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- Que conversa era aquela com o Jin na entrada mana? - perguntei-lhe enquanto comia o ramen que ela tinha feito, sentada na mesa que existia na sua, agora, nossa cozinha. - Vocês namoram é? Ao fim de 5 anos de amizade descobrem que se amam e que não vivem um sem o outro. - suspirei - Ai! Tao bonito. - apoiando a minha cabeca nas minhas maos.

Ouvi a minha irma cuspir o sumo que tinha na boca começando a rir que nem uma desalmada.

- Deixa de ver tantas series Sakura. Entre mim e o Jin existe uma grande amizade. Não vivo sem ele sim, mas isso é porque ele é como um irmão para mim e faz-me falta todos os momentos que passamos juntos, mas nada de romance à costa.

- Oh. Pensei que já tinhas arranjado namorado. - falei fazendo beicinho e recebendo um sorriso de Sora.

- Sakura eu vim para Seul estudar. E entre estudos e o trabalho, não sobra tempo para namorados. - levantando-se e baixando-se para retirar o meu prato.

- Mas tempo para tatuagens e piercings sobra não é Sora? - disse tocando perto da clavícula dela, onde a sua quinta tatuagem permanecia, sakuras, passando de seguida o meu toque para o seu nariz onde uma argola se encontrava.

Ela sorriu de lado, levando os pratos para a banca e fugindo do meu olhar observador que procurava mudanças nela.

- Ao fim de semana trabalho num estúdio de tatuagens.

- E a semana? Trabalhas? - perguntei enquanto me colocava ao lado dela, secando a louça que que ela lavava.

- Às quartas, quintas e sextas.

- Onde?

- Numa discoteca. - ela deu de ombros.

- E acordas cedo para ires para a escola? - perguntei surpresa sabendo que Sora era como eu, dormir fazia parte de nós.

- Não, venho só tomar um banho a casa, trocar de roupa e vou seguida para a escola. Durmo de tarde.

- Como consegues?

- Ser independente é fazer algumas escolhas que podem ser complicadas. Quando vim, decidi que não queria que os pais pagassem o meu estilo de vida, queria ter o meu dinheiro e pagar as minhas coisas. Sempre tivemos tudo, nunca nos faltou nada e praticamente não sabemos o que custa a vida até a vivermos por nós próprias.

Sora tinha razão, o nosso pai era dono da empresa Yagami Corp, uma empresa de farmacêuticos que monopolizava maior parte do Japão, sendo também a que fornecia o material à farmácia que a nossa mae tinha e geria. Devido a isso, sempre tivemos tudo o que quisemos, não nos faltando nada nem mesmo o carinho e apoio familiar que muitas pessoas acham faltar numa família rica. No entanto, não era por sermos mimadas pelos nossos pais que não tínhamos regras e obrigações.

- Mas o pai manda-te dinheiro todos os meses, não manda?

- Sim. - disse-me puxando-me para a sala, sentando-se num sofá seguida de mim e ligando a televisao. - Mas esse dinheiro fica guardado, não lhe mexo, nem quando tirei a carta.

- Tens carta? - perguntei entusiasmada virando-me para ela. - Que carro tens?

- Não tenho. - disse-me gargalhando olhando a minha expressão confusa. - Tenho uma mota. Yamaha YZF-R1S. - sorriu orgulhosa.

[...]

- Sakura despacha-te, temos que ir fazer a tua matricula e depois vamos para casa do Jin. - chamou- me do andar de baixo.

Ontem adormeci no sofá da sala, deitada no colo da minha irma enquanto ela me fazia festas do rosto. Como eu tinha saudades dos mimos antes de adormecer, das conversas, das brincadeiras. Não a ter todos os dias comigo é uma tortura, mas isso agora tinha mudado. Eu morava com ela.

Would You Love Me? [SG BTS]Onde histórias criam vida. Descubra agora