe? -pergunto chorando com o sangue sendo derramado no chão do banheiro e pego uma toalha de rosto, pressionando em minha mão, mas o corte na palma da mão foi profundo, preciso ir para o hospital.

-Por que isso, mãe? Você é amada, porque isso? -falo chorando sem entender essa maldita doença, a vendo fazer o mesmo.

A deixo no banheiro chorando e corro na sala em busca do meu celular que está na bolsa, sujando tudo de sangue.

-Vem pra casa AGORA. Por favor! -falo chorando com a minha irmã, assim que atende e desligo voltando para o banheiro.

Sentada no chão todo sujo de sangue, minha mãe chora e eu tento limpar, mas só pioro. Minutos depois Yayá aparece na porta do quarto com Lia e o Diego ao lado.

-O que foi isso, Bella? -Yayá pergunta chorando, pois tem pavor de sangue.

-Eu...eu...eu..me cortei no banho. —respondo escondendo a verdade, enquanto seguro o choro. —Amiga, pode ficar com a minha mãe? Não deixa ela sozinha em hipótese alguma que eu vou com a Yayá pro hospital. Posso contar com você, amiga? -pergunto com um nó na garganta.

-Pode amiga, claro! —responde e se aproxima me abraçando. — Você não me engana, não sei o que aconteceu, mas você está mentindo.

Fala em meu ouvido, enquanto me abraça e minha vontade é de desabar em seus braços, mas me contenho vendo ir ajudar minha mãe. Yayá pega minha bolsa e quando vou sair de casa, minha mãe aparece na sala chorando.

-Me desculpa, minha filha, não sei o que deu em mim. Me desculpa! -fala desesperada e cai de joelhos chorando.

-Mãe, eu te amo, mas a senhora tem que ser tratar. Lia fica com ela, por favor.- falo e olho pra Lia que me olha assustada imaginando o que houve.

-Chama um táxi pra gente, Yasmim. -falo saindo de casa para esperar na rua, pois estou me sentindo sufocada, com meu coração querendo explodir de desespero.

-Eu levo vocês. -Diego se oferece e concordo entrando no carro dele.

Yayá entra se sentando no banco da frente, ao lado do Diego e seguimos para o hospital. Olho pela janela com a respiração pesada e lagrimas rolam por meu rosto. Meu peito dói, a garganta queima, mas não posso permitir que minha irmã saiba o que aconteceu.

-Me conta o que houve, Bella. -Yayá pergunta aflita, me olhando pelo retrovisor lateral do carro.

-Eu me machuquei quando cheguei em casa. -respondo sem acreditar no que aconteceu e tudo o que eu quera agora era um abraço do meu lindo.

Meus Deus, ela queria se matar!!! Não acredito nisso! -penso começando a chorar baixinho.

-Você está me assustando. Conta pra mim o que está acontecendo. Alguém te agrediu? - pergunta chorando e vejo o Diego parar no sinal, começando a digitar no celular.

-Yasmim, acho melhor ir la atrás com ela. -Diego sugere parando no acostamento.

Seguindo o conselho, depressa ela sai do carro e senta ao meu lado no banco de trás. Ela me abraça chorando muito, assustada, mas se eu me entregar ao choro, ela vai entender que não foi um acidente. Preciso me segurar por ela.

Diego para o carro em frente a um renomado hospital particular e saio do carro com a toalha banhada de sangue. Entramos passando por todo processo de identificação e quando me perguntam o que aconteceu eu travo, ficando sem saber o que responder, pois se eu contar vou prejudicar minha mãe.

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